Inadimplência motivou suspensão do Minha Casa Melhor

A presidente Dilma Rousseff atribuiu a medida ao alto índice de calote

sex, 06/03/2015 - 15:10

Ao confirmar, nesta sexta-feira (6), que o governo suspendeu o programa Minha Casa Melhor, a presidente Dilma Rousseff atribuiu a medida ao alto índice de calote. A suspensão do programa, criado em 2013 para oferecer taxas de juros mais vantajosas para compra de móveis e eletrodomésticos, foi revelada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, no dia 26 de fevereiro. A presidente não comentou, mas o programa foi interrompido diante do cenário de restrição fiscal.

Para operar o programa, a Caixa recebeu do governo uma capitalização de R$ 8 bilhões em junho de 2013. Do valor total, R$ 3 bilhões foram direcionados para financiamentos do programa. O Broadcast apurou que esses R$ 3 bilhões foram desembolsados até o final do ano passado, 18 meses após o lançamento do programa. Os outros R$ 5 bilhões foram para outra operação. Ou seja, não há mais recursos para bancar o custo financeiro e os juros mais baixos.

Em Araguari, no Triângulo Mineiro, a presidente entregou 710 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, a famílias que ganham até R$ 1,6 mil por mês. Cada casa tem área privativa de 44 metros quadrados e está avaliada em R$ 60 mil. Durante o discurso, a presidente se comprometeu a dar continuidade ao programa habitacional, mas ponderou que, neste momento, o governo está fazendo ajustes e avaliando as condições para o lançamento efetivo da terceira etapa do programa. Entre os desafios, está a construção de empreendimentos em cidades grandes, onde os terrenos têm um custo mais caro.

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