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Equipes de resgate dos Estados Unidos e Canadá intensificaram os esforços nesta terça-feira (20) para encontrar um pequeno submarino com cinco pessoas a bordo que desapareceu no Oceano Atlântico quando estavam em uma missão para observar os destroços do transatlântico "Titanic".

A embarcação, operada pela empresa OceanGate Expeditions, iniciou a descida na manhã de domingo (18) e perdeu contato com a superfície menos de duas horas depois, de acordo com as autoridades.

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Entre as pessoas a bordo do submarino está o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, 58 anos, fundador e CEO da empresa Action Aviation.

O empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman também estavam no submarino, informou a família.

"O contato foi perdido com o submarino e as informações disponíveis são limitadas", afirmou a família em um comunicado.

A Guarda Costeira americana explicou que as operações de busca são complexas.

"É um desafio realizar uma busca nessa área remota, mas estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para garantir que possamos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo", afirmou na segunda-feira o contra-almirante John Mauger à imprensa em Boston, de onde coordena a operação.

"Trabalhamos muito duro para encontrá-los", acrescentou.

As buscas, na superfície ou debaixo d'água, envolvem uma região "de quase 1.450 quilômetros ao leste de Cape Cod, a uma profundidade de cerca de 4.000 metros".

- Reservas de oxigênio para 96 horas -

O tempo é um fator crítico. A embarcação tem reservas de oxigênio para o tempo máximo de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas. Mauger afirmou na segunda-feira à tarde acreditar que ainda restavam 70% ou más de oxigênio.

As buscas aéreas, que não apresentaram resultados na segunda-feira, foram suspensas durante a noite, informou a Guarda Costeira às 21H00 (22H00 de Brasília). O navio "Polar Prince", do qual zarpou o submarino, e uma unidade da Guarda Nacional continuaram rastreando a região durante a noite.

"O submarino foi lançado com sucesso", tuitou no domingo a empresa Action Aviation, com sede em Dubai.

"A tripulação do submarino é composta por vários exploradores lendários, incluindo alguns que fizeram mais de 30 mergulhos no RMS Titanic desde os anos 1980", afirmou o próprio Harding no Instagram no sábado, ao anunciar sua participação na missão.

O contra-almirante Mauger não divulgou informações sobre as pessoas que estavam a bordo "por respeito às famílias" e se limitou a declarar que, segundo a empresa operadora, são quatro pessoas e um piloto.

A Action Aviation, procurada pela AFP, não fez comentários.

Para as buscas foram mobilizados dois aviões, um C-130 americano e um P8 canadense equipado com um sonar capaz de detectar submarinos, segundo a Guarda Costeira.

A OceanGate Expeditions explicou em um comunicado que "explora e mobiliza todas as opções para conseguir resgatar a tripulação em total segurança".

No site, a empresa informa que utiliza um submarino batizado como "Titan" para as expedições a uma profundidade máxima de 4.000 metros (13.100 pés). A embarcação tem autonomia de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas.

- "Poucas embarcações" a tanta profundidade -

O Titanic zarpou do porto inglês de Southampton em 10 de abril de 1912 para sua viagem inaugural rumo a Nova York, mas afundou depois de colidir com um iceberg cinco dias depois.

Dos 2.224 passageiros e tripulantes, morreram quase 1.500.

Os destroços do transatlântico foram descobertos em 1985 a 650 quilômetros da costa canadense, a 4.000 metros de profundidade, em águas internacionais do Oceano Atlântico. Desde então, a área é visitada por caçadores de tesouros e turistas.

Sem ter estudado esta embarcação especificamente, Alistair Greig, professor de Engenharia Marinha na University College London, sugeriu duas possíveis teorias, com base em imagens do submersível publicadas pela imprensa.

Ele disse que, se houve um problema elétrico ou de comunicações, a embarcação pode ter subido para a superfície e permanecido flutuando, "à espera de ser encontrada".

"Outro cenário é um comprometimento do casco de pressão, um vazamento", explicou. "Então o prognóstico não é bom", acrescentou.

Embora o submarino ainda possa estar intacto durante o mergulho, "são poucas as embarcações" capazes de ir até a profundidade em que o Titan pode ter viajado.

O governo argentino oficializou nesta quarta-feira (14) uma recompensa de 98 milhões de pesos (4,9 milhões de dólares) para quem encontrar o submarino "ARA San Juan", desaparecido em 15 de novembro no Atlântico Sul com 44 tripulantes a bordo.

De acordo com a resolução do Ministério da Defesa, a recompensa será concedida "às pessoas que fornecerem informações úteis que nos permitam encontrar o paradeiro e a localização precisa do submarino".

A recompensa foi anunciada às famílias dos tripulantes desaparecidos pelo presidente Maurício Macri em 7 de fevereiro, embora o montante ainda precisasse ser estabelecido.

