O ano de 2013 se encerra e já começam as perspectivas e especulações para o próximo ano. 2014 promete ser de muito movimento para nós brasileiros, em todos os aspectos – político, econômico e social. Talvez um ano mais corrido do que os outros, já que seremos sede da Copa do Mundo de futebol e, logo em seguida, acontece a eleição presidencial e estaduais.
O aspecto econômico não promete surpresas. As projeções dos economistas para o Brasil é que a economia cresça entre 2% e 2,5% em 2014. Ou seja, durante os quatro anos do governo de Dilma Rousseff teremos um crescimento médio de 2%. Nada extraordinário, no entanto, ainda positivo.
Apesar de muitos acreditarem que 2014 será um ano perdido - carnaval, copa e eleições -, não podemos pensar assim. Não sou um pessimista, mas, antes de pensarmos apenas no título mundial, vale, apenas para reflexão, lembrar um exemplo inefável: Maracanã 1950 - o Brasil inteiro se preparava para a maior comemoração de todos os tempos quando o Uruguai foi o campeão.
Nas conversas em diversos setores não há muito otimismo em relação ao novo ano, por conta das duas efemérides, Copa do Mundo e eleições. Não existem dúvidas que há riscos de que alguma coisa não dê certo. E, caso alguma coisa dê errado, como será um ano eleitoral, acredita-se que a responsabilidade cairá sobre o governo federal.
Claro que temos que pensar no legado que a Copa poderá deixar ao Brasil. Além dos benefícios das obras de mobilidade que estão sendo realizadas com o intuito de atender, em grande parte, a demanda turística, o próprio setor turístico deve aproveitar a oportunidade para cativar os visitantes e fazê-los retornar em outras oportunidades.
Entretanto, não devemos esquecer que outros aspectos precisam de atenção constante – há temas que não podem ser abandonados, como a ampliação do número de profissionais de saúde em todas as cidades, questões relevantes para a infância e juventude, o sistema prisional que está entre os mais indigentes do mundo, a melhoria do ensino público, etc.
É lugar comum dizer que a educação e saúde necessitam de investimentos urgentes e contínuos. E neste caso, a Copa do Mundo de futebol não pode fazer com que nossas próximas eleições sejam monotemáticas, já que, em outubro de 2014, ela já terá terminado e, o que menos importará na discussão eleitoral, será o desempenho da Seleção Brasileira.
O fato é que os eleitores são heterogêneos, vivem vidas diferentes e pensam de forma diferente. Imaginar que suas preocupações e expectativas são iguais não faz sentido. A motivação dos nossos gestores não pode ser apenas preparar as cidades para a Copa, ou até mesmo para as Olimpíadas – que acontecem em 2016. A busca deve ser em preparar a cidade, em todos os aspectos, para os próximos 40 anos. Para os cidadãos que residem permanentemente.
Em 2013 foram muitas emoções, no Brasil e no mundo. Esperamos ainda mais para 2014 - um ano novo repleto de produtividade.