Tópicos | Roy Jones Jr

Mike Tyson foi para a entrevista coletiva, após a exibição diante de Roy Jones Jr., com o nariz dolorido, cansado, mas bastante satisfeito com o entretenimento proporcionado aos fãs do boxe no Staples Center, em Los Angeles.

Entusiasmado, o campeão mais jovem dos pesos pesados afirmou que quer voltar a lutar em no máximo dois meses, possivelmente em Saint Tropez, na França. Ele não revelou quem pode ser o adversário, mas a expectativa é de que Evander Holyfield seja o nome escolhido.

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"Eu quero lutar de dois em dois meses. Nunca me senti velho, sempre tive energia. Agora estou com o nariz doendo e muito cansado, mas estou feliz e vou voltar com melhor preparação da próxima vez", disse o ex-boxeador, de 54 anos.

Tyson disse que jamais pensou que a exibição seria um fracasso. "Eu gosto de pressão. Eu sempre me supero e foi o que aconteceu. Fizemos um planejamento, seguimos e atingimos nosso objetivo", disse o Iron Man. "Vamos seguir com este projeto, pois poderemos ajudar muitas pessoas."

Sobre a luta, Tyson elogiou a forma "inteligente" de Jones impedir seu ataque. "Não consegui aplicar um golpe sólido, mas acho que venci a luta. Deram empate, mas não tem problema. Valeu pela exibição".

VOLTA AOS MOMENTOS DE GLÓRIA - A exibição no Staples Center, em Los Angeles, neste sábado, foi como deveria ser. Repleta de charme, que fez os fãs mais saudosistas voltarem no tempo e relembrar os momentos de glória de duas lendas do boxe.

Em uma forma espetacular para um homem que não lutava profissionalmente há 15 anos e que chegou a pesar mais de 140 quilos, Tyson surpreendeu ao se movimentar e disparar os golpes com grande velocidade. Com 99,9 quilos, calção preto e sapatilha preta, deu a impressão de ser o garoto que em 1986, aos 20 anos de idade, se sagrava pela primeira vez campeão mundial.

Jones, que nunca pesou 95 quilos e não foi um peso pesado natural, sentiu a idade, o peso e os golpes de Tyson sempre aplicados no corpo, de forma moderada, mas dura. O jeito foi abusar dos clinches e tentar usar o contragolpe (sem sucesso). No oitavo e último round, arriscou uma dancinha, só para deixar a sua marca, assim como Tyson também voltou a morder o dedo da luva.

Ao final, ficou o gostinho de "quero mais" e tudo indica que outros desafios virão. Tyson x Evander Holyfield é uma grande possibilidade. Vai ser bom demais. Tyson x Jones deu empate, mas o boxe saiu vencedor mais uma vez.

A luta exibição contra Roy Jones Jr., em 12 de setembro, em Carson, na Califórnia, não será a primeira deste tipo para Mike Tyson. Em 21 de outubro de 2006, em Ohio, um ano após pendurar as luvas, o ex-campeão mundial dos pesos pesados, então com 40 anos, subiu no ringue para quatro rounds com Corey Sanders, um adversário nove anos mais jovem e com protetor de cabeça. A ideia, que não teve sucesso, era fazer uma turnê de lutas pelo mundo.

Tyson estava visivelmente acima do peso e lutou com uma camiseta - apoiando o então governador de Maryland, Michael Steele, candidato ao senado norte-americano. Mesmo bem fora de forma, ao contrário dos dias de hoje, o ex-campeão levou mais de seis mil pessoas ao ginásio. Logo acertou uma boa combinação de golpes e mandou o rival a knockdown. Ainda no primeiro round, um fortíssimo direto de direita abalou bastante Sanders, que precisou ser amparado pelo próprio Tyson.

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Orientado pelo ex-campeão Jeff Fenech, Tyson se movimentou e concentrou seus golpes mais fortes na linha de cintura do oponente, que praticamente não acertou a cabeça de Tyson, pois seus golpes eram bem mais lentos que o normal. No terceiro assalto, com a diminuição no ritmo da luta, foi possível notar algumas vaias do público.

As críticas fizeram Tyson acertar dois bons golpes na curta distância que deixaram Sanders, de 1,98 metro e 132 quilos, visivelmente tonto. No quarto e último assalto, Sanders ficou nas cordas e Tyson acelerou os golpes no fim. Os fãs gostaram e Tyson, muito cansado, foi declarado o vencedor.

Na época, nenhum comentário foi feito com a intenção de deslumbrar a possibilidade de um retorno do ex-campeão. Quatorze anos depois, parece algo possível.

ADVERSÁRIO - Roy Jones Jr. tem uma grande curiosidade em sua carreira. Em 1996, Jones jogou basquete à tarde pelo time de Jacksonville e à noite foi enfrentar Erik Lucas e venceu a luta após 12 assaltos, mantendo o cinturão dos supermédios da Federação Internacional de Boxe (FIB). O amor pelo basquete passou para o filho Roy Jones III, que se tornou um grande jogador universitário.

Para alguns críticos, esta e outras atitudes de Jones colaboraram para que seu físico ficasse deteriorado no fim de carreira. O pugilista também ganhou muito peso durante os anos, ao se sagrar campeão dos médios (até 72kg), supermédios, meio-pesados e pesos pesados (até 90kg).

Especialistas afirmam que Jones pagou um preço alto por exigir demais de sua parte física, ao subir até os pesados e depois retornar para os meio-pesados, o que lhe valeram algumas derrotas inesperadas.

O brasileiro Anderson Silva surpreendeu a todos através do Twitter. Na rede social, o sempre tranquilo lutador desafiou o campeão de boxe Roy Jones Jr.

Mesmo que em tom de elogio, tal declaração foge do perfil do Spider. “Grande Roy Jones Jr., gostaria de ter a chance de lutar com você! Você é um grande campeão”, escreveu o ex-campeão dos médios do UFC.

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Entretanto, a “super luta”, caso possível, terá que esperar um pouco. O próximo desafio de Anderson Silva está agendado para o dia 28 de dezembro. O brasileiro encara uma revanche contra Chris Weidman, atual dono do cinturão.

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