O governo explicou que procura "gerar incentivos adequados para que a busca realizada pela Marinha argentina seja complementada com a participação de empresas do setor privado".

Mais de uma dúzia de países contribuiu para a busca do submarino, que desapareceu depois de reportar uma avaria quando navegava do Ushuaia para o porto de Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires.

"Apesar de todos os esforços materiais, humanos, econômicos e tecnológicos, bem como o compromisso e o conhecimento tecnológico e material dedicado à busca do submarino ARA San Juan, os resultados até agora não foram bem-sucedidos", lamentou o governo.

Os parentes pediram às autoridades que expandisse a área de busca e os recursos para chegar à localização da embarcação.

Uma investigação judicial continua aberta para determinar o que aconteceu e as possíveis responsabilidades na tragédia.

O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbí, confirmou na noite desta quarta-feira (6) que houve "oito tentativas de comunicação" da tripulação do submarino ARA San Juan no dia de seu desaparecimento, em 15 de novembro.

No entanto, ele afirmou que "não havia chamadas de emergência" nas conversas e que, algumas delas, eram apenas tentativa de conexão de dados. A fala de Balbí ocorreu após o jornal "El Clarín" revelar dados da empresa Tesacom, uma das responsáveis por analisar tanto as chamadas telefônicas como a conexão de dados.

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Com isso, descobriu-se que houve uma chamada dos tripulantes, após aquela que a Marinha tinha divulgado como a comunicação derradeira.

De acordo com a empresa de tecnologia, uma chamada das 7h19 (hora local) do dia 15 de novembro questionava os superiores sobre o recebimento de duas mensagens anteriores e informava que o submarino estava em "plano de periscópio" a 18 metros de profundidade, "em velocidade de cinco nós e avaria controlada".

O tripulante informa também que pretende descer para o "plano de segurança", que fica a 40 metros de profundidade, para avaliar os problemas nas baterias. A mensagem termina com o marinheiro informando que voltará a entrar em contato para fornecer mais informações.

Anteriormente, no dia 28 de novembro, a Marinha havia informado que a última comunicação relatava a "entrada de água do mar" e um "curto-circuito e princípio de incêndio" nas baterias de número três.

Essa comunicação foi enviada às 8h52(hora local), cerca de duas horas antes de especialistas norte-americanos detectarem um fenômeno semelhante a uma "explosão" onde o submarino deveria estar.

Por conta dessa omissão de informações, os jornais argentinos informaram que o governo de Mauricio Macri, através de seu ministro de Defesa, Oscar Aguad, abriu uma investigação interna para verificar se os chefes da Marinha estão escondendo fatos sobre o desaparecimento.

O governo acredita, ainda conforme as publicações, que esses fatos ocultados podem indicar falhas operacionais da própria entidade, que tenta "escapar" da culpa pela tragédia.

O submarino ARA San Juan desapareceu na manhã do dia 15 de novembro com 44 pessoas a bordo, enquanto navegava pelo Golfo de São Jorge após uma missão em Ushuaia. Desde então, não se tem notícias sobre a embarcação - mesmo com a ajuda internacional de 10 países.

O governo já reconheceu que todos os tripulantes "estão mortos", mas ainda tenta localizar o equipamento como forma de manter sua promessa aos familiares das vítimas.

Da Ansa

O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbi, confirmou nesta quinta-feira (23) que "foi registrado um evento anômalo, curto, violento e não nuclear, equivalente a uma explosão" no submarino ARA San Juan, que está desaparecido desde o dia 15.

Apesar de não precisar a data em que o problema teria ocorrido, o representante informou que a mensagem veio através da embaixada da Argentina na Áustria e que coincide com um relatório de "ruído" recebido dos norte-americanos.

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Mais cedo, o próprio Balbi havia relatado que uma "anomalia hidroacústica" tinha sido detectada em um ponto cerca de 56 quilômetros distante do local onde o submarino fez o último contato com a Marinha.

Por conta disso, aeronaves dos Estados Unidos e do Brasil começaram a vasculhar a área para tentar localizar o submarino.

Atualmente, mais de 10 países atuam na busca pelo equipamento militar que levava 44 pessoas.

"Não sabemos a causa que produziu isso nesse lugar, nesse tempo. Sobre qualquer hipótese ou conjectura, até que não tenhamos uma evidência concreta, não podemos dar nenhuma afirmação conclusiva", acrescentou.

O submarino ARA San Juan fez o último contato na manhã do dia 15, por volta das 11h (hora local), quando estava no Mar Argentino e a pouco mais de 430 quilômetros de distância da Patagônia.

Até o momento, mais de quatro mil pessoas atuam na busca pela embarcação e correm contra o tempo para tentar localizá-lo. Isso porque o suprimento de oxigênio no submarino duraria apenas sete dias, prazo que terminou nesta quarta-feira (22). 

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