O podcast é um formato de mídia que se popularizou nos últimos anos. Nele, criadores de conteúdos dissertam sobre diversos temas, que muitas vezes são definidos ou surgem de maneira natural, como uma conversa de bar, entre duas ou mais pessoas. O modelo se fez presente nos dispositivos mobile ou computadores de muitos usuários, que costumam escutar os diálogos enquanto realizam outras tarefas.
O formato é disponibilizado em arquivos de extensão MP4, ou em sites de streaming como Spotify, Deezer e YouTube, sendo esse último, o responsável por popularizar os podcasts em vídeo. E é durante a pandemia de coronavírus (Covid-19), que a produção de podcasts brasileiros foi a que mais cresceu, como aponta o relatório da empresa de tecnologia de áudio Voxnest, divulgado em julho de 2020. De acordo com os dados, o Brasil ocupava o segundo lugar em 2019, e ficava atrás apenas da Argentina. Mas em 2020, o Top 3 ficou com o Brasil na liderança, seguido de Reino Unido e Canadá.
##RECOMENDA##Segundo os mesmos dados, os podcasts em língua portuguesa cresceram em 103% desde janeiro, e atrás vem os produzidos no idioma espanhol, que também seguem em evolução.
O analista de contratos e governança Gabriel Facini, 29 anos, de São Paulo, conheceu os podcasts por meio de indicações de amigos. Hoje, apaixonado pelo modelo, o que mais o atraia é a facilidade de consumo dos áudios. "A liberdade de não olhar para uma tela e mesmo assim estar consumindo conteúdo é um fator maravilhoso", declara Facini, que sempre mantém na playlist os podcasts como "Gugacast", "Não Ouvo", "Eu Tava Lá", e no YouTube, "Flow Podcast" e o "Podpah".
O criador de conteúdo, Mike Sant'Anna, 33 anos, do Espírito Santo, conheceu os podcasts graças ao "NerdCast", do "Jovem Nerd", e hoje é produtor do "A Nerdice Nua Crua", que aborda temas recorrentes da cultura pop. "O podcast é a reinvenção do rádio, mas de uma maneira bem mais democrática. Assim como o YouTube democratizou a TV", diz Sant'Anna.