União Africana suspende Burkina Faso após golpe de Estado
Na última sexta-feira (28), o país já havia sido suspenso das instâncias da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), assim se fez com Guiné e Mali
A União Africana (UA) anunciou nesta segunda-feira (31) que suspendeu Burkina Faso de todas as atividades na organização, até que a ordem constitucional seja restaurada no país, depois do golpe de Estado ocorrido na semana passada.
"O Conselho decide [...] suspender a participação de Burkina Faso em todas as atividades da UA até o restabelecimento efetivo da ordem constitucional no país", tuitou o Conselho de Paz e de Segurança, encarregado de conflitos e questões de segurança dentro da instituição.
Na última sexta-feira (28), o país já havia sido suspenso das instâncias da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), assim se fez com Guiné e Mali. Ambos os países também foram, recentemente, palco de golpes de Estado.
Uma delegação de ministros das Relações Exteriores da CEDEAO deve visitar Uagadugu, capital de Burkina Faso, nesta segunda, para uma reunião com membros da junta militar.
Os militares tomaram o poder em 24 de janeiro e colocaram o presidente Roch Marc Christian Kaboré em prisão domiciliar.
Assim como Mali e Níger, Burkina Faso está mergulhada, desde 2015, em uma espiral de violência atribuída a movimentos jihadistas afiliados à Al Qaeda e ao grupo Estado Islâmico (EI). Até o momento, o balanço desta escalada é de pelo menos 2.000 mortos e 1,4 milhão de deslocados.