Neste Campeonato Brasileiro da Série C, em 10 partidas, o Santa Cruz tem apenas duas derrotas. Curiosamente, ambas foram dentro de casa: uma para o Botafogo-PB e outra para o Náutico, no jogo da noite desta segunda-feira (18), em que os tricolores estiveram com um jogador a mais desde a metade do primeiro tempo.
Se tivesse somado pontos nesses dois confrontos, a situação na tabela seria melhor. O técnico Roberto Fernandes está preocupado, não só com esses dois resultados negativos no Arruda, mas com a forma com que o time vem se comportando em seus domínios em toda a campanha de 2018.
##RECOMENDA##“O Santa Cruz precisa ter espírito de mandante. Na Série C, isso faz diferença. O líder (Atlético-AC) perdeu mais que o Santa, mas ganha tudo em casa e, por isso, é líder. Esse perfil tem que mudar, não quero jogar bonitinho, nem bonzinho. Se para isso, tem que tirar qualidade técnica e colocar mais vibração, vamos fazer. O que não pode é uma temporada onde qualquer visitante se sente confortável de jogar aqui. Foi assim no estadual e na Copa do Nordeste”, falou
Especificamente sobre a partida contra o Náutico, o treinador reclamou das oportunidades desperdiçadas. “Faltou competência para aproveitarmos a superioridade numérica. A expulsão do Ortigoza trouxe o Náutico para um jogo diferente do que ele ia propor no início, teríamos um jogo mais franco. O Náutico se fechou e as oportunidades que o Santa criou não conseguiu converter em gols. Quando o Náutico fez o gol, a gente insistiu em cruzamentos, mas, sem jogador de área, ficou difícil”, lamentou.
Vaiado após o apito final e apontado como o responsável pelo gol alvirrubro, Tiago Machowski não foi crucificado pelo comandante. “Vida de goleiro é assim mesmo. Um dia é herói, no outro é vilão. Pelo ângulo que eu estava, me parece que houve uma falha, mas não posso creditar ao Tiago a única falha do lance. É coletivo, se ele teve participação, não vamos isentar, mas podíamos ter evitado que ele falhasse matando a jogada antes”, afirmou.