Google pode passar a cobrar pelo Android, diz presidente
Android é usado gratuitamente por 1,3 mil fabricantes em todo o mundo
O CEO do Google, Sundar Pichai, usou uma postagem no blog oficial da empresa para sugerir que o sistema operacional móvel Android, o mais usado do mundo, pode deixar de permanecer livre e aberto. O depoimento foi compartilhado após o Google ser multado em R$ 19 bilhões pela União Europeia (UE) por práticas anticompetitivas.
Pichai explicou que há custos associados a plataformas como o Android, mas que o Google conseguiu ultrapassar essas barreiras graças a um investimento de bilhões de dólares ao longo da última década para tornar o sistema o que ele é atualmente.
"Esse investimento faz sentido porque podemos oferecer aos fabricantes a opção de pré-instalar um conjunto de aplicativos populares, alguns que geram receita para o Google", informou o executivo. Segundo ele, se esse tipo de acordo for proibido na Europa, é possível que a empresa passe a cobrar pelo software, num modelo similar ao do Windows, da Microsoft.
"A distribuição gratuita da plataforma Android e do conjunto de aplicativos do Google não é apenas eficiente para os fabricantes e operadores de telefonia - é um grande benefício para desenvolvedores e consumidores", disse Pichai, no mesmo post.
"Até agora, o modelo de negócios do Android significou que não tivemos que cobrar dos fabricantes por nossa tecnologia, ou depender de um modelo de distribuição rigidamente controlado", completou. Pichai escreveu ainda que a decisão da UE de impor uma multa recorde ao Google por práticas anticoncorrenciais poderia perturbar o equilíbrio do Android.
O Android é usado gratuitamente por 1,3 mil fabricantes em todo o mundo - segundo o Google, são 24 mil modelos de dispositivos com a plataforma. Criado em 2008 para competir com o iOS, da Apple, o Android está instalado em mais de 80% dos dispositivos móveis do mercado.
LeiaJá também
--> Conheça os 5 empresários mais ricos da tecnologia em 2018