Indígenas e quilombolas protestam por bolsas de estudos
Durante o ato em frente ao Palácio do Planalto, 150 jovens se revezaram em danças típicas e cantos de protesto
Um grupo de indígenas e quilombolas realizou uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, no Distrito Federal, contra cortes à assistência estudantil e pela garantia permanente de bolsas em cursos superiores nas universidades. Durante o ato, aproximadamente 150 jovens se revezaram em danças típicas e cantos de protesto.
Uma das vias da Esplanada dos Ministérios ficou bloqueada por mais de uma hora, devido à espera dos manifestantes por um posicionamento do governo sobre as reivindicações. De acordo com o grupo, as negociações feitas anteriormente com o Ministério da Educação não trouxeram resultados positivos, apesar da pasta ter autorizado 2,5 mil bolsas de estudo para o segundo semestre deste ano. Os manifestantes afirmam que a demanda anual é de 5 mil vagas e que as bolsas liberadas terão repasse apenas por dois meses.
A estudante de filosofia, Joane Santos, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, argumenta que os estudantes precisam ter garantia do repasse das bolsas por meio de uma legislação independente de portarias periódicas. Já a aluna de química, Roseli Braga, da Universidade Federal de São Carlos, ressalta que os estudantes também protestam contra a possibilidade de o Plano Nacional de Assistência Estudantil passar a ser coordenado pelo Ministério da Educação e não por cada instituição de ensino.
O governo federal ainda não se manifestou sobre as reivindicações do grupo.