Tópicos | Votuporanga

A polícia investiga se um adolescente de 13 anos com transtorno de espectro autista foi vítima de abuso sexual no banheiro de uma escola estadual, em Votuporanga, interior de São Paulo. Colegas dos abusadores teriam filmado os atos e compartilhado as imagens com outras pessoas.

A direção da escola entregou o material à Polícia Civil. Uma investigação está em curso. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que os alunos foram suspensos e a direção da escola foi afastada para a apuração das responsabilidades.

##RECOMENDA##

Conforme a denúncia registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o crime aconteceu no dia 26 de setembro, na Escola Estadual Dr. José Manoel Lobo, que tem cerca de mil alunos dos ensinos fundamental e médio. Estudantes do 6º e do 7º ano do fundamental teriam levado o garoto ao banheiro da unidade e cometido os abusos.

Outros alunos presenciaram e filmaram os atos. O adolescente passou por exame de corpo de delito e a polícia aguarda o laudo.

A investigação vai apurar se houve omissão de funcionários. Os envolvidos nos atos infracionais, todos menores de idade, foram identificados pela direção da instituição. Os pais e responsáveis foram convocados e os alunos foram suspensos das aulas.

A pasta estadual informou que os funcionários responsáveis pela zeladoria interna e os dirigentes da escola também foram afastados.

Em nota, a secretaria estadual disse que repudia toda e qualquer forma de abuso, violência e importunação sexual. "A pasta lamenta veementemente o ocorrido e informa que tomou todas as medidas legais cabíveis", disse.

Uma apuração está em andamento na Diretoria de Ensino de Votuporanga e pode resultar em sanções administrativas aos funcionários envolvidos. A Seduc-SP informou ainda que vai intensificar as ações de inclusão e mediação com os estudantes e equipe escolar, por meio do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP). "O aluno poderá realizar atendimento pelo Programa Psicólogos na Educação, se autorizado por seus responsáveis", disse.

Uma mulher foi presa nesta segunda-feira, 22, sob a suspeita de ter pagado pelo assassinato do pai e do irmão em Votuporanga, no interior de São Paulo. Viviane Moré e o marido, Carlos Ramos, que também foi preso, são acusados de também terem encomendado a morte da mãe dela, mas a genitora havia viajado e não foi encontrada em casa pelos assassinos.

Segundo a Polícia Civil, Viviane planejou eliminar a família para herdar sozinha o patrimônio dos pais, avaliado em R$ 2 milhões. Ela e o marido Carlos Ramos pagariam R$ 30 mil para os autores dos crimes - R$ 10 mil por morte.

##RECOMENDA##

O duplo homicídio aconteceu na madrugada de 11 de maio, no sítio da família. Policiais militares foram ao local depois de receber um pedido de socorro, através de um grupo de vigilância solidária, via WhatsApp. Eles encontraram o proprietário Wladmyr Ferreira Baggio, de 56 anos, e seu filho Vitor Moré Baggio, de 22, amarrados em cadeiras e com os olhos vendados na cozinha do sítio.

Os dois tinham marcas de tiros na cabeça e sinais de espancamento. Wladmyr estava morto e Vitor chegou a ser levado para a Santa Casa da cidade, mas morreu no hospital.

A suspeita inicial foi de latrocínio, pois o carro do sitiante foi carregado com objetos retirados da propriedade. Com a chegada rápida da polícia, os criminosos fugiram por uma mata levando apenas dinheiro e o celular de Wladmyr. Horas depois do crime, dois suspeitos foram presos. Um deles foi visto por testemunhas rondando o sítio no dia anterior.

De acordo com o delegado Rafael Latorre, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o suspeito, de 29 anos, acabou confessando o crime e revelando onde havia escondido um revólver calibre 38, luvas e as roupas usadas na ocasião. Ele apontou também o comparsa, de 34 anos. "O plano era forjar um roubo, mas a polícia chegou muito rápido e não deu tempo. Uma tenente da PM viu a palavra 'socorro' na mensagem enviada pelo Wladmyr e avisou o 190 (telefone de emergência da PM)", disse.

