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O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 não vai contar com um centavo de dinheiro público. A informação, nova, foi dada pelo diretor de comunicação do órgão, Mario Andrada, durante um painel no 8º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que terminou nesta terça-feira, na PUC do Rio, e reuniu 1,3 mil pessoas de 87 países.

O próprio dossiê da candidatura do Rio previa que 31% do dinheiro do Comitê Organizador dos Jogos viria da prefeitura da cidade. Agora, conforme a informação de Mario Andrada, os custos administrativos do órgão serão bancados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

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Ainda de acordo com o diretor de comunicação do Comitê Organizador, a divulgação da Matriz de Responsabilidade das três esferas de governo sobre os gastos com os Jogos do Rio ainda está sem prazo definido. O COI já cobra essa medida há três anos.

Mario Andrada atribuiu em parte essa indefinição sobre a Matriz de Responsabilidade à mudança do cenário político no País desde o início das manifestações de rua, em junho. Para ele, haveria agora um cuidado extremo das autoridades para divulgar números precisos. "Posso garantir a transparência do Comitê Organizador com relação a gastos, investimentos, números", disse o diretor.

Do debate no Congresso Internacional da Abraji, participaram estudantes e jornalistas, entre os quais Jorge Luiz Rodrigues e Gilmar Ferreira, que já cobriram várias edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos e dividiram a mesa com Mario Andrada.

Não será em 2014 que o Complexo de Deodoro, principal legado estrutural dos Jogos Pan-Americanos do Rio/2007, será testado como palco do tiro esportivo na Olimpíada de 2016. O Rio havia conquistado o direito de sediar uma etapa da Copa do Mundo no ano que vem, mas o Brasil abriu mão de receber a competição. Falta recursos para organizar o evento e para reformar o Centro Nacional de Tiro Esportivo (CNTE). Neste ano, o Athina Onassis Horse Show, evento de hipismo que seria em Deodoro, também foi cancelado. Ambos serviriam com teste olímpico.

"Tínhamos que buscar um recurso, que havia sido disponibilizado pelo Ministério do Esporte, mas o período de captação ia coincidir com a data do evento. Já que não teria o recurso, preferimos desistir de organizar", explica Luciano Parreira Alves, secretário geral da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE).

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A Copa do Mundo da modalidade tem três tipos de eventos: etapas só de tiro ao prato, etapas só de rifle e pistola, e etapas com todas as provas olímpicas. A do Rio seria na primeira quinzena de abril de 2014, apenas com tiro ao prato. No Mundial da categoria, no fim de agosto, em Lima, Roberto Bastos foi oitavo colocado na Fossa Olímpica.

"Usualmente o repasse do Ministério tem sido no final de março, começo de abril, exatamente quando aconteceria a Copa do Mundo. A gente não poderia tentar fazer o evento sem recurso, porque pelo convênio a gente não pode pagar nada retroativo", explica Alves.

Apesar do cancelamento da etapa de 2014, a CBTE tem certeza que receberá a Copa do Mundo em 2015, num evento com todas as provas olímpicas. Para isso, pedirá ao Ministério do Esporte dinheiro para realizar duas obras cobradas pela federação internacional: colocar uma barreira visual ao fundo do estande (atualmente pode-se ver a Avenida Brasil ao fundo, o que atrapalha o atirador) e fazer a terraplenagem do local. "É uma área de aterro, com o tempo isso foi cedendo", justifica o dirigente.

Deodoro recebeu a Copa do Mundo em 2008, logo depois de o local ser construído para o Pan, mas em seguida o Rio saiu do calendário. Quando voltar, também terá que trocar todos os alvos eletrônicos das provas de rifle e pistola, por equipamentos mais novos. A CBTE ainda quer fazer um "upgrade" sustentável no maquinário de lançamento de pratos, adquirindo equipamentos que funcionam com luz solar.

"Queremos que fique tudo pronto em 2015. Não só pensando na Olimpíada, mas para que a equipe brasileira possa treinar um pouco mais com o que vai ser em 2016", comenta Alves. A ideia da CBTE é contratar um treinador cubano e deixá-lo morando no Rio, para treinar os atletas que se deslocarem até Deodoro.

Neste ano, o complexo esportivo recebeu uma etapa da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno, mas viu ser cancelado o Athina Onassis Horse Show, principal evento de hipismo realizado no País, programado para o fim de outubro. "A insegurança causada pelas dificuldades no cumprimento do cronograma de obras de infraestrutura do centro de hipismo e de seu entorno inviabilizou a realização do evento", explicaram os organizadores, na ocasião.

