Janguiê Diniz

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O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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Milhares ainda vivem no escuro

Janguiê Diniz, | qua, 13/11/2013 - 10:40
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Em pleno ano 2013, é possível imaginar que ainda existem milhões de pessoas que vivem sem energia elétrica no Brasil? Não apenas é possível, como é a realidade para mais de um bilhão de pessoas no mundo, sendo 1,5 milhão delas apenas na Amazônia – região Norte do Brasil. 

De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), além do inaceitável número de pessoas que não tem eletricidade, três bilhões delas usam combustíveis altamente poluentes e perigosos para saúde a fim de gerar energia, como a madeira, o querosene e o carvão. Esses combustíveis inflamáveis são responsáveis por provocar quatro milhões de mortes por ano, a maioria delas de crianças e mulheres.

Mais que um problema de infraestrutura, a falta de acesso a energia elétrica é um atraso no combate à pobreza, além de ser um problema de caráter econômico, educacional e de saúde. No Brasil, o programa “Luz para Todos” do Governo Federal completou 10 anos e atendeu 3 milhões de domicílios. No entanto, se deparou com as dificuldades de acesso na Amazônia, onde cerca de 360 mil famílias esperam o fim da exclusão elétrica.

Não podemos negar que existem grandes dificuldades de levar equipamentos – postes e fiações – para a região Norte, pela geografia mais complexa e dispendiosa. Lá, os programas tornam-se mais caros pois há dificuldades naturais, com falta de estradas, comunidades isoladas e dificuldade para se levar material através da floresta e ilhas.

No entanto, dificuldades não significam impossibilidades e é preciso pensar em alternativas tecnológicas para atender uma demanda populacional que vive alheia ao mundo. A chegada da energia elétrica irá facilitar a integração dos programas sociais do governo federal, além do acesso a serviços de saúde, educação, abastecimento de água e saneamento, que dependem da energia para funcionar.

Segundo o IBGE, apenas 0,5% dos domicílios do país não são cobertos por luz elétrica. A região Norte tem o pior índice: 97,2%. E apesar de todas as outras regiões superarem os 99%, não é apenas na região amazônica que famílias vivem as escuras. Esta também é a realidade de inúmeras residências no interior nordestino.

Tanto na Amazônia quanto no interior Nordestino é preciso pensar em pequenas hidrelétricas e fontes alternativas de energia, como a solar, como solução. É preciso utilizar o que cada região pode fornecer naturalmente como alternativa para solução do problema. Se no Norte existe abundância de água e no Nordeste há sol durante todo o ano, precisamos utilizar tais recursos para melhorar a qualidade de vida do nosso povo.

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