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Os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, estabeleceram recentemente suas prioridades para 2024 em entrevistas coletivas anuais, nas quais apresentaram o balanço do conflito.

Com base nas declarações dos dois governantes, confira uma lista do que podemos esperar no próximo ano de uma guerra que começou em 24 de fevereiro de 2022 com a invasão russa.

- Guerra de desgaste -

Zelensky atribuiu o fracasso da contraofensiva de verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) à falta de munições e de superioridade aérea. Duas carências que continuam afetando as forças ucranianas, quando o que surge é uma guerra de desgaste, com as forças russas novamente tomando a iniciativa em alguns pontos.

"Precisamos de apoio, porque simplesmente não temos munições", disse o presidente ucraniano, que não revelou mais detalhes sobre os planos de seu Exército para 2024.

Putin destacou que suas tropas estão "melhorando as posições em quase toda a linha de contato".

O presidente russo admitiu que os ucranianos conseguiram estabelecer uma cabeça de ponte na margem sul do rio Dnieper, mas afirmou que as tropas de Kiev estavam sendo "exterminadas" na área sob o fogo da artilharia de Moscou.

- Cansaço dos aliados ocidentais -

Putin, cuja reeleição em março é algo assegurado, também aposta na erosão do respaldo ocidental à Ucrânia, um tema que provoca divisões na Europa e nos Estados Unidos. Ele afirmou que o apoio político, diplomático, econômico e militar "poderia terminar", e de fato "parece que está acabando pouco a pouco".

Zelensky declarou, no entanto, acreditar que a ajuda continuará sendo enviada e, em particular, que os Estados Unidos "não trairão" a Ucrânia.

Ele, no entanto, reconheceu que teme uma guinada em Washington se Donald Trump retornar à presidência após as eleições de novembro de 2024.

"Se a política do próximo presidente (americano), independente de quem seja, for diferente em relação à Ucrânia, ou seja, mais fria ou menos generosa, penso que isso teria um impacto muito forte no curso da guerra", alertou Zelensky.

- Falta de soldados -

Diante da evidente falta de soldados na frente de batalha, de mais de mil quilômetros, Zelensky mencionou um plano do Exército que pretende convocar "entre 450.000 e 500.000 pessoas adicionais" em 2024, mas não revelou detalhes.

Para amenizar a falta de munições, ele também disse que o objetivo é produzir "um milhão de drones no próximo ano".

Putin considerou que "não é necessária" uma nova convocação depois da realizada em setembro de 2022, que foi muito impopular. Segundo ele, o país conseguiu recrutar 486.000 voluntários para aumentar o número de soldados do Exército em 2023, um esforço que prosseguirá.

Também prometeu seguir reforçando as capacidades militares do Exército, em uma Rússia que tem a economia concentrada no esforço de guerra e que pode ter recebido grandes quantidades de munições da Coreia do Norte.

- Sem negociações à vista -

Putin reiterou que a paz será possível apenas quando Moscou alcançar seus objetivos: "a desnazificação da Ucrânia, sua desmilitarização e o status de neutralidade".

Ele disse que Moscou e Kiev "estabeleceram" os critérios nas primeiras negociações em Istambul, no início do conflito, conversas que foram abandonadas em seguida.

"Há outras possibilidades: alcançamos um acordo ou resolvemos o problema pela força. É o que vamos tentar fazer", disse Putin.

Zelensky insistiu que o objetivo é recuperar o controle de todos os territórios ocupados pela Rússia no leste e sul do país, incluindo a Crimeia, anexada em 2014 por Moscou. "A estratégia não pode mudar", insistiu.

Também descartou qualquer negociação com Moscou. "Hoje não é pertinente. Não vejo que a Rússia esteja pedindo, não vejo em seus atos. E na retórica, eu vejo apenas insolência", afirmou.

- Quando acabará a guerra? -

Em tom firme, Putin prometeu a "vitória" aos compatriotas.

Ele disse que a Rússia acumulou bastante "margem de segurança para avançar". A sociedade russa está "fortemente consolidada" e a economia tem uma "reserva de força e estabilidade".

