Recentemente, usuários do Apple Watch, o relógio inteligente da Maçã, têm relatado experiências com o dispositivo e que mudaram suas vidas para sempre. Com a função de contagem e alerta sobre batimentos cardíacos, o relógio é capaz de detectar disfunções cardíacas e ser o primeiro a indicar ao utilizador que há algo de errado com a sua saúde. Foi o caso da brasileira Camila Corsini, que contou ao blog de tecnologia Tilt ter descoberto, em 2020, um problema com a taquicardia.
Corsini já usava uma smartband da Xiaomi, mas queria algo mais sofisticado e adquiriu o Apple Watch Series 3. No primeiro dia de uso, então, saiu para uma caminhada longa, de um trajeto de 1,6km, predominado por descidas. Após 15 minutos, o Watch enviou uma notificação avisando que seu coração estava a 210 batidas por minuto.
##RECOMENDA##Camila afirmou que não fazia ideia do que isso significava (nem qual seria o grau satisfatório de batidas por minuto), mas sabia que eles estavam acima do normal. Em caminhadas curtas e sem muito esforço, ela escreveu que a frequência chegava a 130bpm; em repouso, nunca ficava abaixo dos 100bpm. Segundo a usuária, boa parte de sua família tem histórico de doenças cardiovasculares. Apesar de ser sobrepeso, Corsini não fuma, bebe pouco e diz raramente comer frituras.
O que motivou Camila a comprar o Apple Watch foi a vontade de ter uma vida mais saudável, mas isso ocorreu após a morte do seu tio, que teve um infarto fatal aos 50 anos. Considerando todos os eventos, ela marcou uma consulta com o cardiologista “para ter a certeza de que não tinha entrado em paranoia à toa”, afirmou. Após constatar que, de fato, sua frequência cardíaca era mais alta que o normal, diversas hipóteses foram levantadas e descartadas até o diagnóstico final: taquicardia.
A partir de então, Camila começou a ser acompanhada por uma nutricionista e um endocrinologista, e incluiu mais exercícios físicos na sua rotina.
Caso nos Estados Unidos
Depois de identificar a queda de um usuário idoso e acionar o serviço de emergência, o Apple Watch ajudou a salvar mais uma vida em perigo nos Estados Unidos. Desta vez, o gadget alertou uma mulher sobre a ocorrência de um possível ataque cardíaco, conforme relato do canal WZZM nesta segunda-feira (5).
Moradora de Norton Shore, no estado de Michigan, Diane Feenstra recebeu um alerta de 169 batimentos cardíacos por minuto do seu gadget. Desconfiada, pois não estava fazendo nenhum exercício, ela ligou para o médico, que a encaminhou imediatamente ao hospital.
Ao fazer um eletrocardiograma, o resultado foi surpreendente: ela sofreu um ataque cardíaco, mas não percebeu. No mesmo dia, Feenstra havia sentido dores no ombro, na mão esquerda e no peito, sintomas associados ao infarto, mas ignorou os sinais e só tomou uma atitude após a notificação do dispositivo da Apple.