Segundo o delegado, o fato de o suspeito ter assumido sozinho e rapidamente a autoria dos crimes, inclusive confessando ter feito os disparos sem razão para isso, já que os dois estavam amarrados, levantou suspeita. "Fomos à cadeia ouvi-lo novamente e ele acabou dando todos os detalhes, inclusive sobre um encontro que tiveram com os mandantes, três dias antes, em um posto de combustível."

O delegado requisitou as imagens de câmeras do posto e não teve mais dúvidas. "O casal se encontrou com os dois executores no posto e não teve o cuidado de disfarçar, pois nem abasteceu o veículo. Foram até lá só para combinar o crime, que incluía também a morte da mãe dela, mas a senhora tinha viajado para Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, para visitar sua genitora, que estava doente", disse.

Os executores receberiam R$ 30 mil pelos crimes - R$ 10 mil por assassinato, incluindo o da mãe de Viviane.

Segundo o delegado, o homem assassinado tinha um estabelecimento comercial na cidade e morava com o filho e a esposa na chácara, próxima ao aeroporto de Votuporanga. O patrimônio do casal, entre bens e dinheiro, foi avaliado em cerca de R$ 2 milhões.

"O que o criminoso preso disse é que a mulher tinha desentendimentos com a família e queria eliminar os pais e o irmão para ficar como única herdeira de todo o patrimônio. Houve problema porque a mãe sobreviveu", contou.

O mandado de prisão do casal foi expedido pela justiça de Votuporanga, que também autorizou a conversão da prisão temporária em preventiva. Os dois autores diretos do crime, presos em flagrante, também já tiveram a prisão preventiva decretada. Eles tinham passagens por furto e roubo.

O casal não tinha passagens pela polícia. Os quatro acusados vão responder por latrocínio duplo com agravantes.

Em redes sociais, circula uma postagem feita por Viviane logo após o assassinato do irmão. "Sua jornada infelizmente veio ao fim, que iansã tenha lhe acompanhado em sua passagem e que seja recebido com muitas festas no Orum. Sempre terei contigo somente as boas lembranças", escreveu, citando termos de cultos de matriz africana.

A advogada Mariflavia Peixe de Lima, que assumiu a defesa do casal Viviane e Carlos, disse que os investigados, seus clientes, têm direito à ampla defesa e ao contraditório. "Qualquer afirmação sobre a situação antes de uma sentença transitada em julgado, essa defesa abomina", disse, em nota.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos outros dois acusados.

Um grave acidente na Rodovia Péricles Bellini, em Votuporanga (SP) na madrugada deste domingo (1º) matou quatro mulheres e um homem, informou o Corpo de Bombeiros da cidade. O acidente ocorreu próximo ao trevo de acesso à cidade de Parisi (SP).

De acordo com a corporação, a ocorrência envolveu uma motocicleta que era ocupada por duas moças, que teriam tentado atravessar a rodovia e colidiu com o ônibus de um frigorífico de Votuporanga, que transitava pela SP-461 sentido Votuporanga a Cardoso.

##RECOMENDA##

Com o impacto, o motorista do ônibus perdeu o controle do veículo que caiu em um córrego, despencando de uma altura de 5 metros. O ônibus transportava em torno de 30 trabalhadores do frigorífico.

No acidente, morreram as duas ocupantes da motocicleta, além do motorista do ônibus e mais duas passageiras. Os outros passageiros foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de urgência (Samu) e encaminhadas aos hospitais da região.

O ônibus foi retirado do córrego na manhã deste domingo. A pista da SP-461 já está liberada.

A prefeitura de Votuporanga, no interior de São Paulo, demitiu uma educadora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Valter Peresi sob suspeita de ter dopado nove crianças. A decisão da exoneração foi publicada no Diário Oficial do município em 16 de outubro.

A sindicância para apurar o caso foi aberta em 3 de maio, após exames em um bebê de 11 meses encontrarem o medicamento Clonazepam no sangue e na urina da criança. O remédio - que tem entre os nomes comerciais o Rivotril - só pode ser utilizado com prescrição médica azul, em casos de alterações neurológicas e síndrome do pânico.

##RECOMENDA##

Em junho, o município decidiu afastar cinco funcionárias da escola infantil investigadas no caso.

