Tópicos | Wall Street

A polícia prendeu hoje cerca de 30 manifestantes do movimento "Ocupe Wall Street" em Oregon, nos Estados Unidos, após eles se recusarem a deixar um parque em um rico bairro na cidade de Portland. No Tennessee, os manifestantes desafiaram pela terceira noite seguida um toque de recolher.

As prisões no Oregon aconteceram após os manifestantes marcharem até o bairro Pearl District, com alguns afirmando que os moradores da região são parte da elite rica contra a qual eles estão protestando. Dezenas deles se uniram na praça Jamison Square ontem, desafiando a ordem de deixar o local até a meia-noite.

##RECOMENDA##

Com a chegada da polícia, a maioria dos manifestantes recuou, mas um pequeno grupo de cerca de 30 pessoas se sentou no chão e aguardou a prisão. Um fotógrafo da Associated Press disse que a maioria dos manifestantes foi carregada e arrastada pela polícia. Não houve episódios de violência durante o processo, que durou aproximadamente 90 minutos.

Os manifestantes - que aparentavam ter entre 20 e 30 anos, muitos usando pinturas no estilo Halloween no rosto - foram algemados em colocados nos carros da polícia. "Nós somos os 99%", continuou a gritar um deles. A polícia disse que prendeu mais de duas dúzias de pessoas, acusadas de transgressão, desacato a autoridade e desordem.

No Estado do Tennessee, cerca de 50 manifestantes se reuniram em Nashville. "De quem é a praça? A praça é nossa", gritavam eles nas primeiras horas da manhã, desafiando o toque de recolher. A polícia patrulhava a região, mas as autoridades não deram nenhum sinal de tentar prender os manifestantes. As informações são da Associated Press.

O movimento "Ocupar Wall Street", que teve início em Nova York numa série de protestos contra o capitalismo, a corrupção e medidas de austeridade fiscal, se espalhou neste sábado para a Europa, Ásia e Oceania.

A expectativa é que os protestos cheguem hoje a 951 cidades em 82 países.

##RECOMENDA##

Na cidade alemã de Frankfurt, capital financeira da Europa continental, cerca de 5 mil pessoas fizeram uma manifestação diante do Banco Central Europeu. Em Londres, 500 pessoas marcharam da Catedral de St. Paul até uma bolsa de valores nas redondezas.

Em Sarajevo, capital da Bósnia, centenas de manifestantes saíram às ruas carregando fotos de Che Guevara e velhas bandeiras comunistas com os dizeres "Morte ao capitalismo, liberdade para as pessoas".

Em Roma, espera-se um protesto com cerca de 100 mil pessoas, um dia depois de o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, sobreviver a um voto de confiança no Parlamento.

Na capital japonesa, Tóquio, o movimento atraiu cerca de 100 pessoas. Nas Filipinas, manifestantes marcharam em direção à Embaixada dos Estados Unidos, em Manila, para protestar contra o "imperialismo americano".

Em Sydney, na Austrália, 300 manifestantes protestaram contra a "ganância corporativa".

No Canadá, estão previstos protestos em Montreal, Vancouver e Toronto, onde fica a principal bolsa de valores do país. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

O movimento nacional Ocupa Wall Street está esquentando de novo, o que resultou em mais de 50 prisões em Boston na manhã desta terça-feira. Em Manhattan, os manifestantes planejam uma "Marcha dos Milionários", que tem como destino as casas de alguns dos moradores mais ricos da cidade de Nova York.

Os manifestantes do movimento Ocupa Boston foram detidos depois de terem ignorado as ordens para saírem de uma área arborizada do centro da cidade, perto de onde estão acampados há mais de uma semana, disse a polícia.

##RECOMENDA##

O porta-voz policial Jamie Kenneally disse que as prisões ocorreram por volta as 13h13 (horário local) e a maioria foi por invasão. Um grupo de ambientalistas plantou US$ 150 mil em arbustos ao longo da área e as autoridades afirmaram que estavam preocupadas com os danos.

