Denúncia: Escolas são acusadas de não pagar o 13º salário
De acordo com o Sinpro-PE, algumas escolas privadas não pagaram parte do 13º salário a professores
Professores sem a primeira parcela do décimo terceiro (13º) salário. Esta é a denúncia feita pelo Sindicato dos Professores no Estado de Pernambuco (Sinpro-PE), protocolada na última quarta-feira (7), junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As escolas citadas na denúncia são a Santa Joana (Olinda), Patrícia Costa (Olinda), Atual (unidades de Boa Viagem e Piedade), Colégio 2001 (Recife), Guimarães Rosa (Recife) e Luiza Cora (Olinda). De acordo com o Sinpro, as instituições não efetuaram o pagamento da primeira parcela do 13º.
O coordenador de assuntos jurídicos do Sindicato, Fábio Emmanuel Couto, espera que o MTE tome providências quanto ao suposto caso de irregularidades. “O Sinpro Pernambuco espera que o MTE realize fiscalização nas escolas denunciadas e, ao constatar a irregularidade, autue e multe esses estabelecimentos, obrigando total ressarcimento ao professor”, disse o coordenador.
Marcelo Costa, que atua na área administrativa da Escola Patrícia Costa, afirmou que "a Escola realizou o pagamento adiantado e integral, quitado do dia 12 de novembro, até o dia 30 do mesmo mês”. Ele ainda diz que possui todos os comprovantes bancários: “Eu tenho todos os comprovantes e mostro a quem quiser ver. Isso está acontecendo porque houve alguns desligamentos de professores, e, provavelmente por raiva, fizeram essas falsas denúncias”, relatou Costa.
Em relação ao Colégio Santa Joana, quem se pronunciou foi o diretor assistente, Mário Barbosa. “Nós temos mais de 30 anos e nunca tivemos problemas com ninguém. Está tudo pago e posso provar”, afirmou Barbosa. Um funcionário do departamento de pessoal do Colégio 2001, que preferiu não expor o seu nome, informou que os pagamentos da primeira parcela foram efetuados desde o dia 15 de novembro.
No que diz respeito ao Colégio Luiza Cora, quem se pronunciou sobre a denúncia feita pelo Sinpro foi Ana Soares, do departamento pessoal. De acordo com Ana, “a gente desconhece o caso, pois, pagamos as parcelas desde o dia 30 de novembro”.
Referente à escola Guimarães Rosa, a denúncia foi ainda pior. Segundo informações do próprio Sinpro, a instituição, além de não pagar a primeira parcela do 13º salário, também não quita corretamente o piso salarial da categoria, o salário de férias e não fornece vale transporte. Em contraponto, Erica Micheline, coordenadora da escola, contou que está surpresa com a denúncia e defende a instituição da acusação. “Fizemos o pagamento total no último dia cinco de dezembro, e quando demoramos a pagar algo, nós reunimos todos os funcionários e damos satisfação. Estou muito surpresa”, disse.
A assessoria de comunicação do Colégio Atual, que atende a todas as unidades da instituição, informou que já foi feito um acordo individualmente com os professores que não receberam as quantias exigidas e, segundo a assessoria do colégio, até a próxima sexta-feira (16), os valores serão pagos por completo aos funcionários da instituição.