Estados Unidos processa Facebook por racismo em anúncios
Rede social é acusada pelo governo americano de direcionar propagandas ligadas à moradia com base em critérios raciais
O Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos abriu um processo contra o Facebook nesta quinta-feira (28) por violar o Fair Housing Act (Ato de Habitação Justa, em tradução livre) alegando que as propagandas direcionadas da empresa são baseadas em critérios raciais.
A entidade afirma que a rede social restringe quem pode ver anúncios ligados à moradia. No processo, a empresa é acusada de usar a ferramenta de filtragem de dados para determinar quem pode ver um anúncio. "O Facebook está discriminando as pessoas com base em quem são e onde vivem. Usar um computador para limitar as escolhas de moradia de uma pessoa é tão discriminatório quanto bater uma porta na cara de alguém", disse o secretário do departamento habitacional Ben Carson.
A empresa de Mark Zuckerberg informou estar surpresa com a decisão e que vem adotando medidas significativas para impedir discriminação em anúncios em suas plataformas.
O Facebook anunciou na semana passada a criação de um novo portal de publicidade para anúncios relacionados à moradia e emprego. Segundo a empresa, a nova plataforma limita as opções de segmentação para os anunciantes.
O Fair Housing Act proíbe o preconceito em moradia e serviços relacionados, incluindo anúncios online, com base em raça, cor, nacionalidade, religião, sexo, deficiência ou status familiar.