Nascida na véspera de ano-novo, a carioca Bárbara Dewet se apresenta em seu site como uma "blogueira, formada em Cinema, professora, Galaxy Defender, Jedi, Sonserina, fã de Kpop, empresária neurótica, amante de séries de TV coreanas e filmes bobos americanos". Mais do que isto, a loira é autora da trilogia Sábado à Noite e se prepara para o lançamento do segundo volume da série. Entre uma postagem e outra em seu badalado blog e canal no Youtube, ela conversou com o Portal LeiaJá e contou um pouco sobre a sua história e os desafios para entrar no mercado editorial.
Como foi o seu primeiro contato com a literatura? Quando você começou a escrever as suas próprias histórias?
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Comecei a ler muito nova e quando era pequena eu costumava escrever de tudo em cadernos. Não era bem contato com a literatura, por que eu lia histórias do Rei Arthur, mas foi um começo. Minha mãe sempre foi dona de escola e por isso sempre tive muitos livros em casa, mas só fui escrever mesmo quando conheci Harry Potter e comecei a fazer fanfics para internet.
Como é transpor o mundo das fanfics para a literatura? Qual a maior diferença entre essas duas escritas?
Para mim são mídias diferentes. A fanfic não tem necessidade de descrições ou de fazer um sentido completo, sabe? Para transformar SAN (Sábado à Noite) de fanfic pra livro foi um pouco difícil por isso, eu estava acostumada com o estilo da fanfic, que tem uma coisa da escrita imediata, se tiver erros você pode chegar e arrumar. Você pode ouvir os leitores e melhorar ou transformar sua história quase que em tempo real pela internet.
Qual foi a maior dificuldade para transformar Sábado à Noite de fanfic para livro?
Definitivamente a quantidade de diálogos e personagens que foram criados! Como fanfic isso é super possível, mas como livro pode ser um pouco complicado.
Você lançou uma espécie de trilha sonora para a publicação, fez booktrailers, por que a escolha dessa "multimidiatização" do livro?
Sempre quis que SAN tivesse essa mistura de mídias. É um livro sobre adolescência e música, queria que os leitores pudessem ter mais contato com outros lados da história. Que pudessem vivenciar isso.
Essa ideia foi uma tentativa de afastar o livro da banda e mostrar que a publicação ganhou vida própria?
Não tanto pra afastar do McFly em si. Sempre acabo trazendo eles à tona, mas SAN ganhou sim vida própria. É fantástico ver isso.
Além de vivenciar a história, os seus leitores têm diversos meios de entrar e estar em contato com você. Você acredita que este seria um dos principais diferenciais para o sucesso de sua obra?
Acho que isso é básico hoje em dia pra escritores, inclusive pra jovens. Não acho que seja um diferencial, mas acredito que aproxima o leitor do autor e isso me ajudou e ajuda muito na hora de falar do livro e de novos projetos.
Quais são seus novos projetos?
SAN 2 que sai em julho com lançamentos em vários estados, ainda não sabemos quais. Tem outro livro que estou escrevendo que também é sobre música - uma escola de música! - que deve ficar pronto antes de SAN 3! Fora isso tem os vídeos e o canal, estamos preparando novos programas para falar, além de k-pop, de música e livros também.
Como foi o processo de lançamento da primeira versão de Sábado à Noite, ainda de forma independente?
Quando pensei em lançar SAN como livro eu não cheguei a pensar em enviar para editoras. Queria fazer sozinha, aprender o mercado, conhecer no que eu estaria me metendo. Até porque editoras demorariam pra me responder e eu sou ansiosa, queria trabalhar! Então corri atrás, liguei pra várias gráficas e fui aprendendo o passo a passo, com a ajuda dos meus amigos. Naquela época a publicação independente não era tão fácil como é hoje, com editoras cobrando um preço fechado pra produzir seus livros, nem informações eram tão fáceis de encontrar.
Quantos exemplares saíram nesta primeira tiragem?
Fiz uma tiragem de mil livros, que acabaram em quase um ano e meio! No fim de 2011 eu já tinha vendido tudo e assinei com a editora. A parte de divulgação foi a mais intensa por que eu vendia o livro sozinha pela internet, então precisei da ajuda de blogueiras e precisava dar minha cara a tapa em eventos.
Quando foi que você começou esse trabalho de correr atrás da publicação?
Quando meus livros independentes acabaram! Então eu queria o próximo passo, levar SAN para as livrarias e tal. A minha editora atual me deu uma super liberdade. Por isso acabei lançando com ela. Queria poder continuar meu trabalho.
O que as pessoas podem esperar de SAN 2? Conta um segredo só para o Portal LeiaJá?
SAN2 vai mostrar a Amanda mais madura, tentando acertar os erros do passado e ser uma pessoa melhor. Tem muita música também, e a Scotty vai virar uma banda de verdade, bem profissional. O segredo de SAN2 é que um dos personagens vai pensar seriamente em casar.