Em 11 de julho, foi pedida a instauração de um processo administrativo disciplinar contra a servidora exonerada e processo de sindicância contra as outras funcionárias.

A Procuradoria-Geral do Município afirma que levou em consideração "toda prova produzida, oitivas de testemunhas, depoimento pessoal da processada e documentação acostada ao processo", sendo comprovado "o cometimento de falta funcional de natureza grave", resultando em demissão de uma educadora infantil.

Procurado, o advogado da servidora exonerada, José Alberto dos Santos, lamentou o que chamou de "maneira equívoca, imprecisa e temerária com que foi conduzido todo o processo administrativo". Ele afirmou que tomará "todas medidas cabíveis para reverter a situação".

Já o advogado das mães das crianças, Hery Kattwinkel, disse que todas ficaram aliviadas. "Aprovamos a exoneração. Prevenimos uma fatalidade. Agora as mães querem justiça na área criminal e uma reparação civil por parte da prefeitura. Aguardamos quais providências o Ministério Público Estadual irá tomar. A polícia já concluiu o inquérito policial".

Com relação às demais servidoras, a prefeitura de Votuporanga afirmou que, após sindicância interna, foi determinado o arquivamento do processo envolvendo uma das funcionárias. Outras duas foram suspensas por 15 dias, sem remuneração, "por cometimento de falta funcional de natureza média". O município, porém, não detalhou qual foi a infração cometida por cada uma das funcionárias acusadas.

O Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Civil continuam investigando as denúncias.

Relembre os casos

Com seis meses, Hector (nome fictício) começou a frequentar o Cemei. Menos de um mês depois, foi entregue desacordado nos braços do pai. "Dos 6 aos 11 meses, foi um pesadelo. Meu filho passava mal. Ele ficava com a boca torta, olhar longe, vomitava muito e até desmaiava. Fazia exames e não dava nada", contou a mãe dele.

O episódio mais grave aconteceu em 5 de outubro de 2018. A criança chegou bem ao Cemei. No meio da tarde, educadoras perceberam que o corpo da criança estava mole. O bebê foi encaminhado ao hospital. Com dificuldade em descobrir qual era a doença, os médicos diagnosticaram virose. Depois de três dias, Hector teve alta e retornou para a escola.

Em 18 de outubro do ano passado, a criança apresentou os mesmos sintomas. A mãe decidiu fazer um boletim de ocorrência, no mesmo dia em que foram coletadas amostras do sangue e da urina do bebê. O resultado saiu seis meses depois, detectando a presença do medicamento Clonazepam. O material biológico do menino foi coletado logo após a denúncia, mas há demora na conclusão do laudo por causa da necessidade de passar por mais de um órgão de análise antes de chegar a um resultado final. "Meu bebê estava sendo dopado na creche. Meu sentimento é de revolta e de angústia. De impotência, por não descobrir antes", disse a mãe. Em 22 de outubro, ela conseguiu transferir o filho para outra escola.

Além da mãe de Hector, outras oito mães também suspeitaram que seus filhos foram dopados no Cemei. Todos, agora já estão matriculados em outras creches, apresentaram os mesmos sintomas. Esses relatos existem desde 2017.

Medicamentos em creches

A Secretaria da Educação de Votuporanga afirma que acompanha o trabalho das creches de perto e adota ações de aproximação com as famílias para esclarecer dúvidas, com atendimento individual com os pais.

Segundo a pasta, os profissionais são orientados a não ministrar qualquer tipo de medicamento sem receita médica. Quando necessário, os pais devem enviar a medicação, com a receita, informando dosagem e horário.

A Prefeitura de Votuporanga, no interior de São Paulo, decidiu afastar cinco funcionárias do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Valter Peresi, após análise de documentos. A escola infantil está sendo investigada por suspeita de dopar crianças. Ainda não há informações, no entanto, de que as servidoras tenham envolvimento no episódio. Os afastamentos são preventivos e vão ocorrer até o término do processo.

O município abriu sindicância em 3 de maio, após exames feitos em bebê de 11 meses detectarem o medicamento Clonazepam no sangue e na urina da criança.

