Malafaia afirma que Marcha para Jesus não desvia dinheiro
O pastor é réu em ação por improbidade administrativa por mau uso do dinheiro público no evento
O pastor Silas Malafaia gravou mais um vídeo, desta vez para afirmar que não existe desvio de dinheiro público no evento denominado Marcha para Jesus. O líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo é réu em ação por improbidade administrativa. Malafaia disse que a decisão da juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Rio, que recebeu a acusação feita pelo Ministério Público, é parte de uma “perseguição religiosa”.
“Uma verdadeira perseguição religiosa contra mim e contra a Marcha para Jesus. Minha gente, improbidade é quando um agente público usa uma verba para alguma coisa que não podia usar, o que não é o caso da Marcha para Jesus. Não tem nada a ver com roubo, não tem nada a ver com desvio de dinheiro”, garantiu.
Ao reafirmar que toda a verba do evento foi investida na marcha, Malafaia questionou os valores recebidos para a realização da parada gay. “Ninguém se aproveitou de nada e tem mais, você é obrigado a detalhar todo o gasto para ter a aprovação no Tribunal de Contas. A marcha não é evento de igreja nenhuma e, sim, um evento para promover paz, alegria e abençoar cidades e que existe em mais de 100 nações do mundo e, no Brasil, feita em mais de 3 mil cidades. Quase todas apoiadas com verbas públicas de prefeituras e algumas com verba dos governos estaduais e federal. A mesma coisa que a parada gay. Porque ninguém questiona as verbas que o governo dá para a parada gay? O que é que eles têm a mais do que nós?”, indagou.
“E outra: a parada usa verba pública para cometer crime, que é digno de cadeia. É estabelecido no código penal, artigo 208, vilipendio a imagens de religião. Isso é uma verdadeira perseguição religiosa”, complementou o pastor.
A juíza também teria dito que Malafaia promoveu “seu nome pessoal e a associação, concorreu ainda para o gasto aparentemente irregular do município”. Ele rebateu. “Meritíssima, isso é uma vergonha. Eu precisar de marcha para me promover? Deixa eu lhe dizer uma coisa aqui para o povo. Em 2011, eu sai na revista época como um dos 100 brasileiros mais influentes, em 2012, de novo. Em 2012 já tinha programa de televisão em rede nacional. Isso é uma tentativa de denegrir a minha imagem porque o povo não entende o que é improbidade administrativa”, se defendeu.
O pastor disse que no canal do youtube da magistrada há um tema defendendo os transgêneros. “Eu começo a entender. Eu sou um dos mais veementes com batedores da ideologia do ativismo gay. Isso é uma verdadeira perseguição religiosa. Não foi cometido crime nenhum, a verba foi toda usada no evento e eu acredito na Justiça”.