Zelensky pediu aos ucranianos que mantenham a "resiliência". Ele admitiu que não sabe se a guerra terminará em 2024: "Acho que ninguém tem a resposta".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comparecerá à reunião de cúpula do G7 em Hiroshima, onde as principais potências ocidentais definiram novas sanções contra a Rússia e os Estados Unidos abriram caminho para a autorização da entrega de caças F-16 de fabricação americana à Ucrânia.

A visita de Zelensky, que não havia sido anunciada, dará ao ucraniano a oportunidade de se reunir com os líderes das sete economias mais industrializadas (Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Itália), que apoiam financeira e militarmente seu país contra a invasão russa.

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O presidente ucraniano se reunirá, entre outros, com o colega americano, Joe Biden, que manifestou estar disposto a apoiar os programas de treinamento de pilotos ucranianos em caças F-16. "À medida que a capacitação se desenvolver nos próximos meses, nossa coalizão de países que participam deste esforço decidirá quando fornecer aviões, quantos serão fornecidos e para onde serão destinados", disse um funcionário do alto escalão da Casa Branca.

Zelensky expressou satisfação com o anúncio dos Estados Unidos. É "uma decisão histórica", que "reforçará nossas forças armadas" no espaço aéreo ucraniano, tuitou, afirmando que deseja "discutir a aplicação prática" do plano.

Vários países europeus, como Reino Unido e Holanda, anunciaram nesta semana que irão trabalhar em uma “coalizão internacional” para que a Ucrânia receba caças F-16. A entrega dos aviões, de fabricação americana, requer a autorização de Washington.

- Presença essencial -

Zelensky já deixou a Ucrânia e fez escala hoje na Arábia Saudita, para participar de uma reunião de cúpula da Liga Árabe e se encontrar com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, que mantém relações estreitas tanto com a Rússia quanto com a China.

"Coisas muito importantes serão decididas, por isso a presença do nosso presidente é absolutamente essencial para defender os nossos interesses", afirmou o secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Oleksii Danilov.

Em Hiroshima, cidade vítima do primeiro bombardeio atômico da História, em 1945, os líderes do G7 anunciaram um endurecimento de suas sanções contra a Rússia e expressaram preocupação com o aumento do armamento nuclear chinês.

O G7 também anunciou medidas para "privar a Rússia da tecnologia, equipamento industrial e serviços do G7 que sustentam sua máquina de guerra" em território ucraniano. O pacote inclui restrições às exportações de produtos "críticos para a Rússia no campo de batalha", além de medidas contra entidades acusadas de transportar material para o front a favor de Moscou.

Horas antes, o governo dos Estados Unidos anunciou que restringiria o acesso da Rússia a "produtos necessários para suas capacidades de combate", com a proibição das exportações a 70 entidades russas e de outros países.

- Sanções contra os diamantes russos -

Reino Unido e União Europeia (UE) anunciaram restrições contra a indústria de diamantes da Rússia, que tem o comércio avaliado entre 4 e 5 bilhões de dólares por ano (19,8 e 24,8 bilhões de reais) e representa uma importante fonte de receita para o Kremlin.

O G7 se comprometeu, também, a "restringir o comércio e o uso de diamantes extraídos, processados ou produzidos na Rússia". Emirados Árabes, Índia e Bélgica, membro da UE, estão entre os principais importadores de diamantes russos.

Os líderes do G7 poderão apresentar seus argumentos a favor da medida diretamente ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, cujo país mantém relações militares estreitas com a Rússia e que se recusou a condenar a invasão da Ucrânia.

A Índia, ao lado do Brasil e da Indonésia, está entre os oito países não integrantes do fórum que foram convidados ao encontro de Hiroshima. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve na cidade japonesa uma primeira reunião bilateral com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

"Falamos sobre a ampliação das relações Brasil-Austrália, a Copa do Mundo de Futebol Feminino (que será disputada na Austrália e Nova Zelândia em julho e agosto) e recebi o convite para visitar a Austrália", afirmou Lula no Twitter.

