Maldito seja, 2014. Em um ano já repleto de acontecimentos terríveis para a sétima arte, eis que surge, numa miserável quarta-feira, a notícia de que o Cinema em Cena, o mais antigo portal de cinema brasileiro, fechará suas portas virtuais.
Maldito seja, 2014. Em um ano já repleto de acontecimentos terríveis para a sétima arte, eis que surge, numa miserável quarta-feira, a notícia de que o Cinema em Cena, o mais antigo portal de cinema brasileiro, fechará suas portas virtuais.
Depois de sete anos de vida, chegou o seu fim. E que fim mequetrefe, né? O que foi aquilo, hein? Eu sei que só um louco pra achar que você ia ter um Series Finale digno, só um iludido. Só um completo apaixonado. Só um eu das antigas, que perdoei tantas coisas. Mas, devo admitir que, ainda que eu não estivesse mais sob seu feitiço, eu não esperava algo tão deprimente. Final de novela global, True Blood? Logo você?
Minha irmã me perguntou dia desses o que assistir no cinema. Nem sempre é fácil de indicar filme pra alguém, gostos variam e cada um de nós tem suas especificidades peculiares que nos fazem insistir em uns determinados tipos de filmes e correr de outros. No caso dela, é relativamente fácil pensar num filme; ele basicamente tem que ser feliz. Mas e pra achar um desses passando no cinema?
O ano de 2014 está pondo à prova os corações mais fracos. Muitos nomes do audiovisual, mas não apenas dele (como os recentes Ariano Suassuna, e mais próximo ainda, Eduardo Campos – somos um site de Pernambuco, para quem não sabe), foram levados para algum outro lugar que não aqui. Nomes queridos e importantes como Philip Seymour Hoffman, James Garner, Paul Walker, Eduardo Coutinho, Eli Wallach, Harold Ramis, Shirley Temple, Bob Hoskins, James Rebhorn, Ruby Dee, Alain Resnais, Lauren Bacall e tantos outros já nos deixaram, retirando parte do brilho da sétima arte e privando-nos de seus talentos. Para se ter uma ideia do momento fúnebre que vivemos, até mesmo uma lista póstuma, a primeira do Zona Crítica, foi feita para homenagear artistas que perdemos cedo demais.
Quem habita a internet ou ao menos a visita – e também é cinéfilo –, já deve ter percebido que o relativamente aguardado Os Mercenários 3 vazou e até quem não quis já pode assisti-lo. Quando filmes menores vêm e vão, isso quase sempre passa despercebido, mas quando uma “superprodução” destas chega às telas do computador antes das do cinema, a discussão acerca da pirataria volta à tona, e aí surgem aqueles que a defendem, como forma de compartilhamento e de liberdade para a arte, e aqueles que vão contra, por julgarem-na errada, e mesmo outros que ora ficam em cima do muro, ora apontam para um lado, mas logo se voltam para outro, para depois voltarem à origem, e vice-versa.
Se você ainda não percebeu, o site Zona Crítica está passando por sutis mudanças. Talvez elas fiquem evidentes mais tarde, mas em resumo, estamos ampliando o nosso escopo de debate para além do audiovisual, sem abrir mão do tema, e também modificando a forma mais rígida de nossas produções textuais, conferindo ao espaço uma cara mais humana, mais pessoal.
Definitivamente a Marvel parece ter encontrado o caminho após seu último erro, o divertidinho, mas nada interessante Homem de Ferro 3. Desde então, pelo menos no meu ponto de vista, a nova gigante do cinema só vem crescendo, com Thor – O Mundo Sombrio, Capitão América 2 – O Soldado Invernal e, agora, a cereja do bolo, Guardiões da Galáxia. Não entendo nada de quadrinhos – nem os acompanho – e tampouco sei dessas coisas de fase um, fase dois, fase beta e fase do caralho à quatro, mas independente destas divisões amalucadas, certo é que o universo que todos os filmes vêm compondo torna-se mais e mais interessante, e o estúdio só precisa ter o cuidado de não se expandir ao ponto de ficar incontrolável, ou mesmo incontornável.
Zonacast de julho tá no ar! E resolvemos tocar na ferida e discutir um dos assuntos mais debatidos dos últimos tempos acerca do nosso trabalho. O que é crítica e o que não é? Qual o papel da crítica? O público está correto em desconsiderar a crítica? Ou a crítica é quem manda no pedaço?
Olá, amigos. É com um prazer incomensurável que volto a trazer um Horror Negro pra vocês. Claro, aproveitando o gancho da semana com novo filme de horror nas telonas. Aliás, nunca na história desse país se viu um ano tão fraco de produções de terror nos cinemas do que esse 2014. Além disso, o que estreou, até agora, apenas decepcionou os fãs, sedentos por algo eficiente ou minimamente original. Já temos crítica de A Face do Mal e O Espelho aqui no site e, ao que nos parece, são, novamente, os amontoados de clichês de sempre. Lembrando que em nosso último encontro aqui no Zona eu fiz uma retrospectiva das obras de terror que me chamaram atenção em 2013 (ixi… faz tempo né?), e a coisa já não tava muito animadora nos EUA por aqueles tempos.
Brasil perdeu, tá todo mundo triste e ninguém mais quer ouvir falar de futebol ou Copa do Mundo, pelo menos até a próxima semana, quando o vício inexplicável do brasileiro pelo esporte ressurgirá com força total, para a tristeza daquele que escreve essa introdução, Caio Vianna. Mas enquanto não apagamos (e duvido que um dia serão esquecidas) as marcas da derrota contra a Alemanha, é hora de relaxar e pensar em outros eventos esportivos, e melhor ainda se pudermos fugir para o mundo da ficção e ficar por lá por alguns dias. Sendo assim, com essa desculpa esfarrapada, resolvemos colocar em uma lista doze esportes fictícios do cinema e da TV, que você confere logo abaixo.