##RECOMENDA##

Segundo publicação no Diário Oficial, após oitiva das testemunhas e verificação dos documentos juntados pelas mesmas, ficam afastadas de suas funções, de 13 de junho de 2019 e até fim da conclusão dos trabalhos, em razão das provas colhidas e da gravidade dos fatos apurados.

Com seis meses, Hector (nome fictício) começou a frequentar o Cemei Valter Peresi. Menos de um mês depois, foi entregue desacordado nos braços do pai. "Dos 6 aos 11 meses, foi um pesadelo. Meu filho passava mal. Ele ficava com a boca torta, olhar longe, vomitava muito e até desmaiava. Fazia exames e não dava nada", conta a mãe, a educadora infantil Keli Antoniolo, de 35 anos.

O episódio mais grave ocorreu em 5 de outubro de 2018. A criança chegou bem ao Cemei, brincou e se alimentou normalmente. No meio da tarde, as educadoras perceberam que o corpo da criança estava mole. Depois, o bebê vomitou e ficou desacordado. Com dificuldade em descobrir qual era a doença, os médicos diagnosticaram virose. Depois de três dias, Hector teve alta e retornou para a escola.

Em 18 de outubro do ano passado, a criança apresentou os mesmos sintomas. "Desconfiei que estavam dopando meu filho", diz Keli. Ela fez boletim de ocorrência. O resultado saiu seis meses depois, detectando o medicamento Clonazepam no sangue e na urina da criança. O material biológico do menino foi coletado logo após a denúncia, mas há demora na conclusão do laudo por causa da necessidade de passar por mais de um órgão de análise antes de chegar a um resultado final.

"Meu bebê estava sendo dopado na creche. Meu sentimento é de revolta e de angústia. De impotência, por não descobrir antes", disse a mãe. Em 22 de outubro, ela conseguiu transferir o filho para outra escola. "Desde que o meu bebê começou a passar mal, comecei a fazer tratamento para ter apoio psicológico."

Outros casos

Além de Keli, outras oito mães suspeitam que seus filhos tenham sido dopados no Cemei. Todos, agora já estão matriculados em outras creches, apresentaram os mesmos sintomas. Esses relatos existem desde 2017.

Carlos (nome fictício), de 2 anos, é filho da funcionária pública Fernanda Oliveira, de 33 anos. Em 26 de abril de 2017, quando tinha apenas seis meses, o menino passou mal no Cemei. "Fazia 15 dias que estava indo ao berçário. Eu o peguei desacordado. Disseram que chorou muito e dormiu. Aí ficou dois dias na UTI. Fizeram ressonância e exames, mas não detectaram nada", lembrou Fernanda. A criança foi mais um dia à creche e voltou a apresentar os sintomas. Depois disso, Fernanda optou por pagar uma babá para cuidar do filho. "Podiam ter matado meu filho".

Prefeitura

Em 3 de maio deste ano, a prefeitura de Votuporanga abriu sindicância investigatória. Segundo a portaria no Diário Oficial do Município, a apuração foi necessária por causa da "gravidade das denúncias".

Ainda de acordo com a pasta, todos os profissionais que atuam na educação sabem que nenhum medicamento deve ser administrado nas escolas, com exceção das crianças com receita médica. Além disso, os pais ou responsáveis devem enviar a medicação junto com a receita, informando horário e dosagem.

Em 13 de junho, portaria publicada no Diário Oficial do Município divulgou o afastamento de cinco servidoras. Veja aqui.

Riscos

De acordo com a pediatra Maria Cecília Hyppolito, o medicamento Clonazepam - que tem entre os nomes comerciais o Rivotril - só pode ser utilizado com prescrição médica azul, em casos de alterações neurológicas e síndrome do pânico, por exemplo. "É preciso descobrir quem deu o medicamento à criança e quem prescreveu a droga, que pode provocar até dependência química", explica. A depender da dosagem, o uso pode causar sonolência, irritabilidade e, mais grave, distúrbios neurológicos.

Segundo o neurocirurgião Alexandre Meluzzi, a droga tem efeito hipnótico e apaga a memória. "Hoje é usada em pacientes com ansiedade e em casos de síndrome de West, crianças que têm um quadro de epilepsia muito grave. O medicamento tem ações sedativas, anticonvulsivantes e tranquilizantes. Dar esse medicamento sem prescrição médica é crime". Para as crianças em que há suspeita do uso do remédio, acrescenta, é necessária a avaliação de um especialista. "É preciso verificar se não ficaram sequelas."