Antes do início da reunião de cúpula, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, nascido em Hiroshima, recebeu os outros seis líderes do G7, um a um, no Parque Memorial da Paz, Juntos, os sete governantes prestaram uma homenagem às vítimas da bomba atômica lançada pelas tropas americanas na cidade em 6 de agosto de 1945.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, planeja fazer uma visita a Washington nesta quarta-feira, no que seria a sua primeira viagem internacional desde que a Rússia invadiu o seu país, em fevereiro, informou a imprensa americana.

Zelensky planeja visitar a Casa Branca, no momento em que se aguarda um anúncio pelo presidente Joe Biden de um novo pacote de armamentos para Kiev, segundo a imprensa.

O Congresso dos Estados Unidos, por sua vez, está pronto para aprovar uma nova lei orçamentária que inclui 44,9 bilhões de dólares de ajuda à Ucrânia.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, avisou hoje em carta aos membros do Congresso que eles deveriam comparecer à sessão da noite desta quarta-feira, sem dar detalhes.

A viagem reconhece que os Estados Unidos têm sido o apoio mais importante da Ucrânia na guerra, com 20 bilhões de dólares de assistência em segurança e recursos adicionais em ajuda financeira e humanitária.

O Festival de Cannes iniciou a corrida pela Palma de Ouro nesta quarta-feira (18) com o filme "Tchaikovsky's Wife", do cineasta russo Kirill Serebrennikov, crítico a seu governo, e com Tom Cruise que garante o glamour ao tapete vermelho, com seu novo "Top Gun".

O filme do cineasta russo, sobre a tumultuada relação entre o famoso compositor e sua esposa Antonina Miliukova, é um dos 21 longas em disputa neste ano.

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"Toda obra de arte, atualmente, tem um conteúdo político (...) Nossa declaração é sobre arte, liberdade e também fragilidade da natureza humana, de cada vida", disse Serebrennikov, de 52 anos.

A arte "é estritamente contra a guerra", acrescentou o cineasta, conhecido por se posicionar a favor da comunidade LGBTQ+.

Sua presença era muito esperada, já que em outras edições, nas quais disputou com "Petrov's Flu" (2021) e "Leto" (2018), não pôde comparecer porque cumpria pena por desvio de fundos, em um caso denunciado por seus defensores como uma manobra política.

Serebrennikov, filho de uma ucraniana, relatou recentemente à AFP seu "horror, tristeza, vergonha e dor" diante da invasão russa da Ucrânia.

Os organizadores do concurso se posicionaram desde o início da ofensiva russa, no final de fevereiro, e anunciaram que não receberiam "representantes oficiais russos, instâncias governamentais ou jornalistas da linha oficial".

A participação por videoconferência do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na cerimônia de abertura na terça-feira confirmou o tom político desta edição.

- "Um novo Chaplin" -

"Precisamos de um novo (Charlie) Chaplin que demonstre que o cinema não está mudo", disse Zelensky a um auditório de estrelas.

O festival incluiu em sua programação vários diretores ucranianos, como o veterano Serguei Loznitsa e o diretor Maksim Nakonechnyi. Também apresenta o filme "Mariupolis 2", do lituano Mantas Kvedaravicius, morto em abril nesta cidade ucraniana.

O presidente do júri, o ator francês Vincent Lindon, declarou na terça-feira que espera que o clima "seja digno, respeitoso (...) e que seja uma homenagem aos que vivem dias muito mais difíceis que os nossos".

Outro filme com apresentação nesta quarta-feira é "The eight mountain", dos belgas Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, sobre a amizade de dois garotos, um que vive na cidade, outro na montanha.

Sem dúvida, o momento mais esperado do dia será durante a tarde, com "Top Gun: Maverick", de Tom Cruise.

A chegada ao tapete vermelho do astro de Hollywood, de 59 anos, promete ser espetacular. A Patrulha da França, esquadrão de acrobacias da Força Aérea, sobrevoará a Croisette durante a festa. Cruise, que visitou o grupo pela manhã, "inspirou uma geração de pilotos", tuitou a patrulha, junto com uma foto com o ator.

