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A Semana de Moda em Milão começou nesta terça-feira (12) e o desafio de algumas das modelos é a preparação para desfilar. Os desfiles são as expressões dos artistas nas passarelas e as modelos possuem a obrigação de demonstrar como o look final é usado no corpo. Por começarem a desfilar jovens, o processo hormonal se torna precoce e antecede alguns problemas – o ressecamento vaginal é um deles. A ginecologista e obstetra de São Paulo, Daniela Miyake, explica sobre como funciona esse processo nas mulheres e também modelos.  

Para o corpo ficar em perfeito estado de apresentação, e algumas delas desfilam quase nuas, a lubrificação não pode estar em evidência. Antes de focar no assunto das modelos, é preciso entender primeiro sobre o que significa secura/ressecamento vaginal. “É quando a gente tem uma perda ou diminuição da lubrificação natural da região íntima. Então, nas paredes vaginais sempre tem um muco mais transparente ou, às vezes, com mais cor e com cheiro característico que é produzido pelas glândulas dessa região para promover a lubrificação dessa área”, pontua Daniela.

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A causa mais importante é a falta de estrogênio (normalmente visto em mulheres na menopausa). Quando a mulher está no período da menopausa, ela tem uma produção muito baixa, quase zero, dessa fase, o que causa a diminuição desse líquido. Do ponto de vista da ginecologista Miyake, os pontos importantes para darem início a secura vaginal não apenas em modelos que são jovens, mas nas mulheres que ainda não chegaram na fase da menopausa de forma geral, são: estresse diário, atividade física intensa, infecções vaginais (como a candidíase).

Há duas outras causas também que são o aleitamento materno, endometriose e as pílulas contraceptivas porque costumam causar um espessamento dessa lubrificação e faz parte do mecanismo de ação para tratar e corrigir esse problema, a ginecologista recomenda o uso de hormônio, se necessário; e o aplicador de hidratantes vaginais duas vezes na semana.  

Ressecamento vaginal na atividade sexual 

Os lubrificantes são usados durante o ato sexual e o que os especialistas indicam são aqueles à base de água (KY, por exemplo). O ressecamento pode causar uma penetração mais dolorosa porque não desliza e não tem lubrificação natural durante a relação. Com isso, os resultados no corpo da mulher podem ser microlesões, sangramentos, queimação, ardor, coceiras e incômodo ao longo do dia.  

 

Uma canadense, de 62 anos, sofreu queimaduras de segundo graus após realizar um procedimento popularizado como "vaporização vaginal". A prática chegou a ser recomendada pela atriz Gwyneth Paltrow, em site. Porém, especialistas alertam sobre os riscos da terapia alternativa e duvidam da sua eficácia.

A idosa tinha um prolapso genital e, na tentativa de fugir da cirurgia, recorreu aos conselhos de um médico chinês. O caso foi publicado no Journal of Obstetrics and Gynecology Canada e a autora do artigo afirmou que em dois dias seguidos, a canadense se agachou durante 20 minutos em água fervente. Ela ainda vai passar pela cirurgia, que foi adiada devido aos ferimentos, segundo a BBC.

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Como funciona

A vaporização vaginal corresponde a sentar sobre uma mistura de água quente e ervas. A prática tem ganhado popularidade após recomendações de influenciadoras.

"O vapor na vagina pode afetar este equilíbrio saudável de bactérias e níveis de pH, além de causar irritação, infecção e inflamação. A pele delicada ao redor da vagina também pode ser machucada", pontuou a porta-voz do Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido, Vanessa Mackay.

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