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Uma das lendas do esporte brasileiro, Robert Scheidt embarca nesta segunda-feira para disputar sua sétima Olimpíada da carreira. Aos 48 anos, o experiente velejador disse estar bem preparado para brilhar na classe Laser nos Jogos de Tóquio, que começarão no dia 23. Scheidt começará a competir dois dias depois.

"Estou em boa forma e indo bem positivo. É uma sensação boa essa de ir sabendo que fiz o melhor possível. Mesmo se tivesse mais meio ano, não teria muito mais o que fazer em termos de preparação. Agora é a competição, o que mais gosto", projetou o velejador, antes de embarcar.

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Com chegada prevista para terça, pelo horário local, o velejador terá pouco mais de dez dias para finalizar sua preparação in loco. "Vou aproveitar esse período para me acostumar com comida, fuso, calor e umidade em Enoshima, onde será a competição de vela. Também vou treinar e fazer o reconhecimento da raia", afirmou.

Os treinos, contudo, serão restritos, justamente por causa da pandemia. "Serão Jogos com restrições. Basicamente, só poderemos ir do hotel para a marina e criar uma rotina será importante para a performance. Ninguém teve chance de treinar na raia em Enoshima e se preparar bem nesse ponto específico, mas, no fundo, é uma situação de igualdade de condições para todos."

Scheidt vai bater o recorde de participações de um brasileiro em Olimpíadas em Tóquio, assim como Formiga, da seleção brasileira de futebol, e Rodrigo Pessoa, do hipismo. Ambos vão competir no evento pela sétima vez, deixando para trás Torben Grael e Hugo Hoyama, com seis participações cada.

O velejador fez sua estreia nos Jogos de Atlanta-1996, quando faturou o ouro na Laser, sua classe favorita. Ele também foi campeão olímpico em Atenas-2004. E levou a prata em Sydney-2000, também pela Laser. Pela classe Star, conquistou prata e bronze em Pequim-2008 e Londres-2012, respectivamente.

O velejador Robert Scheidt decidiu buscar mais uma vez a vaga olímpica. A intenção do atleta, de 45 anos, é disputar os Jogos de Tóquio, em 2020, na classe Laser, que exige que o competidor esteja muito bem fisicamente. Até por isso, ele já vem fazendo um trabalho de fortalecimento e garante estar em forma para chegar à sua sétima Olimpíada consecutiva.

"Comecei a criar esse pensamento em setembro, quando comecei a treinar com outros estrangeiros. Velejei em alto nível, meu corpo reagiu bem. Venho aos poucos retomando os treinamentos e fazendo a preparação física específica. Ao invés de treinar três horas e meia, será um pouco menos, mas com mais qualidade. Terei de lidar com dores, inevitavelmente, mas sei que o mental puxa muito o físico", explicou. "Espero surpreender positivamente."

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Scheidt começou sua trajetória olímpica em Atlanta, em 1996. Ganhou a medalha de ouro na classe Laser, depois foi prata quatro anos depois nos Jogos de Sydney, na Austrália, e conquistou novamente o lugar mais alto do pódio em 2004, em Atenas, todas na mesma embarcação. Na edição seguinte, em Pequim-2008, foi prata na Star e depois, em Londres-2012, ganhou o bronze. Sua pior colocação na história foi o quarto lugar nos Jogos do Rio-2016, já de volta à Laser.

"Eu ainda me divirto muito velejando e acredito que posso ser competitivo. Isso é fundamental para esse projeto. Não vai ser fácil, teremos alguns altos e baixos, mas acho que tenho chances de brigar pela vaga e tentar disputar mais uma Olimpíada. Não tenho nenhuma lesão que me impeça de competir. O importante é aprender qual o tipo de dor está sentindo", afirmou.

O velejador brasileiro é considerado uma lenda viva da vela e espera conseguir corresponder às expectativas. Um fator que ajudou a pesar em sua decisão foi a sua participação na Copa Brasil de Vela, no final do ano passado, em Florianópolis, quando ficou com a medalha de prata (perdeu no desempate para Bruno Fontes), superando atletas até 20 anos mais jovens em seu retorno à classe Laser.

"Idade não é impeditivo, tenho que usar a experiência que adquiri em todos esses anos. Claro que a preparação terá de ser diferente, terei de ser inteligente", comentou o velejador, que terá sua primeira missão no Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca, em março. Depois tentará disputar o evento em Hyère, na França, e também o Mundial da Laser no Japão, em julho, que é seletivo para a Olimpíada.

"Para esse primeiro evento em Palma de Mallorca não terei apoio da Confederação Brasileira de Vela ou do COB (Comitê Olímpico do Brasil). Tenho patrocínio do Banco do Brasil e da Rolex que me ajudam. Claro que se for bem, fatalmente o pessoal do COB vai me chamar para uma conversa. Espero que isso aconteça. Sei que será uma competição extremamente difícil, com mais de 200 barcos", disse.