O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de sobrepreço nas obras de construção do laboratório que vai fazer as análises antidoping nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. No dossiê de candidatura da cidade, entregue ao Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2009, a construção do novo Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) da Universidade Federal do Rio (UFRJ) tinha custo estimado em R$ 29,6 milhões. Agora, sairá por R$ 85,2 milhões.

De acordo com o relatório do TCU, parte dessa elevação do preço pode estar relacionada a mudanças na "concepção original" do projeto, mas "a excessiva variação evidencia a falha de planejamento", escreveu o relator, ministro Raimundo Carneiro. O tribunal analisou a etapa em execução da construção (a segunda das três previstas), orçada em R$ 15 milhões e realizada pela Galcon Construções e Participações Ltda.. Nesta fase, estão previstas as obras de fundações, estrutura e alvenaria.

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Outro problema apontado pelo relatório do TCU é que, pelo contrato, a obra deveria estar sendo realizada em três turnos, e não dois, como tem sido, "o que gera risco do empreendimento não estar concluído no prazo". Mas o relator fez a ressalva: "Apesar dos riscos de atraso, notou-se que a contratada conseguiu cumprir as etapas previstas no cronograma físico no primeiro mês de execução".

Os valores na planilha orçamentária, segundo o TCU, foram subestimados, e isso poderia resultar em aditivos contratuais, o que elevaria ainda mais o custo.

ATRASO - O TCU também verificou "atrasos injustificáveis" nas obras para construção do complexo esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio, que vai receber a disputa de sete modalidades nos Jogos de 2016. Segundo o tribunal, "em alguns casos, as obras terão conclusão posterior à realização dos eventos-teste previstos pelo COI".

Um impasse que se agravou nos últimos dias pode levar o Flamengo a romper o contrato firmado em dezembro de 2011 com a maior potência olímpica mundial, os Estados Unidos, e não mais ceder a Gávea para os treinos dos atletas relacionados pelo Comitê Olímpico Norte-Americano (Usoc). Os visitantes ocupariam boa parte da sede do clube pouco antes dos Jogos de 2016. Em troca, pagariam US$ 400 mil (cerca de R$ 805 mil). A nova diretoria do Flamengo, no entanto, não concorda com esses valores e quer pelo menos US$ 4 milhões (R$ 8 milhões).

Na nova negociação, iniciada em março deste ano, o Flamengo expôs a situação ao diretor de Eventos Internacionais do Usoc, Doug Ingram. Ele se assustou com a decisão da cúpula rubro-negra e levou o caso à sua entidade e às autoridades americanas responsáveis pela segurança da delegação, sempre cercada de cuidados especiais por causa do receio de atentados terroristas.

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Agentes do FBI já inspecionaram o clube e, principalmente, o entorno do Flamengo. Eles dispõem de um relatório preliminar sobre as condições de uso da Gávea pelo Usoc. Houve, então, uma contraproposta dos norte-americanos, considerada irrisória pelo Flamengo. O clube já decidiu que não vai trocar visibilidade por uma quantia "desprezível". Quer, assim, marcar posição em nome da valorização da marca Flamengo, que acaba de assinar um patrocínio com a Caixa que vai lhe render R$ 25 milhões em um ano.

Oficialmente, o clube atenua a situação e se declara otimista quanto à reestruturação do contrato. "O Clube de Regatas do Flamengo reforça a satisfação pela parceria com o Comitê Olímpico dos Estados Unidos, com a certeza de que os atletas americanos terão as melhores condições de preparação e treinamento para os Jogos Olímpicos Rio 2016", informou o clube, por e-mail.

Essa, no entanto, não é a realidade. Um dirigente do clube, que não quis ser identificado, deixou claro que "ou o Usoc aumenta em muito a sua contraproposta ou vai ter mesmo de procurar outro lugar para seus atletas em 2016".

Uma pessoa que mantém contato estreito com dirigentes do Usoc disse que a ruptura está praticamente decidida, tanto que o comitê norte-americano passou a procurar, sem o conhecimento do Flamengo, outras áreas no Rio de Janeiro para a sua delegação. Já esteve em um clube da zona oeste, perto do futuro Parque Olímpico, e tentou em vão dividir o espaço que será ocupado pelo Comitê Olímpico Brasileiro na Escola de Educação Física do Exército, na Urca.