Centenas de estudantes universitários marcharam pelo centro de Boston na segunda-feira e se reuniram no Boston Common, com faixas nas quais se lia "financiem a educação, não as corporações". Os manifestantes estão irritados com o sistema educacional que segundo eles imitam "as práticas financeiras irresponsáveis, incompreensíveis e não éticas" de Wall Street.

O objetivo dos participantes da marcha é visitar as casas do executivo-chefe da News Corp., Rupert Murdoch, do principal dirigente do JP Morgan Chase, Jamie Dimon e do magnata do petróleo David Koch, entre outros. Embora não tenham permissão, eles vão caminhar em filas estreitas para não bloquear as calçadas, disse Doug Forand, líder da manifestação.

Citando os cortes de orçamento que afetam escolas e cidadãos idosos, Forand disse que o projeto do Estado de encerrar o "imposto sobre os milionários" é "injusto" e pede aos legisladores que estendam a aplicação do imposto.

Durante a marcha programada para a tarde desta terça-feira, os manifestantes vão carregar cheques em tamanho gigante para simbolizar o quanto menos que os ricos pagarão quando o imposto deixar de se pago, em dezembro.

Perguntado se ele achava que algum desses milionários estará em casa no momento do protestos, Foran disse que "eles não compartilham suas agendas comigo, mas provavelmente não".

Nesta terça-feira, várias centenas de manifestantes marcharam ao redor do distrito financeiro em Manhattan.

Os manifestantes dizem que lutam pelos "99%" da vasta maioria dos norte-americanos que não se incluem no 1% mais rico da população. O movimento ganhou força nas mídias sociais e manifestações têm ocorrido em várias outras cidade dos Estados Unidos. As informações são da Associated Press.

Os protestos contra Wall Street entraram no 18º dia nesta terça-feira, com manifestantes ao redor dos Estados Unidos mostrando a raiva contra a crise econômica e contra o que eles dizem ser a cobiça das corporações. Os protestos se alastraram de Nova York para Chicago, St. Louis, Boston e várias cidades. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, um bilionário que fez fortuna no mundo corporativo, disse que os manifestantes estão equivocados.

"Os manifestantes protestam contra pessoas que ganham entre US$ 40 mil e US$ 50 mil por ano e lutam para pagar as contas. Isso é o fundo do poço. Essas pessoas trabalham em Wall Street ou no setor bancário", disse Bloomberg em entrevista a uma rádio.

##RECOMENDA##

Em Chicago, os manifestantes bateram tambores perto do setor financeiro da cidade. Outros manifestantes montaram tendas e gritaram palavras de ordem contra os motoristas dos carros em Boston, St. Louis, Kansas City e Los Angeles.

Alguns manifestantes chegam a se identificar com o movimento ultraconservador Tea Party do Partido Republicano - embora com um viés de esquerda - enquanto outros se dizem inspirados nas revoltas populares que acontecem nos países árabes. A maioria dos manifestantes são estudantes temerosos com o futuro ingresso em um estagnado mercado de trabalho, ou profissionais da meia idade que perderam os empregos.

"Nós sentimos que o poder em Washington na realidade foi comprometido por Wall Street", disse Jason Counts, um analista de sistemas de informática e um entre as dezenas de manifestantes que protestaram hoje em Saint Louis, no Missouri.

Em Boston, manifestantes montaram tendas coloridas e centenas fizeram uma passeata até a Statehouse, pedindo o fim da influência corporativa sobre o governo. "Lutem contra os ricos, não lutem as guerras deles", gritavam.

"Neste momento, nós não prevemos protestos mais amplos", disse Tim Flannelly, porta-voz do FBI, polícia federal americana, em Nova York. "Mas se eles ocorrerem na cidade (NY), tanto nós quanto a Polícia de Nova York enviaremos todas as reservas necessárias para contê-los", afirmou.

As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando