Quase 30% dos adolescentes enviam fotos de si mesmos nus

por Carlos S Silvio qua, 04/07/2012 - 20:46
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Segundo o primeiro estudo do impacto do chamado "sexting" sobre a saúde pública, o número de adolescentes que enviam fotos de si mesmo nus por celular ou e-mail chega a 30%. As informações foram divulgadas no início da semana pelo Proceedings of the National Academy of Sciences. O estudo foi realizado pelo Departamento Médico da Universidade do Texas, em Galveston, e segundo seus autores dá indícios sobre o comportamento sexual, em geral, dos adolescentes e, em particular, avalia a participação dos jovens quanto às condutas sexuais perigosas.

Na pesquisa, envolvendo quase 1 mil adolescentes em sete escolas públicas do sudeste do Texas, as pesquisas observaram que 28% dos adolescentes enviaram fotografias de si mesmo nus por meios eletrônicos. Segundo a pesquisa, 57% dos jovens já receberam um pedido para que enviassem fotos contendo nudez, e 31% já tinha feito um pedido do tipo.

O artigo ressalta ainda que esses índices são mais altos do que os constatados por pesquisas sobre comportamento na internet feitas anteriormente. "Aparentemente, o 'sexting' é a versão moderna do 'eu mostro o meu e você mostra o seu', mas o fato de que esse seja um comportamento que se tornou tão comum não perdoa sua ocorrência", assinalou o autor principal do estudo, Jeff Temple, professor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia.

"Pelo contrário, descobrimos que os adolescentes, em geral, ficam incomodados com os pedidos para que enviem fotos de si mesmos nus. De fato, esses pedidos incomodam quase todas as meninas e, entre os meninos, mais de 50% indicaram que esses pedidos os incomodam um pouco".

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo também avaliaram a ligação do "sexting" com as atividades sexuais, e descobriram que tanto os meninos quanto as meninas com esse comportamento são mais propensos a ter atividade sexual com pares que não praticam "sexting".

Além disso, as adolescentes que enviam fotografias de si mesmas nuas têm uma prevalência de comportamento sexual de risco mais alta do que entre os meninos.

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