Cerca de 3 mil alvirrubros acompanharam o último treino do Náutico antes da decisão contra o Bragantino, no domingo (26), na Arena de Pernambuco. A festa nas arquibancadas foi bonita! Com fogos, sinalizadores e gritos de guerra, os torcedores encheram o estádio dos Aflitos e incentivaram o Timbu durante toda a movimentação. O zagueiro Suéliton agradeceu e declarou que o apoio faz um time ganhar o jogo.

"A torcida está de parabéns pelo apoio e pelo o incentivo. Acho que isso ganha jogo", disse. "A torcida quando comparece, ao invés de criar responsabilidade, ela cria motivação, energia positiva, e isso nos contagia bastante. Eu tenho certeza, o resultado amanhã vai ser positivo independente do resultado do primeiro jogo", completou. 

O zagueiro Suéliton já fez a sua estreia pelo Náutico, mas a sua apresentação oficial aconteceu na última quinta-feira (21), no Centro de Treinamento alvirrubro. Em sua entrevista coletiva, o atleta se mostrou muito feliz em estar atuando pelo Timbu. "Vir para cá é uma oportunidade ímpar. Estou muito feliz, espero honrar essa camisa da melhor maneira possível e, com certeza, conquistar nossos objetivos".

A estreia de Suéliton já foi em grande estilo, o zagueiro entrou como titular na partida contra o Santa Cruz, e participou da vitória por 1 x 0 do Timbu no Estádio do Arruda. Para ele, o jogo contra a equipe coral teve um grande significado para o Náutico.

"O clássico foi um jogo que mostrou que o Náutico tem muito a ganhar nesse campeonato. Não é fácil ganhar um clássico e muito menos com um jogador a menos. A equipe toda está de parabéns pela entrega, vontade em campo. Tenho certeza que estamos no caminho certo", disse.

Perder para o Goiás só deixou a situação do Náutico ainda pior na Série B. Precisando vencer sete das 10 rodadas restantes, o Timbu pode ver a distância para deixar a zona do rebaixamento aumentar para onze pontos. Seria um aproveitamento de time que conquista o título, entretanto, ninguém jogou a toalha ainda. Os jogadores seguem confiantes de que é possível reverter o quadro.

"Os guerreiros que ficaram aqui no Náutico, é porque acreditam no projeto. Sei que precisamos ganhar sete dos próximos 10 jogos, algo muito complicado, mas vamos trabalhar para conseguir", disse o meia Giovanni.

Adversário desta sexta-feira (6), o time goiano está servindo de inspiração para os alvirrubros. Agora em 14º, o Esmeraldino estava no Z4 e sofreu muita pressão da torcida antes de começar a reação com o técnico Hélio dos Anjos. "Na nossa situação, temos que nos ligar nos mínimos detalhes, como o Goiás fez. Quando teve a oportunidade de marcar, não desperdiçou. A gente só desiste quando não houver mais chances, se tiver 1%, estaremos tentando", garantiu Aislan.

O atacante Gilmar lembra que o preço alto que o clube paga hoje, se deve ao começo de ano desastroso, não só no Brasileiro. "Essa situação não vem do Brasileiro. É desde o início do ano que o Náutico deixou a deixar. Infelizmente nosso início de campeonato foi horrível. Iniciamos o segundo turno até bem, porém é preciso consciência que para livrar necessitamos de uma sequência. Nossa situação é complicada, temos que trabalhar para, junto ao nosso torcedor, correr atrás", afirmou.

Ele lembra de exemplos na própria Série B, em que times evitaram o rebaixamento com aproveitamento de título. "Eu acredito que podemos livrar essa situação. Precisamos usar exemplos bons da própria Série B, como foi o ABC em 2013, o Ceará em 2015. Precisamos dessa atitude para conseguir evitar a queda, não apenas palavras", completou.

Para quem chegou com o bonde andando, a pausa sem jogos no Náutico é um boa. É o caso do lateral Sueliton, que foi contratado durante o Carnaval e só estreou na última partida do Timbu pela Copa do Nordeste. A expectativa dele, e de grande parte da torcida, é que o tempo treinando sirva de vantagem para a reta final do Campeonato Pernambucano.

"Não é bom para todos, até porque ficamos fora das competições. Nessa parada, esperamos que o grupo esteja mais junto, mais forte e descansado para entrar na fase final. Tudo para terminar o campeonato da melhor forma possível, com o título", disse.

Nascido em Vitória de Santo Antão, o lateral deu seus primeiros passos jogando no Tricolor das Tabocas, mas foi no Porto, em Caruaru, onde apareceu para o futebol local, tendo depois destaque nacional com o ABC-RN. A carreira o trouxe até o time alvirrubro, mas poderia ter jogado em Recife antes. "Quando estive no Criciúma tive um convite do Santa Cruz, mas eu já tinha fechado com outra equipe. Já no Atlético-PR, o Sport também teve uma conversa com meu empresário, mas preferimos ficar. Com o Náutico, estou tendo o prazer de voltar para minha família", contou.

Pelo tempo que passou jogando em clubes do interior, Sueliton sabe bem da dificuldade que é lutar por títulos contra os clubes da capital. O atleta vê um crescimento e torce para que se quebre o tabu do título pernambucano nunca ter sido vencido por uma equipe fora da região metropolitana. Porém, em outro momento, pois existe um sonho mais forte atualmente. 

"A gente vê que existe uma diferença muito grande de elenco, cota, para os clubes da capital. Mas, a gente vê que o Salgueiro está se aproximando graças ao bom trabalho da diretoria. Os próprios amigos que jogam lá, nos contam que o time está pronto para o título. Tomara que não seja agora, porque o Náutico precisa muito desse título. Entretanto, torço para que esses clubes cresçam ainda mais porque isso torna o nosso campeonato melhor, mais acirrado. Pernambuco só em a ganhar", afirmou o lateral.

Questionado se a família em casa torce por algum dos três grandes do Recife, o agora alvirrubro conta que os parentes abraçaram as cores que veste. Na casa de Sueliton agora só entra alvirrubro. "Tem uma variação boa por lá. Mas quando a gente veste uma camisa, a família embarca. O vermelho e branco está dominando lá, todos muito felizes e espero retribuir com alegrias tanto para minha quanto outras famílias alvirrubras", declarou.

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