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Mais de 118 mil peixes de lagoas ameaçadas pela seca que atinge a região de Xique-Xique, norte da Bahia, foram transferidos na última semana para o Rio São Francisco. Espécies como cascudo, corvina, curimatã, mandi amarelo, pacu, piaba, traíra e surubim foram salvos nessa Força Tarefa interinstitucional, que reuniu o Ibama e várias outras organizações governamentais e não governamentais.

Ao menos 100 pessoas participaram da iniciativa. Segundo o Ibama, o índice de mortalidade dos peixes durante o procedimento ficou abaixo de 3%. A ação emergencial tem a finalidade de minimizar a mortandade de peixes, além de combater ilícitos ambientais que agravam impactos ambientais na região, como desmatamento, pesca predatória, lançamento inadequado de efluentes na água e ocupação irregular em Áreas de Preservação Permanente (APPs), entre outros.

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O Ibama incluiu em seu planejamento estratégico para 2018 quatro ações de resgate e salvamento de peixes coordenadas pela Superintendência da organização na Bahia com apoio de unidades do Instituto em outros quatro estados do Nordeste: Alagoas, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. 

A primeira havia sido realizada em agosto. As próximas estão previstas para outubro e novembro. Em 2016, um grupo de pescadores artesanais realizou o salvamento de peixes sem acompanhamento técnico em Lagoas marginais do São Francisco, na Ilha do Gado Bravo. Com baldes, redes improvisadas e materiais reciclados, como latas de tinta e cestas de bicicletas, eles resgataram cerca de 20 mil peixes.

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Xique-Xique. Assim é conhecida a ruela nomeada pelos moradores que vivem por trás da extinta Vila Oliveira, no Pina, Zona Sul do Recife. Um muro junto à calçada da Avenida Domingos Ferreira já está sendo erguido desde a noite desta quinta-feira (8). No entanto, outra construção deve fechar o terreno alvo do processo judicial, a uma distância de cerca de dois metros de outras casas da Comunidade Xique-Xique, que fica exatamente por trás da Vila.

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Os primeiros impactos e expectativas já começam as ser sentidos por eles que não aceitam a construção do muro que vai bloquear o acesso direto da comunidade à via. “Tem muito idoso e criança aqui, quando alguém ficar doente e precisar de uma ambulância como ela vai passar?” indagou Karina da Silva, de 25 anos, mãe do pequeno Isaac de 1 ano e sete meses.

As ruas e vielas que cercam as casas no local são estreitas e não comportam a passagem de veículos. Até a coleta de lixo é feita de maneira primitiva, em uma espécie de carroça, puxada à mão.

Para Dona Maria do Carmo, 65, o transtorno é ainda maior. No dia da desocupação da Vila Oliveira, ocorrido na última terça-feira (6), ela ficou sem luz, pois a energia vinha justamente de um poste que ficava na comunidade. “Estou há quatro dias sem luz e quase que perco a insulina do meu marido. Por sorte um vizinho me ajudou. É isso que a gente vê nesse país: arbitrariedade com gente que não tem onde cair morta,” desabafou a senhora que mora no local há oito anos.

Segundo ela, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) deu um prazo de 25 dias para reestabelecer o fornecimento de energia. A nossa reportagem tentou entrar em contato com assessoria da Celpe, mas não conseguiu.

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