Por e-mail, o chefe de imprensa do Usoc, Patrick Sandusky, limitou-se a dizer que "é normal na atual fase discutir detalhes dos planos finais do contrato". Ele acrescentou que o comitê "pretende continuar contando com o clube".

Pedro Rego Monteiro, diretor executivo da agência intermediadora do negócio, a Effect Sport, disse que não houve quebra de contrato. Indagado em seguida se o acordo estava com os dias contados, pediu desculpas e encerrou a conversa. "Não posso falar mais nada", repetiu ele pelo menos três vezes.

A reportagem apurou que dirigentes do Usoc prometeram não recorrer à Justiça se o desfecho da crise for o fim da parceria. Eles entenderam que a mudança de gestão no Flamengo criou um novo cenário e que um litígio com o clube mais popular do País poderia prejudicar o desempenho de seus atletas no Rio de Janeiro por causa da reação do público em algumas competições.

Segundo o contrato assinado com a ex-presidente Patricia Amorim, a Gávea serviria de centro de treinamento olímpico e paralímpico para atletas de vários esportes, incluindo natação, judô e basquete. Na tentativa de oferecer algo a mais aos norte-americanos, a fim de reforçar o argumento de que os valores iniciais estão fora de questão, o clube, agora administrado por Eduardo Bandeira de Mello, que tomou posse em janeiro, também cederia suas instalações de remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde haverá as provas da modalidade. Por dois dias, a reportagem não conseguiu contato com Patricia Amorim.

Desde 2009, quando o Brasil foi anunciado como sede dos Jogos de 2016, o Usoc foi o comitê olímpico que mais vezes visitou o Rio de Janeiro. O contrato fechado no fim de 2011 já estava em discussão havia mais de um ano. Além das instalações da Gávea, teve peso fundamental na opção norte-americana a questão da segurança de sua delegação, testada na visita do presidente Barack Obama à cidade, em março de 2011. O campo do Flamengo serviu para pousos e decolagens do helicóptero Marine One, no qual viajavam Obama, sua esposa, Michelle, e as filhas, Sasha e Malia. Todas essas movimentações foram vigiadas por um esquema que incluía atiradores de elite posicionados no alto de vários prédios que circundam a sede do clube.

O governo do Rio divulgou nota oficial no começo da tarde desta segunda-feira negando a possibilidade de o estádio do Maracanã, que está em fase final de obras para a Copa das Confederações, precisar ser novamente fechado para passar por reformas antes dos Jogos Olímpicos do Rio/2016.

A possibilidade foi aventada por reportagem da ESPN Brasil, que indica que o Comitê Olímpico Internacional (COI) vinha cobrando o governo do Rio quanto a alguns pontos da reforma do Maracanã, não atendendo exigências para a Cerimônia de Abertura da Olimpíada.

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"O estádio do Maracanã não será fechado para novas obras após a conclusão das que ocorrem atualmente e que deixarão o estádio pronto para receber a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016", diz o texto assinado pelo governo do Rio.

A reportagem da ESPN Brasil mostrou ofícios assinados por Leonardo Gryner, diretor de operações do Comitê Rio/2016, que destacava, entre outros problemas, que a cobertura do Maracanã suporta 81 toneladas. A exigência é para 120 toneladas, para sustentar equipamentos de som, luz e fogos de artifício. O túnel de entrada no estádio também precisaria ser maior para a festa de abertura.

"O governo do Estado mantém contato constante com o Comitê Rio/2016 e há entendimento entre tais autoridades para a preparação adequada para a realização dos Jogos Olímpicos. É preciso deixar claro que as exigências e padrões internacionais são observados nas intervenções. Há, porém, solicitações que, naturalmente, sempre são negociadas entre as partes de forma harmônica", completa a nota.

O governo fluminense lembra que o estádio do Maracanã ficará pronto para o amistoso entre Brasil e Inglaterra, dia 2 de junho. Obras externas, que ficarão a cargo da empresa que ganhar a concessão do estádio, ainda serão realizadas depois da Copa das Confederações.

Seguindo a tendência de contratação de consagrados técnicos estrangeiros para as modalidades em que o Brasil não tem resultados internacionais expressivos, agora foi a vez de a canoagem velocidade ganhar um novo treinador. Trata-se do espanhol Jesús Morlán, que tem cinco medalhas olímpicas e 10 mundiais no currículo.