Cruise esteve em Cannes pela última vez em 1992 com "Um sonho distante", ao lado de sua esposa à época, Nicole Kidman. Agora, ele retorna na pele do veterano aviador, encarregado de treinar uma equipe para uma missão perigosa.

Ao contrário de outros grandes nomes de Hollywood, como Kevin Costner, Mel Gibson e Bruce Willis, o ator conseguir se manter em alta na maior parte de seus 40 anos de carreira, inclusive nos tempos atuais, quando os super heróis dominam o setor.

Com sua presença, o festival mantém a tradição de receber um grande número de estrelas da sétima arte em seu tapete vermelho, pode onde passaram recentemente Brad Pitt, Leonardo Di Caprio e Cate Blanchett.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu, neste sábado (23), uma reunião com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para "pôr fim à guerra".

"Acredito que quem começou a guerra poderá pôr fim nela", disse Zelensky em uma coletiva de imprensa em uma estação de metrô no centro de Kiev. O líder ucraniano reiterou que não tinha "medo" de se reunir com Putin, se isso permitisse alcançar um acordo de paz entre os dois países.

Porém, ao mesmo tempo em que pediu um encontro com Putin, Zelensky também advertiu à Rússia que encerrará todas as negociações de paz caso soldados ucranianos sejam mortos em Mariupol, no sudeste do país.

"Se nossos homens forem assassinados em Mariupol e se forem organizados supostos referendos na região de Kherson (sul), a Ucrânia vai se retirar de todo processo de negociação", afirmou Zelensky em uma coletiva de imprensa em Kiev, capital ucraniana.

As tropas russas se preparam para bombardear Odessa, uma cidade estratégica e principal porto da Ucrânia, advertiu neste domingo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Estão se preparando para bombardear Odessa. Odessa!", afirmou Zelensky em uma mensagem de vídeo.

"Será um crime militar. Será um crime histórico", declarou o presidente, no momento em que o exército russo, procedente da Crimeia anexada, continua avançando no sul da Ucrânia.

Quase um milhão de pessoas vivem em Odessa, um importante porto no sul da Ucrânia. A população fala ucraniano e russo e a cidade também possui minorias búlgara e judaica.

Desde que a Rússia iniciou a invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro, as forças de Moscou tentam, no leste e sul, concretizar uma continuidade territorial entre as zonas separatistas de Donbass e a já anexada Crimeia.

Um ataque a Odessa ampliaria a ofensiva mais ao oeste, perto da fronteira com a Moldávia, país em que a Rússia já tem presença militar no enclave de língua russa da Transnístria.

Após diversos apelos do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o governo de Kiev informou nesta segunda-feira (28) que chegaram "milhares" de pedidos de estrangeiros ao país para lutar na guerra contra a Rússia.

"O presidente Zelensky anunciou a criação de uma nova unidade denominada 'Legião Internacional'. Temos já milhares de pedidos por parte de estrangeiros que querem se unir à resistência contra os ocupantes russos e proteger a segurança mundial do regime de [Vladimir] Putin", disse a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar.

    Relatos nas fronteiras mostram homens de toda a Europa se dirigindo à Ucrânia para tentar se alistar.

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Um desses voluntários é um italiano identificado apenas como Francesco (nome fictício para proteger sua identidade), de 35 anos, que está esperando apenas os documentos ucranianos para sair da Campânia para ir lutar em Kiev.

"Nem dinheiro, nem glória. Eu não sou o Rambo, mesmo que tenha experiência militar e de antiterrorismo. Eu quero ir lá para defender os ideais europeus e, sobretudo, pelas crianças. Todos nós precisamos dar um jeito de ajudá-los de alguma maneira. Fui militar por oito anos e quero dar minha contribuição não apenas com as armas, mas organizando a entrega de alimentos, remédios, roupas", disse à ANSA.

