Presidente do TSE lamenta aprovação tardia da Minirreforma
A Lei, que não valerá para 2014, foi sancionada, com vetos, pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta semana
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio, lamentou a aprovação da Minirreforma Eleitoral a menos de um ano das eleições de 2014, em razão da possibilidade de não aplicação da nova lei às próximas eleições, e afirmou que haverá frustração da sociedade. A proposta foi aprovada após o dia 5 de outubro, prazo máximo para que o TSE autorize mudanças nos trâmites eleitorais.
"Lamento que só se lembre de fazer uma reforma eleitoral quando já se está no período crítico de um ano que antecede as eleições", disse o ministro. "Isso é muito ruim porque se dá uma esperança vã impossível de frutificar à sociedade, já que a Constituição Federal revela em bom português, em bom vernáculo, que a lei que, de alguma forma, altere o processo eleitoral entra em vigor imediatamente, mas não se aplica à eleição que se realiza até um ano após. Vai haver uma frustração, sem dúvida alguma", criticou o presidente.
O ministro do TSE referiu-se ao artigo 16 da Constituição, segundo o qual "a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data da sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data da sua vigência".
A chamada Minirreforma Eleitoral (Lei nº 12.891/2013) foi sancionada pela presidente da República, Dilma Rousseff, nessa quinta-feira (12). O texto, que traz mudanças na legislação atual, foi publicado na edição extra desta quinta-feira (12) do Diário Oficial da União. O Planalto vetou cinco dispositivos do texto encaminhado pelo Congresso Nacional à sanção. Foram alteradas ou introduzidas normas relativas à propaganda eleitoral, contas de campanha, cabos eleitorais, período das convenções partidárias e substituição de candidaturas, entre outros temas.
*Com informações do TSE