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Integrantes do PR de Pernambuco divulgaram, nesta sexta-feira (17), um documento repudiando a destituição do deputado federal Inocêncio Oliveira da presidência estadual da legenda. Em coletiva com a imprensa, no início da tarde, os republicanos classificaram a atitude da Executiva Nacional como “arbitrária, injusta, incoerente e desrespeitosa”. Com a retirada de Oliveira do cargo, o deputado federal reeleito, Anderson Ferreira, foi designado pela nacional para assumir a direção do partido em Pernambuco.

Na carta eles pedem que a decisão seja revista, caso isso não aconteça os republicanos afirmaram que poderá ocorrer uma desfiliação em da legenda. No entanto, de acordo com o grupo outras alternativas serão buscadas, antes de uma atitude mais definitiva. 

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Em primeira instância, os membros do PR anunciaram que vão tentar reverter à situação com o diálogo. Eles vão pleitear uma reunião com o presidente nacional, Alfredo Nascimento, e encaminharão a carta-repúdio assinada por 17 prefeitos, 52 vice-prefeitos e 217 vereadores, além dos cinco deputados eleitos no último dia 5 (3 estaduais e 2 federais). Se não resolverem, o segundo método a ser adotado será o jurídico. Se ainda assim não restituírem a direção de Inocêncio Oliveira, em última instância, eles devem optar pela desfiliação. 

A saída de Oliveira foi justificada pelo fato dele apoiar o senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da corrida presidencial. Nacionalmente, a legenda integra a coligação da presidente Dilma Rousseff (PT). O que deixou subentendido, para eles, que Ferreira pode estar marchando com a petista. 

“Não queremos ser levianos, temos que saber dele se é exatamente isso ou não”, frisou o deputado federal eleito Sebastião Oliveira. “Achamos estranho que esta nova comissão tem muitas pessoas ligadas à família de Anderson Ferreira. O partido deixa de ser com grande abrangência, para ser um partido familiar”, completou o deputado estadual eleito, Rogério Leão. 

Segundo Leão, Ferreira foi eleito sem nenhum apoio dos integrantes da legenda, mas pelo segmento evangélico. Reeleito, o novo presidente da legenda no estado foi o quinto mais votado com 150.565 mil votos. 

Indagados se o novo presidente teria participado ou não das costuras para a manobra nacional, o grupo disse não ter obtido êxito nas tentativas de contato com Ferreira e pontuaram que a incógnita ainda é grande entre eles. “Parece irônico, mas não acredito que ele vá se sujeitar a uma situação dessa. Ele demonstra que não vai querer ser general de um quartel sem tropa”, defendeu o correligionário. 

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