O que os pais devem observar quando a criança começa a ir para o berçário?

Observe se a criança chega feliz à escola. Ela pode chorar, mas somente por alguns minutos.

Fique atento às mudanças comportamentais: sonolência, irritabilidade e ânimo.

Qualquer alteração precisa ser verificada, por mais simples que seja.

Ninguém melhor que a mãe para conhecer a criança.

Com seis meses, Hector (nome fictício) começou a frequentar o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Valter Peresi, em Votuporanga, cidade do interior de São Paulo. Menos de um mês depois, foi entregue desacordado nos braços do pai. "Dos 6 aos 11 meses, foi um pesadelo. Meu filho passava mal. Ele ficava com a boca torta, olhar longe, vomitava muito e até desmaiava. Fazia exames e não dava nada", conta a mãe, a educadora infantil Keli Antoniolo, de 35 anos.

O episódio mais grave ocorreu em 5 de outubro de 2018. A criança chegou bem ao Cemei, brincou e se alimentou normalmente. No meio da tarde, as educadoras perceberam que o corpo da criança estava mole. Depois, o bebê vomitou e ficou desacordado. Com dificuldade em descobrir qual era a doença, os médicos diagnosticaram virose. Depois de três dias, Hector teve alta e retornou para a escola.

##RECOMENDA##

Em 18 de outubro, apresentou os mesmos sintomas. "Desconfiei que estavam dopando meu filho", diz Keli. Ela fez boletim de ocorrência. O resultado saiu seis meses depois, detectando o medicamento Clonazepam no sangue e na urina da criança.

O material biológico do menino foi coletado logo após a denúncia, mas há demora na conclusão do laudo por causa da necessidade de passar por mais de um órgão de análise antes de chegar a um resultado final. A prefeitura de Votuporanga abriu sindicância no dia 3 de maio deste ano para apurar o caso. Reforçou ainda que os educadores são orientados a dar às crianças só remédios enviados pelos pais, com receita médica.

"Meu bebê estava sendo dopado na creche. Meu sentimento é de revolta e de angústia. De impotência, por não descobrir antes", disse a mãe. Em 22 de outubro, ela conseguiu transferir o filho para outra escola. "Desde que o meu bebê começou a passar mal, comecei a fazer tratamento para ter apoio psicológico", contou.

Outros casos

Além da Keli, oito mães suspeitam que seus filhos tenham sido dopados no Cemei. Todos, que agora já estão matriculados em outras creches, apresentaram os mesmos sintomas. Não fizeram exame toxicológico, mas têm prontuário médico com quadro clínico semelhante.

"Após a divulgação do laudo do filho da Keli, outras mães me procuraram. Esses relatos existem desde 2017. A Secretaria da Educação deveria ter comunicado às autoridades competentes imediatamente", disse o advogado das mulheres, Hery Kattwinkel.

Carlos (nome fictício), de 2 anos, é filho da funcionária pública Fernanda Oliveira, de 33 anos. Em 26 de abril de 2017, quando tinha apenas seis meses, o menino passou mal no Cemei. "Fazia 15 dias que estava indo ao berçário. Eu o peguei desacordado. Disseram que chorou muito e dormiu. Aí ficou dois dias na UTI. Fizeram ressonância e exames, mas não detectaram nada", lembrou Fernanda.

A criança foi mais um dia à creche e voltou a apresentar os sintomas. Depois disso, Fernanda optou por pagar uma babá para cuidar do filho. "Podiam ter matado meu filho".

Sindicância

Em nota, a prefeitura de Votuporanga informa que abriu sindicância investigatória. Segundo a portaria no Diário Oficial do Município, a apuração é necessária por causa da "gravidade das denúncias". A comissão do município vai acompanhar também o inquérito policial. No fim de 2018, segundo a prefeitura, a secretaria relatou o caso à procuradoria do município após ser procurada pelos pais da criança.

