O Paquistão deteve 10 supostos contrabandistas depois que dezenas de migrantes morreram esta semana em um naufrágio na costa da Grécia, disseram as autoridades do país neste domingo (18).
O primeiro-ministro Shehbaz Sharif também ordenou uma ofensiva imediata aos traficantes de pessoas, dizendo que eles serão "severamente punidos".
Milhares de jovens paquistaneses fazem viagens perigosas à Europa todos os anos em busca de uma vida melhor.
Entre os que estavam a bordo do barco de pesca enferrujado que afundou na península do Peloponeso, na Grécia, na quarta-feira, provavelmente havia uma dúzia de paquistaneses.
O naufrágio deixou pelo menos 78 mortos e centenas de desaparecidos.
As autoridades informaram que nove pessoas foram detidas na Caxemira administrada pelo Paquistão - de onde veio a maioria das vítimas - e uma na cidade de Gujrat.
"Estão sendo investigados por seu envolvimento na facilitação de todo o processo", disse Chaudhary Shaukat, uma autoridade local na Caxemira administrada pelo Paquistão.
Entre 400 e 750 pessoas estavam a bordo da embarcação, disseram a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em comunicado conjunto.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse no sábado que 12 cidadãos paquistaneses sobreviveram, mas não tinha informações sobre quantos estavam no barco.
Um funcionário da imigração disse à AFP sob condição de anonimato que o número pode ultrapassar 200.