As forças de segurança da Caxemira administrada pela Índia mataram um famoso militante que jurou lealdade à Al-Qaeda, anunciaram as autoridades locais, que consideram a notícia um duro golpe aos rebeldes neste território disputado por Índia e Paquistão.
Após a divulgação da notícia da morte de Zakir Musa na quinta-feira à noite, centenas de manifestantes saíram às ruas e enfrentaram as forças de segurança em diversas localidades, incluindo Srinagar, capital do estado indiano de Jammu e Caxemira.
As autoridades cortaram o acesso à internet no vale da Caxemira e anunciaram um toque de recolher em grande parte do território para impedir a propagação dos protestos.
Musa, 25 anos, foi encontrado na tarde de quinta-feira por soldados e policiais em um esconderijo perto da cidade de Tral.
Os oficiais pediram sua rendição, mas ele jogou uma granada e abriu fogo, morrendo no tiroteio iniciado em seguida, informou uma fonte policial à AFP.
Musa anunciou em 2017 a criação do grupo Ansar Ghazwat ul Hind e declarou lealdade à Al-Qaeda, prometendo lutar para estabelecer um califado islâmico na Caxemira.
Grupos rebeldes lutam há décadas contra quase 500.000 soldados indianos na parte do território controlada por Nova Délhi, buscando a independência ou uma fusão com o Paquistão, que administra uma parte da região.
A Caxemira foi dividida entre os dois países ao final do domínio colonial britânico em 1947.