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O senador Humberto Costa (PT) declarou que a Reforma Política no Brasil deve ser tratada em regime de urgência. O petista comentou isso ao avaliar os dados de uma pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que revelam que 85% da população deseja a realização da reforma política. O levantamento foi divulgado esta semana.

Para Costa, a pesquisa acaba com qualquer dúvida de que a Reforma Política é uma demanda da população.  “Nós teremos de adotar (a Reforma Política), mais cedo ou mais tarde, queira o Congresso ou não queira o Congresso, porque a voz da população vai se fazer ouvir ”, defendeu.

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De acordo com o senador as mudanças no sistema eleitoral brasileiro podem, inclusive, já valer para a próxima eleição. “Se houver boa vontade e interesse do Senado, da Câmara, nós teríamos condições de adotar essas medidas para a eleição do próximo ano. Mas, se isso não for possível, ainda que seja para 2016, sem dúvida, nós teremos dado um passo gigantesco para fazer com que no Brasil possamos combater a impunidade, a corrupção e as relações obscuras entre setor público e setor privado”, completou.

O petista ressaltou ainda que um dos pontos mais importante da reforma é o financiamento de campanha. Segundo a pesquisa,  78% dos brasileiros são contrários à continuidade da doação de recursos para campanhas por parte das empresas privadas. Entre as famílias que residem em áreas de periferia e com renda de até um salário mínimo, esse índice sobe para 84%.

“Nós sabemos que a doação de recursos de campanha por parte das empresas termina sendo uma das razões a justificar e a incentivar a corrupção nesse Brasil. Empresa não vota. Por que é então que elas devem financiar as campanhas eleitorais? Quais são as empresas que financiam as campanhas eleitorais? Não são os pequenos comerciantes. Ao contrário, são os que têm interesse direto na relação com o Estado, na relação com o Executivo, na relação com o Poder Executivo e que procuram, a partir do estabelecimento dessa relação, obter benesses, sejam elas legais ou ilegais”, apontou.

A Lei do Passe Livre pode ser um dos primeiros debates no Senado Federal em agosto, quando as atividades da Casa retornam ao normal com o fim do recesso parlamentar. A proposta define que estudantes do ensino fundamental, médio e superior matriculados no país, podem usar o transporte público coletivo, como ônibus e metrô, sem pagar pelo serviço.

A matéria já foi tema de grandes especulações entre os senadores que querem avaliar o quanto, em dinheiro, significaria a gratuidade e de onde sairia o recurso para custear tal direito. O autor da matéria, senador Renan Calheiros (PMDB), propôs que a gratuidade seja custeada com dinheiro dos royalties do petróleo, mas essa é a mesma fonte sugerida pelos parlamentares para garantir a melhoria dos serviços de saúde e educação.

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O passe livre é um dos temas da agenda de trabalho que foi intensificada no Senado, desde o início das manifestações que ganharam as ruas do país, no início de junho.

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