Mesmo evitando comentar os dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), o governador Eduardo Campos (PSB) comentou de forma geral, o levantamento de dados e amostras realizadas pelo Brasil afora, após evento do início de tombamento do Instituto Miguel Arraes. Na apuração do IPMN, o desejo dos recifenses é que o próximo chefe do Executivo Estadual efetue algum tipo de mudança nas ações governamentais.
Questionado sobre os dados, o socialista repetiu o discurso de sempre e disse que não comenta pesquisa. “Sinceramente eu não vi a pesquisa ainda no detalhe. Eu acho que daqui para outubro vamos ter várias pesquisas. Eu não vou ficar comentando porque não seria o caso. Nunca fiz, e vem dando certo, e vou continuar a fazer. Não comento nem quando as pesquisas estão de um jeito, nem quando estão de outro”, esquivou-se em primeiro momento.
##RECOMENDA##Apesar de evitar o assunto, o governador relembrou algumas amostras na época de sua campanha ao governo do Estado. “Já vi pesquisa quando na minha reeleição que dava 70% para mim e deu 86% nas urnas e eu não comentava, e quando na minha primeira (eleição) eu tinha 4% e eu ganhei a eleição. Então é preciso saber ler a pesquisa. Nem sempre à leitura de pesquisa tem os números imediatos que elas colocam”, avaliou.
Comparando o contexto do processo com a eleição do Chile, Campos comentou que na votação para a escolha do gestor chileno muitas pessoas não participaram do pleito. “Ontem (15) teve eleição no Chile. O voto no Chile foi facultativo e 60% da população do Chile não foram votar. Então, isso é um dado de realidade. Tudo que é pesquisa de todo o canto está dando (que as pessoas) não sabem ou não responderam muito grande. Quando você isola os candidatos, os resultados são completamente diferentes do que se apresenta”, analisou.
Ainda sobre o assunto, o socialista fez uma crítica para as pessoas que não sabem interpretar os dados e exibiu seu ponto de vista sobre o tema. “Quando você sabe ler pesquisa você entende que no dia da eleição tudo mundo vai saber quem é quem, porque vai haver uma campanha. Então, se você quer simular, antecipar aquele cenário, você precisa neste instante, isolar os dados da pesquisa para os que conhecem os candidatos, (mas) ninguém faz isso. Ninguém faz esta leitura”, afirmou.
Para Campos, os responsáveis por elaborar as pesquisas encontram dados completamente diferentes e por isso, é necessário observar de outra maneira. “Muitas vezes a gente precisar ler os números que estão por trás das pesquisas. Por exemplo, há um desejo de mudança no Brasil de 66% a média, mas tem regiões no Brasil com faixas etárias que dá mais de 80%. Então, essas regiões e faixas etárias são maioria nos Colégios Eleitoriais brasileiros, ou seja, são questões como esta que temos que discutir”, contextualizou o governador.