“Mundo não está pronto para o Google Glass”, diz estudo

Segundo relatório, óculos e relógios inteligentes ainda precisam apresentar necessidade de usos mais atraentes

sex, 31/01/2014 - 10:12
Reprodução Crescente preocupação com a saúde fará com que os rastreadores de atividade componham a maior parte do ramo da tecnologia vestível Reprodução

As últimas previsões estimam que as remessas de dispositivos sejam de 90 milhões para o próximo ano, mas entre os aparelhos estarão rastreadores de saúde e fitness, e não o Google Glass, que vão liderar demanda do consumidor.

De fato, em seu mais recente relatório, publicado nesta sexta (31), a ABI Research deixa claro que o mundo não está completamente pronto para os óculos inteligentes. Ela afirma que dispositivos como o Google Glass, com lançamentos aguardados ao longo de 2014, estimularão o interesse, mas "não serão um sucesso comercial significativo".

O mesmo não pode ser dito sobre os rastreadores de saúde e fitness, que têm um uso claramente definido e já estão conquistando mercado entre os eletrônicos de consumo. "Os próximos 12 meses serão um período crítico para a aceitação e adoção de dispositivos portáteis", afirma o analista sênior Joshua Flood.

"Rastreadores de saúde, de esportes e de atividade estão rapidamente se tornando produtos de mercado de massa. Por outro lado, dispositivos portáteis como relógios inteligentes precisam superar alguns obstáculos críticos. A concepção estética, a necessidade de usos mais atraentes, a duração da bateria e preços mais baixos são os principais inibidores. A forma como os fornecedores lidam com esses desafios e suas respectivas soluções vão afetar o mercado vestível a longo prazo no futuro."

A ABI prevê que dois milhões de pares de óculos inteligentes serão lançados em 2014 e que a demanda pelos dispositivos começará a crescer nos próximos anos. Ao mesmo tempo, questões como a crescente preocupação com a saúde, os estilo de vida e, em países como EUA e Reino Unido, a obesidade, farão com que os rastreadores de atividade componham a maior parte dos 88 milhões de dispositivos restantes previstos para serem entregues.

Dados divulgados pela Juniper Research em novembro de 2013 estimam que 15 milhões de rastreadores de saúde e fitness já sejam usados ativamente e, no que diz respeito a uma crescente popularidade, estima-se que futuras remessas cheguem a 100 milhões de aparelhos por ano até 2018.

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