As codeputadas do mandato coletivo Juntas (PSOL) subiram à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para lembrar do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado nesta quinta-feira (29).
A titular do mandato, Jô Cavalcanti, expôs as violências a que o grupo está submetido cotidianamente e defendeu políticas públicas para garantir a essas mulheres o direito a uma vida digna e livre da discriminação.
##RECOMENDA##“A lesbofobia é diferente da homofobia porque, além do preconceito sofrido pela orientação sexual, há o machismo. E para as lésbicas negras, a situação é ainda pior, pois são vítimas de racismo”, alertou Jô.
Segundo a parlamentar explicou, a data foi instituída em 1996, durante o 1º Seminário Nacional de Lésbicas. Desde então, agosto passou a ser um mês dedicado a lembrar a existência das mulheres lésbicas e as violências sofridas por elas, bem como pautar suas reivindicações.
Jô Cavalcanti também enfatizou que a violência que as lésbicas sofrem se expressa até mesmo em espancamentos e “estupros corretivos”. Também abordou as dificuldades delas de acesso ao mercado de trabalho e o despreparo do sistema de saúde para atendê-las.
“É preciso que o Estado garanta o direito a todas essas pessoas, independente de cor, sexo, identidade de gênero e orientação sexual. Praticamente não existem políticas públicas para garantir a elas o exercício de uma vida digna e livre da violência”, pontuou.