O Brasil conseguiu as duas medalhas pelas quais brigava nas regatas da medalha (medal races) do Troféu Princesa Sofia, uma das mais tradicionais competições internacionais de vela, realizada em Palma de Maiorca, na Espanha. Fernanda Oliveira e Ana Barbachan não conseguiram manter a liderança da 470 Feminina, mas faturaram a prata. Robert Scheidt também ficou em segundo, mas depois de vencer a medal race da Laser e ganhar uma posição.

Fernanda e sua proeira, Ana, lideraram a competição da 470 desde a primeira das 10 regatas da fase de classificação. Elas chegaram à medal race empatadas em primeiro, mas ficaram só em sétimo na regata final. Terminaram com a prata, atrás de Agnieszka Skrzypulec/Irmina Mrozek Gliszczynska, da Polônia.

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Medalhista de bronze em Pequim, quando velejava com Isabel Swan, Fernanda é forte candidata a mais uma medalha no Rio. Desde o início do ano passado, ficou entre as cinco primeiras de quase todas as competições que disputou - exceto um 12º lugar no segundo evento-teste - e terminou em quarto o Mundial, disputado em fevereiro.

Robert Scheidt também vem em grande fase. Como de costume, cresceu na reta final do Princesa Sofia. Ganhou a medal race e alcançou a prata, só atrás do neozelandês Andrew Maloney, que já havia assegurado o ouro. O brasileiro vem de títulos na etapa de Miami da Copa do Mundo e no Brasileiro - que contou com diversos velejadores internacionais.

O outro barco brasileiro que chegará ao Rio brigando por medalha, da 49erFX, formado por Martine Grael e Kahena Kunze, abandonou em Palma de Maiorca já no terceiro dia, porque Kahena começou a sentir dores no joelho. A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) já informou que ela não preocupa para a Olimpíada.

Neste sábado, o Brasil ainda participou de outras duas medal races. Na Finn, Jorge Zarif foi terceiro na regata e terminou em nono no geral. Marco Grael/Gabriel Borges também acabou em nono na 49er, ganhando uma posição.

Os demais brasileiros já encerraram suas participações. Samuel Albrecht/Isabel Swan ficou em 14º na Nacra17, Fernanda Decnop em 24º na Laser Radial e Henrique Haddad/Bruno Bethlem em 27º na 470 Masculina. Da equipe que irá à Olimpíada do Rio, só Bimba e Patrícia Freitas, da RS:X, não foram ao Princesa Sofia.

Com a medalha de prata em Toronto, Robert Scheidt se despediu dos Jogos Pan-Americanos. Nas edições que participou, ele conquistou três ouros e duas pratas no total. "Provavelmente é meu último Pan. Foi uma honra representar o Brasil mais uma vez. Tiro boas lições dessa competição para me preparar para a Olimpíada", diz.

Aos 42 anos, ele explica que chegou sem estar no auge da sua forma, até porque participou recentemente do Mundial, quando não teve um bom desempenho. "A medalha de prata no Pan serve para começar bem um novo ciclo de preparação para 2016. O evento-teste em agosto, no Rio, será uma ótima oportunidade para mostrar resultado."

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Ele sabe que a classe Laser exige muito do preparo físico, mas lembra que a experiência também é muito importante. "Não tenho mais 25 anos, então tenho de dosar um pouco. Preciso encaixar o treinamento para chegar no auge nas competições mais importantes. Mas na vela, já ter passado por pressão e vivido experiências conta muito", garante.

A medalha de ouro ficou com Juan Maegli, da Guatemala, que ficou em quarto lugar no último Mundial. "Eu optei por largar mais por fora, só que o vento não ajudou. Até encostei nele na primeira boia, mas ele soube se defender bem e manteve a dianteira", comenta Scheidt.

Agora, ele aguarda a convocação da Confederação Brasileira de Vela, que pode oficializar o atleta como representante do Brasil nos Jogos Olímpicos. "É essa disputa por uma vaga que te tira da cama cedo e te faz treinar mais. Pelo menos aqui conquistei o objetivo, que é sempre sair com medalha", conclui.

Num dia prejudicado pelo mau tempo, que permitiu a disputa de apenas uma das duas regatas programadas na classe Laser, Robert Scheidt perdeu a liderança do Mundial de Vela. Ao ser desclassificado por sair antes da largada da prova, o velejador brasileiro caiu para o quarto lugar na classificação geral do campeonato que acontece em Santander, na Espanha.

Em busca de seu 11º título mundial na Laser - é o atual campeão, depois da vitória no ano passado em Omã -, Scheidt terminou o primeiro dia em Santander na nona colocação. No sábado (13), porém, já subiu para a liderança. Agora, com a desclassificação na única regata deste domingo (14), ele passou a ocupar o quarto lugar no geral, com 19 pontos perdidos.

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"Nas condições que estamos enfrentando, com ventos fracos, largar bem é fundamental para ficar entre os primeiros colocados de uma flotilha grande, com 49 barcos. Para largar bem você precisa correr alguns riscos. Hoje (domingo), o vento estava jogando muito para fora da linha de partida, o que favorecia os erros, conforme aconteceu com vários velejadores. Eu exagerei, fui agressivo demais e acabei desclassificado", contou Scheidt, lembrando que outros 10 competidores foram desclassificados da única regata do dia.

