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Apoiada incondicionalmente pela torcida presente no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, neste domingo (3), Rayssa Leal tornou-se bicampeã da SLS, principal liga de skate de rua do mundo, ao vencer o Super Crown, a última etapa do campeonato. Com uma apresentação de notas altas desde o início, inclusive um 9,0, o primeiro da história em uma volta da disputa feminina da SLS, foi dominante e fechou com 31,9, à frente da campeã olímpica Momiji Nishya, com 30,6, e Page Heyn, com 28,9.

Assim como na fase anterior, as skatistas tiveram duas voltas de 45 segundos e cinco oportunidades de manobras individuais. A nota final foi a soma das quatro maiores notas, podendo ser composta de uma volta e três manobras individuais, ou quatro manobras individuais, com pontuação máxima de 40 pontos. Melhor colocada de sua bateria na fase classificatória, Rayssa Leal era a última a se apresentar a cada rodada da final.

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O 9,0 conquistado por Rayssa é inédito na etapa de "voltas" da competição. Uma outra nota ainda mais alta já foi dada anteriormente. Oda Yumeka já havia conquistado um 9,4, mas na etapa de "manobras". São as duas únicas mulheres da história a atingir este feito.

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Na primeira sessão de voltas de 45 segundos, os destaques iniciais foram a campeã olímpica Momiji Nishiya, com nota 6,3, e a jovem Chloe Covell, que arrancou um 6,0 dos jurados apostando na precisão de seus ‘flips’. Depois da primeira volta de Rayssa, contudo, a apresentação das duas foi ofuscada, pois a brasileira encaixou ótimas manobras de corrimão para receber um 8,1 e assumir a liderança.

Covell e Nishiya não conseguiram elevar o nível na segunda sessão, com notas abaixo de 6,0 e viram Rayssa brilhar novamente, desta vez com uma nota 9,0, que levou a torcida ao delírio quando anunciada. Na SLS, os noves não são tão constantes. Quem consegue, entra para o chamado "Nine club".

O domínio nas duas voltas fez Rayssa chegar como líder à disputa das manobras individuais. Em sua primeira tentativa, Chloe Covell acertou um ‘kickflip’ sobre a escada, somou 7,3 e mostrou-se uma ameaça ao bi da brasileira, assim como Nishyia, que fez 7,4, mas a maranhense de 15 anos respondeu com um 8,0 ao acertar um "backside tailslide" no corrimão.

Na segunda rodada de manobras individuais, Rayssa fez sua primeira nota abaixo de oito, um 6,4, mas foi o suficiente para retomar a liderança que havia sido tomada por Covell. A diferença entre elas era de três pontos - 23,4 para a brasileira contra 20,4 da australiana.

Já a terceira rodada colocou Yumeka Oda, autora de uma manobra avaliada em 8,6, na briga, somando 20,7 no total e ultrapassando Covell, que não pontuou. Depois, foi a vez de Nishiya somar 8,8 para assumir a segunda posição, com 22,3. Rayssa, contudo, estava em outra rotação e tirou um 8,5 dos jurados para somar 31,9 e disparar na liderança, emocionada por ter acertado a manobra.

Rayssa não conseguiu concluir sua tentativa na quarta rodada e zerou, mas a nota foi descartada, já que contam apenas quatro para a pontuação final. A vantagem construída anteriormente deixou ela bastante tranquila, cinco pontos à frente de Heyn, então segunda colocada e que acabou ultrapassada por Nishiya. Na rodada final, ninguém conseguiu superar Rayssa, que deu a última manobra como campeã.

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Pâmela Rosa não conseguiu avançar à final do Super Crown, última etapa da SLS, principal liga de skate de rua de mundo, para buscar seu terceiro título, mas estava tranquila ao deixar a pista do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, neste sábado. Atendeu um fila de fãs e assinou 'shapes' e fotos, antes de prestigiar a disputa masculina. Tudo isso foi feito com a cabeça no Mundial de Street, campeonato válido pela corrida olímpica, que será disputado em Tóquio, no Japão, do dia 10 ao dia 17.

Na quarta-feira, Pamela já viaja rumo à capital japonesa. "Eu vim aqui, me diverti, e só de estar no Brasil já é muito gratificante. Então, agora Tóquio é a última competição, depois é dar uma descansada, tirar um pouco de férias", comentou a skatista, em entrevista ao Estadão, após uma recepção calorosa dos fãs durante ação da G-Shock, sua patrocinadora.

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Aos 24 anos, Pamela já foi campeã da SLS em 2019 e 2021, além de acumular medalhas no X-Games e títulos da Dew Tour. Agora, seu principal objetivo é ir atrás de uma medalha olímpica. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, foi atrapalhada por um inchaço no tornozelo e não foi à final. "Estou deixando um legado e agora o meu foco é a Olimpíada. Todas as competições que eu participei eu já fiquei no pódio, falta a Olimpíada".

Atual nona colocada do ranking da World Skate, ela está no caminho para Paris-2024, e o Mundial de Tóquio faz parte da corrida pela classificação. A SLS, diferentemente do que ocorreu no ciclo olímpico anterior, não vale vaga para a Olimpíada.

Diante de um calendário tão pesado, Pamela realizou o sonho de construir a própria pista de skate, em sua cidade natal, São José dos Campos, mas nem isso tem ajudado tanto na logística complexa em meio a tantos campeonatos. "Ali eu me divirto também, estou com meus amigos consigo treinar e chegar a 100% das competições, mas com uma competição atrás da outra, não tem nem tempo de treinar ali. Agora, acabando, a gente vai dar uma focada melhor para chegar no ano que vem da melhor agora".

Liderado por Rayssa Leal, o Brasil colocou três skatistas na final em Jacksonville, na Flórida (EUA), na primeira etapa da Liga Mundial de Skate Street (SLS, sigla em inglês). Rayssa, Pâmela Rosa e Gabi Mazetto estão entre as oito finalistas, que será neste domingo.

Ao lado do trio brasileiro estarão outras três japonesas (Yumeka Oda, Momiji Nishiya e Aori Nishimura), uma americana (Poe Pinson) e uma holandesa (Roos Zwetsloot).

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O destaque neste sábado foi a atual vice-campeã da competição. Rayssa marcou 20 pontos, 1,3 a mais que a segunda colocada, Yumeka Oda.

Atual bicampeã do torneio, Pâmela vai para a final com a quarta melhor nota: 15,9. Já Gabi Mazetto pegou a última vaga ao ter 10,2.

Veja a classificação das oito finalistas:

1. Rayssa Leal (BRA): 20

2. Yumeka Oda (JAP): 18,7

3. Momiji Nishiya (JAP): 17,5

4. Pâmela Rosa (BRA): 15,9

5. Aori Nishimura (JAP): 15,3

6. Poe Pinson (EUA): 14,7

7. Roos Zwetsloot (HOL): 13,6

8. Gabi Mazetto (BRA): 10,2

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