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A Taça Chico Science ficou no Arruda. Na manhã deste domingo (24), o Santa Cruz venceu o Flamengo por 3 a 1 e mostrou que alguns atletas podem apresentar um bom futebol em 2016. Mas o primeiro tempo coral no amistoso não foi de encher os olhos. Willian Arão marcou para o Mengo e Grafite empatou no final da primeira etapa, de pênalti. O bom desempenho do Tricolor veio na segunda etapa.  João Paulo desempatou e Arthur marcou mais um, fechando o placar em 3 a 1.

A timidez tomou conta do Santa Cruz no início do jogo. Nem parecia que o Tricolor jogava em casa, uma vez que o Flamengo tocava melhor a bola e chegava ao ataque com mais lucidez. A equipe pernambucana começou atrás da bola, mas mesmo assim ainda falhou em algumas investidas do time rubro-negro.

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Estrelas do Flamengo, Guerrero e Emerson estavam lentos no primeiro tempo. Não é de se esperar outra coisa. Começo de temporada e a forte temperatura sobre o Recife forçaram atletas das duas equipes a puxarem o freio de mão em “bolas perdidas”. Mesmo assim, o meio campo do rubro-negro tocou a redonda com mais qualidade, principalmente a partir das jogadas do volante Willian Arão, do meia Everton e do lateral esquerdo Jorge. Esse, por sinal, fez grandes jogadas, levantou a bola com qualidade e deu bastante trabalho a Vítor, lateral direito do Santa Cruz. Os 16 minutos, por exemplo, Jorge cruzou rasteiro, Alemão tentou cortar e quase marcou contra.

A boa atuação do Flamengo e o “apagão” do Santa Cruz ocasionaram o primeiro gol do jogo. Obviamente para o time carioca. O volante Arão trocou passe com o atacante Paolo Guerrero. Na mesma jogada, peruano dividiu com Wellington, do Santa – que reclamou de falta. De frente para Tiago Cardoso, Arão chutou rasteiro, o goleiro defendeu e a bola partiu para sair de mancinho. Mas o volante do Mengão não resistiu e se esticou, marcando o primeiro tento da partida.  Flamengo 1 a 0 aos 22 minutos da primeira etapa.

Só no final do primeiro tempo o Santa Cruz deu o ar da graça. Depois de grande jogada de Lelê – grande destaque coral na primeira etapa - , o ponta tocou para João Paulo, que cara a cara com Muralha, chutou no goleiro do Flamengo. No rebote, Raniel bateu e a zaga carioca salvou.

Mais foi no finalzinho, aos 43 minutos, que o Tricolor transformou reação em gol. Grafite recebeu na área e foi abraçado pelo zagueiro Juan. Pênalti para o Santa Cruz, que o próprio Grafite cobrou no cantinho, com categoria, sem chances para Muralha. Era o empate coral.

Segundo tempo

Com alterações em quase todas as vagas da equipe, o Santa Cruz voltou para a segunda etapa bem melhor. O Flamengo também acompanhou a ideia das alterações, mas travou em relação à atuação do primeiro tempo. A Cobra Coral passou a tocar bem a bola e resolveu atacar com mais intensidade. O resultado foi o desempate logo aos sete minutos, quando depois de uma bola chutada por Keno que explodiu na trave a meia altura, João Paulo – que permaneceu na equipe -  completou de coxa. Santa Cruz 2 a 1.

Depois do gol tricolor, o Flamengo não esboçou reação. O Santa continuou marcando bem e quando investia no ataque chegava arisco, mas sem a definição correta para resultar em gol. Novamente, a alta temperatura recifense fez com que os jogadores evitassem correr em bolsas desnecessárias. Houve até parada técnica para que os atletas se hidratassem.

Mas uma boa investida coral aconteceu aos 35 minutos. O atacante Arthur, que entrou bem na partida, tocou para o baixinho Renatinho, que cruzou. Keno se esticou, porém não acançou. Mas no final da partida, após boa jogada de Wallyson pela direita, o atacante Arthur chutou de primeira, no canto do goleiro Muralha. Foi o terceiro e último gol tricolor. Com a vitória por 3 a 1, a Taça Chico Science fica no Arruda.

FICHA TÉCNICA

Santa Cruz – Tiago Cardoso (Edson), Vítor (Lucas Ramon), Alemão (Neris), Danny Morais (Everton Sena) e Allan (Tiago Costa); Wellington (Dedé), João Paulo (Lucas Gomes), Daniel Costa (Renatinho) e Raniel (Arthut); Lelê (Wallyson)  e Grafite (Keno). O técnico é Marcelo Martelotte.