"No entanto, na época não havia exames médicos ou qualquer outro material com embasamento legal que determinasse providências administrativas", afirmou a prefeitura. Ainda segundo a pasta, todos os profissionais que atuam na educação sabem que nenhum medicamento deve ser administrado nas escolas, com exceção das crianças com receita médica. Além disso, os pais ou responsáveis devem enviar a medicação junto com a receita, informando horário e dosagem.

Riscos

De acordo com a pediatra Maria Cecília Hyppolito, o medicamento Clonazepam - que tem entre os nomes comerciais o Rivotril - só pode ser utilizado com prescrição médica azul, em casos de alterações neurológicas e síndrome do pânico, por exemplo. "É preciso descobrir quem deu o medicamento à criança e quem prescreveu a droga, que pode provocar até dependência química", explica. A depender da dosagem, o uso pode causar sonolência, irritabilidade e, mais grave, distúrbios neurológicos.

Segundo o neurologista Alexandre Meluzzi, a droga tem efeito hipnótico e apaga a memória. "Hoje é usada em pacientes com ansiedade e em casos de síndrome de West, crianças que têm um quadro de epilepsia muito grave. O medicamento tem ações sedativas, anticonvulsivantes e tranquilizantes. Dar esse medicamento sem prescrição médica é crime", enfatiza.

Para as crianças em que há suspeita do uso do remédio, acrescenta, é necessária a avaliação de um especialista. "É preciso verificar se não ficaram sequelas."

Cuidados

Os pais devem observar o comportamento da criança quando ela começa a ir para o berçário ou creche. É importante verificar se a criança chega feliz à escola. Ela pode até chorar, mas somente por alguns minutos.

É necessário estar atento a mudanças comportamentais: sonolência, irritabilidade e o ânimo da criança. Qualquer alteração precisa ser verificada, por mais simples que seja. Ninguém melhor que a mãe para conhecer a criança.

Na área rural de Parisi, São Paulo, um senhor de 78 anos caiu e ficou preso dentro de um poço desativado após a estrutura de cimento ceder. O caso aconteceu neste domingo (10).

O idoso ficou preso no local por mais de seis horas. A vítima só conseguiu ser salva depois que os familiares estranharam que ele não havia voltado para casa no horário de costume e foram até o sítio; sendo encontrado preso no poço que tem pelo menos 7 metros de profundidade.

##RECOMENDA##

Segundo informado pela TV Tem, o Corpo de Bombeiros de Votuporanga foi acionado e fez o resgate da vítima. Ainda de acordo com informações do órgão, a suspeita é de que o pecuarista estava andando pelo sítio quando passou pelo poço e a estrutura de cimento, que foi feita "por cima", não aguentou o peso dele e cedeu. O senhor, que não teve o nome divulgado, foi socorrido para um hospital da região e permanece internado.

[@#galeria#@]

Após três vitórias na primeira fase, o Sport terá pela frente um time também embalado, pela segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Nesta quarta-feira (15), a equipe rubro-negra enfrenta a Ferroviária-SP, às 15h (horário do Recife), no Estádio Dr. Plínio Marin, em Votuporanga.

Na primeira fase, o Leão venceu o Rio Preto por 5x1, o Real Deodorense-AL por 3x0 e o Tanabi por 2x1. Enquanto, a Locomotiva goleou o Figueirense por 5x1 e o Paysandu por 6x2. Quem se classificar vai enfrentar o Fluminense ou o Ceará, que se jogam no mesmo horário, em São José do Rio Preto.

##RECOMENDA##

Dois homens foram presos na última segunda-feira, 20, em Votuporanga, no interior de São Paulo, acusados por estelionato. Eles estavam com 116 pulseiras e 26 abadás falsos do bloco de Carnaval Oba! O carnaval de Votuporanga é considerado um dos mais concorridos do Estado.

A dupla estava com mais um homem em um Uno quando foi parada por policiais do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR), no km 515 da Rodovia Euclides da Cunha (SP-320). Além das pulseiras e abadás falsos, os rodoviários encontraram crack com o terceiro homem - ele foi detido por porte de droga e depois liberado. A dupla foi autuada em flagrante por estelionato e encaminhada à Cadeia Pública local.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando