Indígenas pedem apoio educacional do MEC
Uma das reclamações é a burocracia que há, segundo os índios, para que eles ingressem na universidade
Índios representantes das etnias pataxó e tupinambá, da Região Sul da Bahia, foram ao Ministério da Educação (MEC), em Brasília, expor a situação da educação superior e básica em suas localidades. Eles também pediram ações e posicionamento do ministério, uma vez que a maioria das reclamações gira em torno da entrada dos indígenas nas universidades, da burocracia que existe para que isso ocorra, bem como pediram mais recursos financeiros em prol de políticas de assistência estudantil nas universidades.
A reivindicação dos índios ocorreu nessa quinta-feira (29), através de uma audiência que teve a participação do secretário da Educação Superior, Amaro Lins, e do assessor especial Márcio Meira, ambos integrantes do MEC.
A estudante de enfermagem pataxó Sirlene Lopes, conforme informações do site oficial do MEC, falou sobre a dificuldade que passou a ter depois que ingressou na universidade, frisando que é necessário mais investimentos financeiros para que os índios consigam se manter estudando. De acordo com o MEC, para o ano que vem, serão destinados mais de R$ 600 bilhões ao Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). “Com a Lei de Cotas vamos ampliar ainda mais os investimentos neste programa”, completou o secretário Amaro Lins, de acordo com informações do MEC.
Segundo o assessor Márcio Meira, a quantidade de indígenas que ingressou na educação superior aumentou. “A perspectiva é de aumento com a Lei de Cotas e boa parte dos estudantes indígenas que serão beneficiados vivem em aldeias”, completou Meira, de acordo com o MEC. Situação das escolas localizadas em aldeias, professores, transporte escolar, livros didáticos, entre outros temas ligados à educação básica, foram alguns dos assuntos que também foram discutidos na audiência.