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A economia da Tailândia se expandiu no segundo trimestre, contrariando a expectativa de economistas, que previam que a crise política do país iria causar um segundo trimestre consecutivo de contração.

De abril a junho, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Departamento da Economia Nacional e do Desenvolvimento Social. Economistas consultados pelo Wall Street Journal projetavam, em média, uma retração de 0,15%. Porém, no primeiro semestre, a economia contraiu 0,1% na comparação com o mesmo período de 2013.

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Em números sazonalmente ajustados, o PIB expandiu 0,9% na comparação do segundo trimestre com o primeiro trimestre. As projeções previam uma expansão de 0,6%.

As previsões mais pessimistas foram feitas tendo em vista o cenário incerto da política do país. Durante o primeiro semestre, uma onda de protestos fez com que a Corte Constitucional depusesse a primeira-ministra Yingluck Shinawatra. Semanas depois, uma junta militar retirou o primeiro-ministro interino e assumiu o poder no país. Os golpistas prometem que a democracia será restituída no país no segundo semestre do ano que vem.

A agência também cortou a projeção para o PIB deste ano, de um crescimento de 1,5% a 2,5% para uma expansão de 1,5% a 2,0%. (com informações da Dow Jones Newswires)

O governo interino da Tailândia disse neste domingo (11) que reforçará a segurança para evitar confrontos que possam surgir entre os dois lados na escalada da crise política no país e alertou as pessoas para que se mantenham longe de locais de protesto para sua própria segurança.

O anúncio foi veiculado na televisão após manifestantes pró e contra o governo organizaram protestos concorrentes na capital tailandesa neste fim de semana. Os dois grupos ficaram a quilômetros de distância um do outro, mas preocupações com a violência aumentaram após de destituição da primeira-ministra do país, Yingluck Shinawatra, na semana passada.

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O funcionário das forças de segurança tailandesas, Tharit Pengdit, advertiu que, se o movimento antigoverno realizar uma tentativa de nomear um primeiro-ministro não eleito, isso pode despertar revolta entre os apoiadores do governo. Isso pode definitivamente "se espalhar para confrontos e, eventualmente, levar a uma guerra civil". O comentário ecoou uma declaração feita um dia antes pelo chefe do movimento pró-governo Camisas Vermelhas.

"É, portanto, necessário para o Capo (Centro de Administração de Paz e Ordem, na sigla em inglês) intensificar a aplicação da lei em um nível mais rigoroso para resolver os problemas que surgirão no futuro próximo", disse Tharit, um dos diretores do centro. "Estamos pedindo às pessoas para ficarem longe dos manifestantes e (...) para evitar os locais de protesto para sua própria segurança." Ele não especificou como ou onde a segurança seria reforçada.

Duas pessoas ficaram feridas na noite de sábado, quando agressores desconhecidos dispararam duas granadas contra a Casa de Governo, complexo de gabinete do primeiro-ministro, onde manifestantes antigoverno estavam acampados, disse o coronel de polícia Kamthorn Auicharoen. Funcionários saíram do complexo há meses devido aos protestos lançados contra Yingluck em novembro. Este foi o mais recente de uma série de ataques com granadas e tiros que deixaram centenas de feridos desde o início da crise política na Tailândia em novembro. Ambos os lados acusam o outro de orquestrar a violência.

Manifestantes antigoverno foram encorajados pela decisão do Tribunal Constitucional do país na quarta-feira de destituir Yingluck por nepotismo. Na sexta-feira, eles intensificaram seus esforços para derrubar o que resta da administração de Yingluck por meio de um cerco às estações de televisão e escritórios estatais e exigindo que legisladores os ajudem a instalar um primeiro-ministro não eleito para governar o país.

O gabinete de Yingluck nomeou o vice-premiê da Tailândia, Niwattumrong Boonsongpaisan, como primeiro-ministro em exercício, mas o líder do movimento de protesto antigoverno, Suthep Thaugsuban, disse no sábado que Niwattumrong "não detém a autoridade e o status para ser chefe do governo". Suthep pediu ao Senado para "rapidamente consultar os presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Constitucional, do Supremo Tribunal Administrativo e da Comissão Eleitoral para trabalhar para nomear o novo primeiro-ministro imediatamente". O Senado disse que vai realizar uma reunião informal na segunda-feira para discutir a crise. Fonte: Associated Press.

Bangcoc, 09/05/2014 - A polícia tailandesa disparou gás lacrimogêneo e canhões d'água nesta sexta-feira para afastar manifestantes que tentavam forçar a entrada em um complexo do governo da Tailândia, um indicativo de que a destituição da premiê do país, Yingluck Shinawatra, pode não resolver a crise política no país.

Cinco pessoas ficaram feridas em torno do Centro de Administração para a Paz e Ordem, que é a sede do comando de segurança do governo. Manifestantes tentaram invadir o local derrubando as barreiras que cercam o complexo. O incidente ocorreu após mais de 10 mil manifestantes terem marchado pela capital tailandesa para mostrar que a saída da premiê, ordenada esta semana pela Justiça do país, não foi suficiente.

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O tráfego ficou complicado ao redor de Bangkok quando os manifestantes marcharam até a Casa do Governo - principal escritório da primeira-ministra - e depois até o Parlamento, rodeados por repórteres de várias redes de televisão pública. Eles pediram que as estações de TV parem a transmissão de notícias do governo para divulgar os anúncios dos manifestantes.

O líder dos protestos Suthep Thaugsuban Suthep exigiu que os presidentes da Suprema Corte e do Senado e a Comissão Eleitoral, juntamente com outros órgãos estatais, trabalhem em conjunto para derrubar o atual governo. "Queremos que a mudança de governo seja suave. Mas se vocês não puderem fazê-la sem problemas no prazo de três dias, nós, o povo, iremos fazê-la à nossa própria maneira", afirmou.

A marchas de sexta-feira ocorrem dois dias depois de Yingluck ser destituída pelo Tribunal Constitucional do país por supostamente ter transferido um funcionário público ilegalmente para outro posto. Os apoiadores de Yingluck e muitos analistas avaliam que a decisão teve motivação política. A oposição quer instaurar um governo nomeado para supervisionar reformas no país antes que novas eleições sejam realizadas, um conceito criticado por muitos como antidemocrático. Eles se opõem ao pleito programado para julho. Fonte: Associated Press.

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