Todo 1º de abril é a mesma coisa, o Dia da Mentira reserva brincadeiras e pegadinhas em uma espécie de ‘comemoração’ que mistura diversão com surpresa. No entanto, neste momento em que a humanidade enfrenta uma crise de saúde de proporções globais e sem antecedentes na história, um tema parece estar fora de qualquer brincadeira possível neste dia: coronavírus. Sobretudo atualmente em que as fake news configuram um problema real e muito perigoso.
O combate ao coronavírus vem acompanhado pela luta contra as fake news. Informações falsas e mentirosas podem causar estragos incalculáveis, promovendo pânico, alarde e até consequências mais definitivas, que colocam em risco a vida das pessoas. A tecnologia nos ‘abençoa’ com a possibilidade de gerar e receber conteúdo em larga escala e com rapidez, porém, o uso das ferramentas tecnológicas pode se transformar em ‘maldição’ quando feito de maneira irresponsável e leviana. Plataformas como Instagram, Twitter e Facebook, por exemplo, estão redobrando os cuidados com os conteúdos compartilhados para evitar desinformação e até o presidente Jair Bolsonaro passou no pente fino de algumas delas e teve posts apagados.
##RECOMENDA##Nesta quarta (1º), para ‘celebrar’ o Dia da Mentira - sem fake news -, o LeiaJá relembra matérias que desmentem algumas notícias, espalhadas pela internet, sobre cuidados e outros fatos a respeito do coronavírus e a covid-19; além de te deixar a par de como se proteger de golpes online e onde buscar informações seguras.
Beber muita água e fazer gargarejo com água morna, sal e vinagre previne o coronavírus
Fake! De acordo com médicos e órgãos de saúde, higienizar bem as mãos e fazer o isolamento social são a melhor maneira de prevenir o contágio do coronavírus. Fórmulas mágicas e receitas caseiras, que vem sendo compartilhadas pela internet, como gargarejos, tigela de água fervida com alho, ou a ingestão de água potável a cada 15 minutos, não são verdadeiras.
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Coronavírus morre a 26º
Fake! A relação entre o coronavírus e as condições climáticas nos diferentes países do mundo começou a ser questionada em virtude das comprovações já existentes acerca de outros tipos de vírus. As quatro espécies já conhecidas do corona – OC43, HKU1, 229E e NL63 – são influenciadas pelo clima. Na epidemia provocada pelo primeiro vírus da Sars, em 2003, outro coronavírus não prosperou quando a temperatura subiu, por exemplo. No entanto, pesquisas feitas a respeito do novo vírus não tiveram resultados muito animadores nesse sentido. Um estudo recente da Harvard Medical School ressaltou que "as mudanças meteorológicas por si só não levarão necessariamente a um declínio nos casos da covid-19, se medidas sanitárias importantes não forem aplicadas ao mesmo tempo".
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Hidroxicloroquina é a cura para o coronavírus
Fake! Essa começou pelo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que anunciou que a hidroxicloroquina e a cloroquina foram aprovadas para serem usadas no tratamento da Covid-19 no seu país. Em seguida, um áudio dando conta de que tais medicamentos estariam sendo usados em hospitais de São Paulo, no tratamento de pacientes com o novo vírus, começou a circular por aplicativos de mensagem. A Anvisa, porém, afirmou através de nota oficial que ainda é necessário realizar testes com uma amostra representativa de seres humanos para que as medicações sejam, de fato, indicadas no tratamento da covid. Ainda não há medicamentos nem vacina contra o coronavírus.
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Coronavírus foi criado em laboratório pelos chineses
Fake! A teoria conspiratória de que o novo vírus teria sido criado em laboratório, como arma biológica, pelo Partido Comunista da China não é verdadeira. Pesquisadores de três países fizeram vários testes e chegaram à conclusão de que o SARS-CoV-2 se originou a partir de processos naturais. Um desses estudos, inclusive, já foi publicado na revista especializada Nature Medicine.
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Mas, então, como se proteger das fake news?
Com tantos canais e fontes de informação pode ficar difícil discernir o que é real ou não mas, não impossível. Certos cuidados na hora de checar as notícias podem proteger o leitor das temidas fake news e diminuir a propagação delas. Procure se informar por canais oficiais como os sites da Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Saúde - esse último dispõe até de uma seção especial para desmentir notícias falsas.
Fique atento à possíveis golpes nas redes sociais que costumam fazer uso de nomes de grandes empresas ou pessoas famosas, oferecendo presentes e outros benefícios. Além disso, é mais confiável se informar através dos portais e canais de grandes veículos de comunicação. A imprensa é uma das categorias que está na linha de frente do combate ao novo vírus levando informação checada e verificada para a população. Por fim, antes de compartilhar qualquer coisa, pense duas vezes e procure confirmar se a informação veio de fonte segura. Você também pode ajudar no fim das fake news denunciando perfis e contas que compartilham notícias falsas.