Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) está entre parlamentares que vão visitar a sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, nesta terça-feira (17). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso no local há 10 dias e osmembros da Comissão de Direitos Humanos do Senado querem verificar as condições da "sala especial" em que ele está encarcerado. Para Humberto, não é correta a situação de “confinamento” do ex-presidente.
“Lula está em uma situação de confinamento, uma solitária. Só pode conversar com os advogados. Não creio que isso seja correto. Por isso, iremos lá verificar a situação”, afirmou. Além dele, outros 13 senadores completam o grupo que recebeu a autorização da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal em Curitiba, responsável pela execução da pena de Lula para a inspeção.
##RECOMENDA##A semana passada, a mesma magistrada negou a visita de dez governadores ao ex-presidente. Fato que foi lembrado por Humberto. “Qual líder político do Brasil, preso, seria capaz de mobilizar essa quantidade de governadores, dos mais diversos partidos, para lhe prestar solidariedade? Eram governadores que tiveram 15 milhões de votos em 2014 e representam estados com mais de 36 milhões de eleitores. Ficamos muito gratos a esse gesto”, pontuou.
Ataque à democracia
Para o senador, que vai se juntar ao grupo de manifestantes acampado nos arredores do prédio da PF, por trás da prisão de Lula existe um ataque à democracia.
“Não se enganem. Por trás dessa prisão ilegal e inconstitucional de Lula, existe um profundo ataque ao Estado democrático de Direito. Por isso, nós senadores e deputados do Partido dos Trabalhadores e da oposição, que defendemos a democracia, vamos a Curitiba para externar a nossa inconformidade com a prisão do maior líder político deste país, líder nas pesquisas para a Presidência da República, e exigir a sua imediata libertação”, finalizou.
Humberto Costa ainda lamentou que políticos de oposição ao PT comemorem a prisão de Lula e, segundo ele, exaltem as condições da prisão “para estimular, ainda mais, o ódio ao ex-presidente”.