Outro voluntário italiano, Pietro, 22 anos, também está de partida para a Ucrânia. "Quero ir para lá por um fator ético e moral. Ver aquelas pessoas e aquelas crianças morrerem não me permite ficar aqui olhando. Tenho medo de morrer? Eu posso morrer aqui também se uma árvore cair em mim ou se um carro me atropelar, aqui na Itália. É tudo muito relativo", afirmou.

Durante o fim de semana, algumas lideranças da União Europeia e do Reino Unido disseram que vão apoiar os cidadãos de seus países que querem se voluntariar na guerra.

Além dos voluntários, as potências ocidentais estão enviando armas letais e não letais, carros e equipamentos militares, e jatos de guerra para as forças ucranianas lutar contra os russos. A UE enviará os itens para a Polônia, que será um centro de logística na distribuição.

Kiev tem um exército infinitamente menor do que a Rússia, que tem o segundo maior do mundo, e não tem capacidade de armas nucleares. Isso porque, na década de 1990, o governo ucraniano entregou os armamentos do tipo para garantir que Moscou reconhecesse a soberania da nação.

Os EUA anunciaram nesta segunda que os soldados e os caças que estavam na base militar italiana de Aviano foram enviados para a Letônia para apoiar as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Belarus - Por outro lado, a participação de Belarus no conflito bélico pode aumentar. Na noite deste domingo (27), os cidadãos votaram em um referendo que tirou a neutralidade do país no quesito de armas nucleares, o que poderá fazer com que equipamentos russos sejam alocados ali.

O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, é um dos principais aliados de Putin e está no poder desde 1994.

Novamente, assim como ocorreu nas eleições presidenciais, a votação é vista sob forte desconfiança de fraude.

Zelensky chegou a acusar Minsk neste domingo de já estar participando dos ataques russos, fato que foi negado por Lukashenko em um telefonema - na mesma conversa, foi marcada a reunião de paz que está sendo realizada em Gomel nesta segunda.

Da Ansa

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou vídeo nesta segunda-feira (28) no qual fala sobre a ação militar russa no país e pede a "entrada imediata" da Ucrânia na União Europeia. Segundo ele, isso pode ocorrer sob um "novo procedimento especial".

Ele considerou que a demanda "é justa" e que seu país "merece" ingressar no bloco.

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Zelensky lamentou as mortes de ucranianos, mas disse que a Rússia também sofre baixas no confronto.

Ele disse que já há 4.500 baixas do lado russo e pediu que os soldados do país abandonem suas armas e deixem a Ucrânia, recomendando que eles não acreditem nos líderes militares russos.

O exército russo está atacando áreas civis, denunciou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ao mesmo tempo que elogiou o "heroísmo" de seus compatriotas diante da invasão e afirmou que as tropas estão fazendo "todo o possível" para defender o país.

"Eles dizem que os civis não são um alvo. Mas esta é outra mentira deles. Na realidade, eles não fazem distinção entre as áreas em que operam", disse Zelensky em um vídeo.

"Esta noite começaram a bombardear bairros civis. Isto nos recorda (a ofensiva nazista de) 1941", completou na mensagem, divulgada nas redes sociais.

Duas fortes explosões foram ouvidas na madrugada desta sexta-feira (25) no centro de Kiev. O exército da Ucrânia relatou "disparos de mísseis" contra a capital e a destruição de dois deles pelos sistemas de defesa.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que três pessoas ficaram feridas, uma delas em estado crítico, em um bairro residencial ao sudeste da capital.

"Os ucranianos estão demonstrando heroísmo", afirmou Zelensky. Ao iniciar a invasão na quinta-feira, os russos "pensavam que nossas forças estavam cansadas, mas não estamos cansados".

"Nossas forças estão fazendo todo o possível" para defender a Ucrânia, destacou.

Zelensky também afirmou que a Rússia terá que falar com a Ucrânia em algum momento para encerrar os combates.

"A Rússia terá que falar conosco, mais cedo ou mais tarde. Conversar sobre como acabar com os combates e parar esta invasão. Quanto mais cedo a conversa começar, menores serão as perdas, inclusive para a Rússia", declarou o chefe de Estado ucraniano.