O novo líder do Mundial é o holandês Nicholas Heiner, com 11 pontos perdidos, seguido pelo norte-americano Charlie Buckingham e pelo australiano Tom Burton, ambos com 18. Ainda restam cinco regatas até a definição dos 10 primeiros colocados, que disputarão a Medal Race na quinta-feira, com pontuação dobrada, para apontar o campeão.

Nesta segunda-feira, o dia seria de descanso na programação do Mundial, mas, se o tempo estiver bom, pode acontecer uma regata para compensar a que não foi disputada neste domingo. Além de Scheidt, o Brasil tem mais dois velejadores na Laser: Bruno Fontes, que aparece em quinto lugar, e Alex Veeren, apenas na 64ª colocação.

"É uma pena ter feito esse resultado, porque queimei o meu descarte e preciso ir bem de qualquer jeito nas próximas regatas. Mas também não posso ser muito conservador, pelo que aconteceu. Os riscos vão continuar existindo e tenho que fazer a minha regata, continuar velejando bem. Será bom o dia de descanso, para eu colocar a cabeça no lugar e voltar com força total na terça", disse Scheidt.

Depois de um começo tímido, ao terminar o primeiro dia de disputa em nono lugar, Robert Scheidt já assumiu a liderança do Mundial de Vela, que acontece em Santander, na Espanha. Neste sábado (13), o brasileiro venceu uma regata e conseguiu a terceira colocação na outra, o que foi suficiente para levá-lo para a ponta na classificação geral da classe Laser.

Dono de 10 títulos mundiais na Laser, incluindo o da última edição do campeonato, no ano passado, em Omã, Scheidt tem agora seis pontos perdidos em Santander. O holandês Nicholas Heiner está em segundo lugar com oito, enquanto o australiano Tom Burton, considerado o principal rival do brasileiro na disputa, aparece na terceira posição, com 10 pontos perdidos.

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"O vento estava difícil, com muita corrente na raia. Marquei bem melhor nas duas regatas de hoje (sábado) e velejei com mais consistência", contou Scheidt. "Consegui uma pequena vantagem na liderança, mas temos seis regatas pela frente e o nível vai subir ainda mais, com muitos pontos em jogo. Este será um campeonato em que a média de resultados prevalecerá."

Mais dois brasileiros disputam a classe Laser em Santander. Bruno Fontes está em quarto lugar, também na briga por medalha, enquanto Alex Veeren aparece apenas na 59ª posição. No Mundial, ainda serão disputadas seis regatas até que os 10 melhores avançam para a Medal Race, que terá pontuação dobrada e acontecerá na quinta-feira, para definir o título da competição.

Uma das duplas favoritas a medalha de ouro, Robert Scheidt e Bruno Prada participam, neste domingo (29), das primeiras regatas dos Jogos Olímpicos de Londres. A dupla brasileira disputa as duas primeiras regatas na categoria Star. Vale a pena lembrar que Scheidt e Prada foram medalhistas de prata em Pequim-2008 na mesma classe.

Scheidt, aliás, tem outras três medalhas. Caso seja premiado mais uma vez, ele vai se igualar ao também velejador Torben Grael como maior medalhista olímpico do Brasil. Vale a pena ressaltar que a vela era, até ontem, o esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil em Olimpíadas, 16. Porém, com as medalhas de Sarah Menezes e Felipe Kitadai, o judô passou a ter 17 pódios.

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As regatas na vela começam a partir das 8h (de Brasilia), na baia de Weymouth. Estão previstas dez regatas na classe Star, com descarte do pior resultado. Dezesseis  duplas estão inscritas e as dez primeiras avançam à final. Também neste domingo, Jorge Zarif estreia na classe Finn.

   

Depois de uma colisão logo na regata de abertura, os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada terminaram o primeiro dia do Mundial de Vela, neste domingo, na 9ª colocação geral da classe Star. A competição, realizada nas raias de Perth, na Austrália, vale vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Favoritos, Scheidt e Prada tiveram um início de Mundial frustrante por conta de uma colisão com um adversário. O choque gerou uma penalidade que deixou os velejadores na última posição entre os 41 barcos da disputa. Apesar da punição, eles terminaram a primeira regata na 13ª colocação, depois de uma boa reação. "Chegar em 13º acabou sendo bom diante das circunstâncias", comentou Prada.

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Com o sétimo lugar na segunda regata, a dupla garantiu o 9º lugar geral, com 20 pontos perdidos. "Na segunda regata, estávamos brigando pelo terceiro lugar e um pequeno vacilo nos empurrou para sétimo. E óbvio que não estou satisfeito. Mas amanhã é outro dia e temos muitas regatas ainda pela frente", avaliou o proeiro campeão do mundo e medalha de prata em Pequim 2008.

Os líderes da classe Star são os ingleses Iain Percy e Andrew Simpson, com sete pontos perdidos. A competição terá sequência nesta segunda-feira com mais duas regatas em Perth.

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