A franquia Transformers sempre foi uma bobagem, mas chegou a um nível abissal de idiotice com o terceiro capítulo da franquia, provavelmente um dos piores filmesjá feitos, que não permitia nem mesmo que o espectador conseguisse acompanhar a trama, tamanho o caos de explosões e piadas sem graça jorradas ao longo da projeção. Nessa perspectiva, não era muito difícil que Transformers – A Era da Extinção superasse o anterior, o que ele faz, muito embora não passe de puro… Bem, para colocar de forma sincera: lixo.
Após dirigir o terrível Battleship – Batalha dos Mares, e se superar no bom O Grande Herói, mais uma vez o diretor Peter Berg parece ter encontrado o caminho ao conduzir o episódio-piloto da série The Leftovers. Claro, o material que o cineasta tem em mãos já é excelente, logo precisaria ser muito medíocre para compor algo que soasse diferente disso, mas a história do cinema nos serve de prova que péssimos diretores podem estragar bons roteiros, o que me faz olhar para Berg com outro foco a partir de hoje.
É aquela velha história: The Last Ship até tem uma boa premissa, até faz metade de um episódio-piloto com competência e até consegue despertar em nós a tensão e a vibração por alguns instantes. Pena que fique no “até”, já que seus trinta minutos finais desfazem tudo o que o restante da premiere construiu, com um roteiro bobo e frouxo que deixa de se sustentar tão logo dificuldades batam à porta da trama.
Em sua estreia, o program
##RECOMENDA##Sou suspeito para falar sobre esta série. The Flash era meu herói preferido na infância. Não me pergunte o por quê. Só sei que adorava aquele programa tosco com John Wesley Shipp, mas como tudo em termos de televisão era meio que tosco à época, acho que fazia parte do padrão de qualidade, ou só era muito criança para perceber.
Game of Thrones me conquistou desde cedo por sua temática – o gênero fantástico – e sua feitura, que para os padrões da televisão, podia ser considerada extremamente aprimorada, como ainda o é, inclusive ultrapassando o cinema em vários instantes. Mas nem sempre fui um fã inveterado do programa, visto que sua primeira temporada, recheada de personagens e conflitos, demora a engatar, mas ainda assim consegue conquistar.
Se você desconhece (sabe de nada, inocente!), nós estamos aqui para ajudá-lo e dizer que o “cinema alternativo” está sempre lançado versões diversas de obras livremente inspiradas em sucessos hollywoodianos, que, quase sempre, também copiam parte dos títulos, alguns sem graça, e outros altamente criativos.
Durante o primeiro ano de Hannibal, senti-me deslumbrado com seu visual, seu estilo narrativo tão peculiar para a televisão, o que me levou a, como uma criança que entra em uma loja de doces ou brinquedos, ignorar os problemas que a série continha. Agora, tendo concluído sua segunda temporada, posso afirmar que mantenho boa parte dos meus elogios do passado – o cuidado com a fotografia e a direção de arte, o apelo imagético oferecido por cenas cuidadosamente trabalhadas, e um roteiro que preza por diálogos excepcionais –, contudo, não à toa, passo a entender que mesmo tudo isto não serve para ofuscar determinados defeitos narrativos que Bryan Fuller insiste em cometer, e que fizeram com que o seriado diminuísse em meu conceito a cada novo episódio.
Em uma época de vacas magras para o gênero horror nos cinemas, deparamo-nos com este A Face do Mal, péssima tradução do título original Haunt, que faz muito mais sentido no contexto do filme. Independente disto, a obra dos estreantes Mac Carter, o diretor, e Andrew Barrer, o roteirista, faz jus à falta de criatividade que assola o mercado neste âmbito. Não há nada de novo que traga algum respiro para o terror, que nos faça ficar presos à cadeira do cinema ou, na pior das hipóteses, não necessariamente assustar, mas criar uma trama tão fascinante que seja lembrada até hoje, como foi com O Sexto Sentido e suas reviravoltas.
Pensando aqui entre todos os trocadilhos que eu gostaria de usar neste texto, cheguei a conclusão que A Culpa é das Estrelas é um dos filmes mais modinhas já feitos. Parece que tudo culminou para esse filme ser um sucesso entre adolescentes. O livro de John Green que, da noite para o dia, virou uma febre enlouquecedora foi o primeiro passo. O sucesso estrondoso de Shailene Woodley que, uma hora era apenas uma coadjuvante de Os Descendentes, na outra se tornou protagonista da maioria dos filmes adolescentes atuais foi o segundo passo. Toda essa construção de uma história de amor nada comum feita à partir de sagas como Crepúsculo serve para fechar tudo. O filme é fácil de ser identificado na hora, todo mundo sabe o que será daquela história previsível. Falando com alguns amigos, a grande maioria tem medo da adaptação se tornar um filme de câncer. Quero falar pra todos eles ficaram tranquilos: não é um filme de câncer. É pior.
Quando anunciaram o filme de Malévola, não pude deixar de me animar para saber o que a Disney tinha para me mostrar de novo ou interessante sobre aquela história da Bela Adormecida que cresci assistindo, memorizando e amando. De todos os vilões Disney, ela é, inconteste, uma das mais aterrorizantes, chegando toda imponente no batizado de Aurora e fazendo o seu desejo de muitos anos de vida para aquela coisinha pequena que mal chegou ao mundo.