Tópicos | Rosh Hashaná

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'Um ano bom e doce' (Shaná Tová Umetuká), é o que a comunidade judaica deseja para o 5774º ano que se inicia. Em meio às orações, o clima foi de muita alegria e confraternização. Os alunos do Colégio Israelense de Pernambuco, pais e parentes mais próximos realizaram nesta quinta-feira (5), mais uma parte de celebração do ano novo. 

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Crianças e jovens fizeram uma apresentação onde cantavam e dançavam músicas tradicionais. Uma das representantes do Haborim Dror – que é o movimento juvenil judaico internacional – Renata Scherb, de 21 anos, explicou a importância deles para conservação da cultura judaica. “Meus pais faziam parte do Dror e segui seus passos, já meu irmão não quis, é optativo. O movimento juvenil é o que sustenta o judaísmo aqui em Recife. Em São Paulo, por exemplo, a comunidade é muito maior e não tem um movimento tão grande”. 

Renata contou também que quando alcançam a maioridade, eles têm o direito de participar de um intercâmbio em Israel. “As crianças entram com 8 anos no Dror, é um processo educacional que vai até os 15. Depois que eles aprendem muita coisa sobre nossa cultura e chegam aos 18 (se quiserem) vão para Israel e passam 1 ano lá. Nós vamos para lá, não para estudar, mas sim para conhecer a cultura do nosso povo e fazer trabalhos sociais”, pontuou.

A jovem explica ainda que pretende dar a mesma educação religiosa aos seus futuros filhos. “O que eu passei em Israel foi incrível. Lá é realmente o que aprendemos aqui, nossa cultura. Eu me sentia em casa. Fizemos diversos trabalhos sociais que me transformaram. Hoje tenho certeza que, como os meus pais, quero incentivar meus filhos a estudare, aqui (Colégio Israelense) e quem sabe, eles seguirão meus passos. Assim que eu voltei, pensei em voltar pra Israel e morar lá, mas agora criei vínculos aqui. Quem sabe no futuro eu não volte para lá?”.

Após as orações e cânticos, as pessoas se reuniram para confraternizar em volta de uma mesa repleta de pratos tradicionais da cultura judaica como bolo de mel, maçã, torta de cebola, romã e o Challah – que é conhecido como pão trançado. O próximo evento é o mais marcante para os judeus, o Yom Kipur ou o Dia do Perdão, acontecerá no dia 13 de setembro.

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Diferente do tradicional Réveillon brasileiro, o ano novo judaico – chamado de Rosh Hashaná – não tem representação histórica, apenas religiosa, onde a auto reflexão e ‘‘penitência’’ marcam o momento para este povo. Ele se inicia nos dois primeiros dias do mês tishrei, correspondentes, em 2013, aos dias 05 e 06 de setembro no calendário civil e dura 10 dias.  

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No período é celebrado o sexto dia de criação do mundo, quando Deus criou o primeiro homem – Adão – portanto, o aniversário de toda a humanidade. Passou a ser considerado o ano novo judaico, em épocas pós-exílio e, a partir da literatura pós-bíblica, começou a ser chamado de Rosh Hashaná (cabeça do ano), que deveria ser anunciado pelo Shofar – chifre de carneiro ocado. 

O instrumento de sopro é tocado diariamente durante todo o mês de elul, que precede ao mês tishrei, anunciando a chegada de um novo ano. O primeiro dia do Rosh Hashaná é conhecido como Yamim Noraim, que significa "dias temíveis". O ano novo é celebrado nas sinagogas, onde serão pronunciadas orações direcionadas à relação do ser humano com Deus e consigo mesmo. 

Segundo o Prof. St. Cloud da Universidade Estadual de Minnesota, o rabino-progressista Joseph Edelheit, este momento serve de preparação para o Yom Kipur – Dia do perdão. “É um período de introspecção, para pedirmos perdão por todos os nossos erros”, afirmou o rabino.

A coordenadora de Estudos Judaicos do Colégio Israelita, Ilana Kreimer, explica que todo esse processo não é apenas para pedir perdão a Deus, e sim para que o judeu torne-se uma pessoa melhor. “Esse momento serve para nós perdoarmos uns aos outros, isso nos torna melhores. E uma pessoa melhor, contribui com a sociedade no geral”. 

Os alunos do Colégio Israelita conversaram sobre o que é o Rosh Hashaná e o quanto o período é importante para eles. “Para nós, esse momento é quando Deus vai colocar nosso nome no livro da vida e somente no outro ano é que ele poderá colocar de novo. Se nós não nos arrependermos das coisas ruins que fizemos, não teremos direito a ter o nome no livro e é ter o nome lá que nos dá anos de vida”, explicou Léa Ribemboim, de 8 anos.

O objetivo do Yom Kipur (dia 15 de setembro) é conseguir atingir a “pureza”, que de acordo com o judaísmo, é a finalidade para qual fomos criados por Deus. Neste dia, é realizado um jejum que dura em torno de 25 horas, começando ao anoitecer da véspera (14/9), até o aparecimento da primeira estrela no outro dia, onde acontece o encerramento - que também é feito com o toque do Shofar.

Os judeus comemoram na quarta (4) o Rosh HaShaná (Cabeça do Ano), o Ano Novo judaico, que começa ainda ao pôr-do-sol e celebra a criação do mundo e da humanidade. A festa não comemora um acontecimento específico do povo judeu, mas a unidade da humanidade.

Tradicionalmente na noite do Rosh HaShaná, os judeus vão as sinagogas rezar e ouvir o toque do shofar (espécie de berrante feito com chifre de carneiro) que anuncia a chegada do Ano Novo e representa a liberdade e a redenção. Depois das orações, as famílias se reúnem na mesa de jantar que é composta por comidas típicas, cada uma com significados próprios.

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Dando seguimento às comemorações, a mais importante acontece no dia 13 de setembro, quando tem início o Iom Kipur (Dia do Perdão), a data mais sagrada do calendário judaico. Até a data, os judeus aproveitam para fazer reflexões sobre os atos cometidos e comprometer-se com o arrependimento.

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