Em uma mensagem aos russos que protestaram contra a guerra na quinta-feira, incluindo centenas que foram detidos, ele declarou: "Aos cidadãos da Federação da Rússia que estão saindo para protestar, nós os observamos vocês. E isto significa que vocês nos ouviram. Isto significa que vocês acreditam em nós. Lutem por nós. Lutem contra a guerra".

A invasão russa começou na madrugada de quinta-feira, depois do reconhecimento na segunda-feira da independência dos territórios separatistas rebeldes da região leste da Ucrânia por parte de Vladimir Putin.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, mantêm neste sábado (11) à tarde uma conversa telefônica, depois que o Irã admitiu que abateu, por engano, um avião da companhia Ukraine Airlines International, matando todos os 176 pessoas a bordo.

Zelensky terá "uma conversa telefônica com o Presidente da República islâmica do Irã, Hassan Rohani, às 17h (12h, em Brasília)", após a qual "falará ao povo ucraniano", informou um comunicado da presidência ucraniana.

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"Os nossos especialistas em Irã tiveram acesso a todas as fotografias e vídeos e outras informações necessárias para analisar os processos em curso em Teerã", informa ainda o comunicado, que manifesta confiança de que o Irã vai realizar um inquérito "rápido e objetivo".

Neste sábado, o presidente da Ucrânia exigiu a punição dos responsáveis pelo abate, além do pagamento de indenizações por parte do governo iraniano.

"A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste no pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irã que leve os culpados à justiça, devolva os corpos, pague uma indenização e publique um pedido de desculpas oficial", escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta do Twitter.

"A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos", acrescentou.

O Irã admitiu hoje que o avião ucraniano que caiu na quarta-feira (8) em Teerã foi abatido inadvertidamente por militares iranianos.

Nas redes sociais, o presidente do Irã afirmou que o país "lamenta profundamente" ter abatido um avião civil ucraniano, sublinhando tratar-se de "uma grande tragédia e um erro imperdoável".

O Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines caiu na quarta-feira nos arredores de Teerã. A maior parte das vítimas era iranianos e canadenses, mas também havia afegãos, britânicos e suecos, além de 11 ucranianos, nove dos quais membros da tripulação.

O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, em uma operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exigiu neste sábado (11) a punição dos responsáveis pelo abate de um avião ucraniano com 176 pessoas a bordo e o pagamento de indenizações por parte do Irã, que admitiu ter abatido a aeronave por engano.

"A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste em um pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irã que leve os culpados à Justiça, devolva os corpos, pague uma indemnização e publique um pedido de desculpas oficial", escreveu Volodymyr Zelensky em sua conta no Twitter.

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"A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos", acrescentou.

O primeiro-ministro do Canadá, país de origem de dezenas dos passageiros mortos na queda do avião, também exigiu hoje "transparência" na realização de um "inquérito completo e aprofundado" para apurar responsabilidades.

"A nossa prioridade continua a ser esclarecer este caso em um espírito de transparência e justiça", afirmou Justin Trudeau, em comunicado.

"Esta é uma tragédia nacional e todos os canadenses estão de luto. Vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros em todo o mundo para garantir a realização de um inquérito completo e aprofundado", afirmou.

Trudeau acrescentou que "o governo do Canadá espera a plena colaboração das autoridades iranianas".

O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou hoje que o país "lamenta profundamente" ter abatido o avião civil ucraniano, ressaltando que foi "uma grande tragédia e um erro imperdoável".

"O inquérito interno das forças armadas concluiu que lamentavelmente mísseis lançados por engano provocaram a queda do avião ucraniano e a morte de 176 inocentes", admitiu Hassan Rohani, em uma mensagem divulgada na rede social Twitter.

"As investigações continuam para identificar e levar à justiça" os responsáveis, acrescentou.

O Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines caiu na quarta-feira nos arredores de Teerã, causando a morte de todas as 176 pessoas a bordo, na maioria iranianos e canadenses.

O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, em uma operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

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