Pesquisa estimulada de primeiro turno para governador de Pernambuco apresenta um empate técnico entre os três primeiros pré-candidatos, Paulo Câmara, Marília Arraes e Armando Monteiro. O governador, do PSB, vem em primeiro lugar, com 20%, seguido da candidata do PT, com 17%, e do candidato do PTB, com 14%. Os demais pré-candidatos simulados na pesquisa, Júlio Lóssio, Danielle Portela e Coronel Meira, apareceram cada um com 2%, 2% e 1%, respectivamente. É o que mostra a pesquisa Datamétrica sobre as eleições deste ano, realizada entre 8 e 9 de junho. Cada vez mais as pessoas ficam confusas, de um lado nomes que defendiam o governo Michel Temer como Mendonca Filho, Bruno Araújo e Fernando Bezerra Coelho, do outro lado nomes como todo o cast do PSB que lutou pela queda de Dilma e apoiou a entrada de Michel Temer para comandar o país. E agora? Quem é quem neste jogo de poder, todos lutam apenas pelo próprio interesse, mas esquecem de combinar com o povo que como sempre é massa de manobra.
Números
Outro cenário apresentado com Marília Arraes não candidata. Mantém-se um empate técnico, mais uma vez com Paulo Câmara em primeiro lugar e, neste quadro, com 23% (veja gráficos ao lado). O candidato do PTB aparece em segundo com 19%. Os demais três incluídos permanecem nas posições do outro cenário.
Votos e o caminho
Tirando o nome dela na simulação de primeiro turno, metade dos seus eleitores não migra para ninguém, enquanto a outra metade se divide entre Armando Monteiro e Paulo Câmara, com preferência pelo senador. Dos que disseram que votariam nela, 49% responderam que anulariam seu voto, votariam em branco ou não votariam em ninguém. Armando Monteiro beneficia-se com a migração de 20% dos votos dela e Paulo Câmara com 13%.
Espontânea
Na espontânea, em que o respondente não tem acesso aos nomes dos pré-candidatos, todos os três candidatos aparecem com muito menos menção: Paulo Câmara com 12%, Marília Arraes com 8% e Armando Monteiro com 4%. Na sequência, Júlio Lóssio foi lembrado por 2%, Coronel Meira por 1%, Danielle Portela por 1%.
Outro cenário
Em cenários de segundo turno, exercitando as possibilidades entre os três principais pré-candidatos, Marília venceria Armando por 29% a 20%, portanto fora da margem de erro - que é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Marília venceria Paulo com 28% contra 27%, o que constitui um empate técnico. Paulo venceria Armando com 28% contra 24%, novamente configurando empate técnico.
Eleição em dois tempos
No segundo turno entre o governador e Armando, a migração do voto de primeiro turno de Marília é maior para o pré-candidato do PTB do que para o pré-candidato do PSB. Em cenário entre Marília e Paulo, o eleitor de Armando beneficia mais Marília do que Paulo: 44% preferem Marília, enquanto 24% preferem Paulo. Na hipótese de sair Paulo, seus votos se distribuem mais em favor de Marília: 31% migrariam para a candidata do PT e 19% para Armando.
Reeleição
Apesar dos cenários de empate técnico que se repetem ao longo da pesquisa, o pernambucano tem a expectativa de que Paulo será reeleito governador. 26% assim afirmaram, enquanto 12% apostam em Marília e outros 11% em Armando. Chama a atenção o fato de que 47% dos entrevistados preferem não fazer prognósticos.
Paulo é o mais conhecido
Dentre os três nomes mais fortes na disputa, o governador hoje é o mais conhecido: 49% consideram conhecê-lo bem, e outros 44% o conhecem de ouvir falar. Natural para um governador em seu quarto ano de mandato.
Os opositores
Armando Monteiro e Marília Arraes têm graus de conhecimento semelhantes, mas com o senador ligeiramente mais conhecido: 23% consideram conhecê-lo bem e 54% de ouvir falar. No caso de Marília, 20% dizem conhecê-la bem e outros 51% de ouvir falar. Marília, dos três, é a única novata em disputas majoritárias e recente na política. Portanto, a que tem mais potencial de crescimento derivado do aumento de conhecimento que ocorrerá na campanha.
Briga pelo Senado
Na pesquisa a corrida pelo senado com Jarbas Vasconcelos e sem ele. Os demais nomes foram mantidos nas duas simulações. Na simulação que inclui o ex-governador e deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), ele aparece em primeiro lugar, com 23% das intenções, seguido de Mendonça Filho (DEM) com 19% e Humberto Costa (PT) com 17%. Trata-se, desta forma, de um empate técnico, em que não se pode afirmar quais dos dois, dentre os três, seriam efetivamente eleitos, fossem as eleições hoje.
Mais senadores
Os demais nomes aparecem bem atrás: José Queiroz (PDT) com 6%, Silvio Costa (Avante) com 5%, André Ferreira (PSC) com 4%, Maurício Rands (PROS) com 2%, Eugênia Lima (PSol), Albanise Pires (PSol) e Antônio Souza (Rede) com 1% cada.
Outros números sem Jarbas
A saída de Jarbas Vasconcelos na pergunta estimulada de votos a senador mantém o empate técnico entre deputado federal e ex-ministro Mendonça Filho (22%) e o senador Humberto costa (21%). O ex-prefeito de Caruaru José Queiroz, que é quem de novo se aproxima mais, cresce de 6% para 8% somente, o ex-deputado federal Maurício Rands cresce de 3% para 4% e os demais permanecem com os mesmos números.
Sem candidatura
Se Jarbas não for candidato, como se ventila em alguns ambientes, 44% dizem que não terão um segundo candidato. O restante se distribui beneficiando os vários demais candidatos, sem uma preferência forte: 16% iriam para Mendonça Filho, 14% iriam para Humberto Costa, 11% iriam para José Queiroz. O deputado federal Silvio Costa e Maurício Rands receberiam 4% cada.
Detalhes da pesquisa
A amostra foi composta por 600 entrevistas aplicadas junto a eleitores que moram e votam no estado de Pernambuco em todas as regiões. A pesquisa foi realizada nos dias 8 e 9 de junho. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. Tem intervalo de confiança de 95%, foi feita por meio de entrevistas presenciais e está registrada no TRE sob o registro PE-02648/2018.