Tópicos | Verbas para campanha

A Polícia Federal (PF) comprovou que o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) pediu propina ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para financiar a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à reeleição em 2010. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo jornal Estado de São Paulo. O repasse foi de R$ 20 milhões, como relata Costa em delação premiada à Lava Jato. 

Segundo a reportagem, o inquérito já foi concluído e encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, a PF diz que “restou demonstrado que Bezerra participou ativa e substancialmente na solicitação de propina às empresas envolvidas e também se beneficiou de uma parte do montante ilícito.” No inquérito, o socialista é acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Os investigadores classificaram o senador como “braço direito” de Eduardo Campos. Na época, o parlamentar era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape e o valor foi pago por empreiteiras em troca de esforços políticos para assegurar a Refinaria Abreu e Lima (Renest), em Ipojuca, e incentivos tributários. 

Os R$ 20 milhões, de acordo com o periódico, chegou ao destino final por várias formas: doações eleitorais “oficiosas”, contratos fraudulentos ou superfaturados firmados com empresas de fachada e, até mesmo, pagamentos em espécie. A reportagem diz ainda que a PF comprovou os benefícios prestados pelo esquema a Campos. 

Bezerra Coelho, que foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff e é pai do atual ministro das Minas e Energia Fernando Filho (PSB) disse ao Estadão, por meio da assessoria de imprensa, que a defesa dele não teve acesso a qualquer “informação sobre a suposta conclusão do inquérito 4005-STF”. 

“A defesa deixa claro que, passado mais de um ano do início das investigações, o procedimento segue sem qualquer prova sobre a participação do senador em qualquer atividade ilícita, e continua calcado tão-somente nas informações conflitantes fornecidas por delatores, declarações estas que não vem com sequer um documento comprobatório”, argumenta. Ele ainda lembra que não participou da coordenação das campanhas de 2010 e 2014 de Eduardo Campos.

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