Flamengo - Muralha, Rodinei (Pará), Wallace (César Martins), Juan (Antonio Carlos) e Jorge (Chiquinho); Márcio Araújo (Jonas), Willian Arão (Jajá e depois Thiago Santos) e Everton (Canteros); Gabriel (Alan Patrick), Emerson (Mancuello) e Paolo Guerrero (Douglas Baggio). O técnico é Muricy Ramalho.

Árbitro: Gilberto Castro Júnior. Assistentes: Charles Rosas e Aldir Pereira

Cartão amarelo: Lelê, Danny Morais e Emerson e Canterros.

Gols: Grafite, João Paulo e Arthur (Santa 3) / Willian Arão (Flamengo 1)

Público: 15.858

Renda: R$ 264.570

Renda: R$ 264.570

Mais um ano marcado pelas taças amistosas de Santa Cruz e Sport. E a peça principal do evento ficou em destaque em 2016, com o Tricolor inovando no modelo, enquanto o Leão repete o padrão que deu certo no ano passado. Contra Flamengo e Argentino Júniors, os criativos troféus estarão em disputa mais uma vez.

Homenageando Chico Science, a taça coral para o amistoso contra o rubro-negro carioca foi alvo de muitas críticas dos adversários e próprios tricolores. O modelo é diferente em relação a 2015, quando o troféu também recebeu várias críticas por ser muito “comum” e conter trecho errado de uma música do artista.

Pelo lado do Leão, a Ariano Suassuna repete o mesmo padrão do ano passado. Com o modelo fixo, onde depois será colocado o nome do vencedor do amistoso, assim como é feito em alguns campeonatos pelo mundo como Libertadores e Liga dos Campeões. A novidade fica por conta agora de um mini-troféu que será dado ao time que perder o amistoso. E você torcedor, qual das duas taças achou mais bonita?

Intitulada de Taça Chico Science, a partida amistosa que será realizada no próximo domingo (24), não homenageará apenas o músico pernambucano que completaria 50 anos em 2016. Um ídolo das torcidas de Santa Cruz e Flamengo também foi convidado para estar em campo e dar o pontapé inicial do jogo. Trata-se do ex-atacante Nunes, conhecido como Cabelo de Fogo, no Arruda.

Enquanto jogador profissional, Nunes se sagrou artilheiro vestindo ambas as camisas. O atacante passou primeiro pelo tricolor, descoberto no Confiança, de Sergipe, ele desembarcou no Arruda em 1975 para substituir o até então ídolo da torcida Ramón. Conquistou o supercampeonato estadual no ano seguinte e também foi campeão em 1978. Quando deixou o tricolor, vendido para o Fluminense, tinha marcado em 86 oportunidades com a camisa coral.

Ele chegou na Gavéa em 1980, e lá conseguiu os maiores títulos da sua carreira ao lado de Zico: foi três vezes campeão brasileiro, ganhou a libertadores de 1981 e o mundial interclubes daquele mesmo ano. Pelo rubro-negro também esteve presente na campanha do polêmico campeonato de 1987. 

As boas apresentações também lhe renderam algumas convocações para a seleção brasileira. Integrou o time que se preparava para Copa do Mundo de 1978, porém uma lesão acabou o tirando do torneio. Com a amarelinha participou de seis jogos e marcou dois gols.

Atualmente residindo no Rio de Janeiro, Nunes virá ao Recife especialmente para o confronto entre Santa Cruz e Flamengo. “Para mim será um prazer participar dessa festa. Devo muito ao Santa. Tenho um carinho enorme pelo clube", disse ao site oficial do tricolor. Além do pontapé inicial do jogo, o clube coral promete mais homenagens ao ídolo.

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A estreia do Santa Cruz  sob o comando de Ricardinho não foi como o torcedor esperava. Os tricolores vaiaram e deixaram o Arruda frustrados pela derrota, nesta quinta-feira (22). Ainda assim, o treinador coral avaliou a atuação como boa, pediu paciência e relembrou as metas do clube em 2015.

“Saio satisfeito pelo objetivo que traçamos para esse jogo. Mas não esqueçam que nossos objetivos principais são o Campeonato Pernambucano e a Série B”, disse o treinador coral. O Santa Cruz ainda se prepara para a estreia no Estadual, contra o Sport, no dia 1 de fevereiro, também no Arruda.

Ricardinho minimizou a derrota coral e pediu mais tempo. “Eu procuro analisar o início do trabalho que a gente está realizando. Estamos preparando uma equipe, mas montando uma nova equipe. No futebol isso não acontece de um dia para o outro”, declarou.

O treinador ainda elogiou o rival. “Vamos querer ganhar sempre e trabalhar para ganhar sempre. O adversário teve uma postura extremamente compacta desde o início do jogo. Esperando o erro para chegar ao gol”, comentou. E completou: “E nós oferecemos essa oportunidade logo no início. Essa foi a maior dificuldade. Principalmente por ser no início de um trabalho, que você observa as partes física e técnica”.