Tópicos | Trabalhar em Casa

A plataforma de streaming Netflix está contratando brasileiros para trabalhar em casa. A função dos sonhos de muitos fãs da empresa oferece oportunidades para tradução de vídeos que devem ser legendados em português. A remuneração varia de R$ 27 por minuto legendado em vídeo traduzido do inglês para o português, chegando até a R$ 71 por minuto para vídeos com áudio em japonês legendados em português. 

Os interessados devem se inscrever através da plataforma oficial de tradução da Netflix, chamada Hermes. Lá, os candidatos poderão realizar testes conteúdos sobre gramática, significado de palavras, identificação de erros linguísticos e teste de processo de legendagem, todos na língua que o candidato escolher no ato de inscrição. 

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Para ser classificado como apto a trabalhar com o processo de tradução e legendagem da Netflix, os candidatos devem acertar no mínimo 80% das questões do teste de seleção. Os resultados são divulgados dentro de até dez dias úteis a partir da realização do teste.  

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O Banco do Brasil aderiu ao home office. Na semana passada, nove funcionários da área de tecnologia do banco, no Distrito Federal e em São Paulo, receberam autorização para trabalhar de casa. A proposta ainda é experimental, mas a ideia é que, até o fim do primeiro semestre, 100 trabalhadores cumpram suas jornadas fora do escritório. Além da diretoria de tecnologia, funcionários da diretoria de operações também serão contemplados. As áreas de recursos humanos e de mercado de capitais avaliam se vão aderir ao chamado "teletrabalho".

O principal objetivo é reduzir custos estruturais. Para afastar o fantasma da queda na produtividade - uma questão recorrente quando o assunto é home office -, o banco determinou que as metas para esses servidores sejam 15% superiores às dos demais. No máximo, 50% de cada equipe poderá trabalhar de casa. Está previsto um revezamento entre os funcionários.

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O público preferencial são mulheres e pessoas com deficiência. O servidor só pode exercer a função em casa se a área responsável pela segurança do trabalho certificar o lugar. Os gestores também receberam capacitação para acompanhar o cumprimento das metas.

Mesmo de casa, os funcionários terão de bater ponto e cumprir a mesma carga horária.

Além disso, devem comparecer ao banco um dia por semana e precisam manter telefones sempre ligados e consultar diariamente o e-mail. Os funcionários não podem se ausentar de onde estão lotados e precisam atender às convocações para comparecer ao banco.

O diretor de Gestão de Pessoas do BB, Carlos Alberto Araújo Netto, diz que o banco levou em conta experiências do setor público (Tribunal de Contas da União, Tribunal Superior do Trabalho e Universidade de Brasília) e de empresas privadas, como Citibank e Oi. "A ideia é dialogar com as características de cada funcionário e abrir a possibilidade para o novo."

O projeto é facultativo, a critério da conveniência e oportunidade do banco. Ou seja, não é um direito do trabalhador. Da mesma forma, a adesão ou retorno é uma opção do servidor. O home office é restrito às funções em que seja possível mensurar objetivamente o desempenho do servidor sem a necessidade da presença física. Não é o caso da maioria dos 112 mil funcionários do BB - os 65% que exercem suas funções nas agências espalhadas em todo o País.

Para selecionar os primeiros nove funcionários que iriam trabalhar de casa, o banco fez um processo seletivo com 40 candidatos. Os sindicatos receberam bem a proposta, mas querem acompanhar o impacto na vida dos trabalhadores.

Segundo o professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB), José Matias-Pereira, o sistema de home office pode elevar a produtividade em até 20%. "É importante para melhoria na oferta de serviços públicos e redução de custos." Ele acredita que, se a experiência do BB for bem-sucedida, o modelo deve ser expandido para outras empresas públicas.

O estudo Global Evolving Workforce (Força de Trabalho em Evolução), realizado pelas empresas Dell e Intel, constatou que brasileiros que trabalham em casa dormem mais e se sentem menos estressados.  Entre eles, 49% sentem menos estresse, 45% dirigem menos, 33% dormem mais e 52% têm mais tempo para a família.

Foram entrevistados 5 mil profissionais de pequenas, médias e grandes empresas de 12 países para identificar tendências em relação aos ambientes de trabalho e como as tecnologias têm impactado esse cenário. “A disseminação de uso dos dispositivos móveis para acesso à internet e da cloud computing (computação em nuvem) têm proporcionado novos modelos de trabalho”, afirma o presidente da Dell Brasil, Luis Gonçalves, conforme informações da assessoria de imprensa.

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Ainda segundo o estudo, dos 56% dos profissionais que trabalham Home Office, 69% trabalham um quarto do tempo total dedicado ao emprego em casa. Em geral, o levantamento aponta ainda que 53% dos profissionais brasileiros que não trabalham em casa passam de 75% a 100% das horas de trabalho no escritório da empresa.

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