RIO DE JANEIRO - A Marinha concluiu na tarde de segunda-feira (11) as buscas pelas vítimas dos naufrágios de dois barcos pesqueiros na Baía de Sepetiba, próximo ao Porto de Itaguaí. Depois de quatro dias de buscas, o último corpo foi encontrado nas proximidades da Reserva Ecológica Sahy, distante cerca de 23 km do local dos acidentes.
Nove pessoas sobreviveram e 12 morreram nos naufrágios das embarcações Lucas Mar e Milemar, que ocorreram na madrugada de sexta-feira (8). O resgate foi realizado com bombeiros do Grupamento Marítimo de Sepetiba, dos quartéis de Angra dos Reis e do grupo de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, militares da Marinha e Capitania dos Portos, além de familiares que ajudaram nas buscas.
##RECOMENDA##Até o momento foram identificados os corpos de Eliezer de Lima Barreto, Nilson Moura, Wanderley Batista dos Santos, Júlio Cesar Braz de Mesquita, Augusto Nery de Faria, Milton Pereira da Silva e Neilton de Souza.
Segundo o capitão de mar e guerra da Capitania dos Portos do Rio, a Marinha abriu um inquérito para apurar as causas do acidente. "O fator meteorológico pode ter contribuído. Há outros fatores também, materiais, operacionais, que também deverão ser considerados na investigação. Nós vamos identificar todas as causas e as responsabilidades", explicou.
A Capitania dos Portos confirmou que o alerta sobre as condições do mar foi repassado muito antes dos acidentes, por meio do aviso aos navegantes e reforçado por e-mail encaminhado pela Delegacia de Itacuruçá, vinculada à Marinha.
"Não existe impedimento do barco ir para água, da mesma maneira que um carro não é impedido de sair do seu prédio quando o tempo está ruim. Cabe a cada comandante de embarcação avaliar. A Marinha divulga o seu alerta de mau tempo justamente para se evitar que se exponha a vida humana a um perigo no mar que já é previsível", esclareceu o capitão.