Morlán foi contratado para treinar especificamente a equipe de canoa, que concentra as chances de o Brasil faturar uma medalha inédita nos Jogos do Rio. Ele trabalhará diretamente com Isaquias Queiroz, atual campeão mundial júnior no C1 (canoa de uma pessoa) 200m, e a dupla Ronilson Silva e Erlon de Souza, de 22 e 21 anos, respectivamente, que foram os primeiros brasileiros a competir no C2 (canoa de duas pessoas) numa Olimpíada, em Londres.

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Jesús Morlán chega ao Brasil na próxima segunda-feira e vai trabalhar diretamente com Isaquias, Ronilson, Erlon e mais dois jovens atletas no Yacht Club Paulista, na represa de Guarapiranga (SP), patrocinado pelo BNDES por meio da Lei de Incentivo ao Esporte no ministério do Esporte.

"Esta é uma experiência nova em minha carreira e estou muito motivado de trabalhar com os atletas do Brasil. Quero prepará-los para chegarem em agosto de 2016 tendo conquistado medalhas nos Jogos Olímpicos Rio/2016. Estes serão os Jogos da vida deles e é um objetivo que eu me imponho. Tenho total convicção que os canoístas brasileiros têm muito talento", comentou o novo treinador.

Apesar da disputa judicial que ainda envolve a posse do terreno, começou o processo de construção do campo de golfe que será utilizado na Olimpíada do Rio, em 2016. A primeira parte do trabalho é a limpeza do solo na área escolhida para abrigar a instalação olímpica, localizada na Barra da Tijuca - para isso, era necessário uma licença para remoção da vegetação do local, que foi emitida agora pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

O campo de golfe é uma das principais pendências no projeto olímpico do Rio. A prefeitura do Rio fez toda a negociação para a utilização do terreno na Barra da Tijuca com o empresário Pasquale Mauro. Mas a empresa Elmway Participações alega ser proprietária da área e entrou com uma ação judicial em 2009.

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Mesmo com essa questão judicial, o trabalho de limpeza do terreno já começou, para que as obras no local sejam iniciadas em abril. "Estamos muito empolgados e satisfeitos por termos iniciado a limpeza preliminar da área. É o início de um longo processo para transformar este terreno em um belo campo de golfe e estamos felizes por termos começado", disse Gil Hanse, projetista responsável pelo projeto.

"Estamos felizes que os trabalhos tenham começado na instalação do golfe e que continuamos no caminho certo para entregar o campo para um evento-teste em 2015, como programado. Esta instalação é um elemento-chave do legado do Rio/2016, já que será o primeiro campo público de golfe do Rio e terá papel fundamental no desenvolvimento do esporte no Brasil", afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e o ministério do Esporte apresentaram neste terça-feira, em São Paulo, o projeto que pretende dar condições de o Brasil brigar por medalhas nas seis disputas olímpicas do hipismo nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Com verba do ministério a CBH promete manter 42 conjuntos nas três categorias da modalidade: salto, adestramento e CCE.

De acordo com o ministério, a equipe de salto, treinada por Rodrigo Pessoa, vai receber um repasse de R$ 1,6 milhão, que vai custear a participação do Brasil em competições internacionais. Serão formados 13 conjuntos, divididos em três equipes, uma delas de base.

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Nas outras categorias o funcionamento da parceria é parecido. O adestramento vai receber o maior aporte, de quase R$ 3 milhões, que vai permitir à modalidade competir em três competições internacionais em 2013, com 16 conjuntos e quatro equipes. Já o CCE (Concurso Completo de Equitação) vai receber R$ 1,8 milhão, para formar três equipes, num total de 13 conjuntos.

"A equipe do hipismo tem condições reais de chegar lá. É formada não só por campeões com chances de medalha hoje, mas também por uma equipe de base, para reforçar a presença brasileira na modalidade, dando condições reais de o Brasil competir com os melhores representantes do mundo. É um esporte que precisa de recursos mais vultosos para o atleta", comentou Ricardo Leyser, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento.

O presidente da confederação, Luiz Roberto Giugni, os atletas vão receber condições para brigar por medalhas. "Pela primeira vez teremos preparadores físicos, nutricionistas e psicólogos, uma equipe de alto gabarito que dará o melhor suporte aos atletas." A ideia do projeto é aumentar a confiança dos proprietários de cavalos e estimulá-los a investir mais nos animais para o esporte de alto rendimento.

Andrew Parsons foi reeleito nesta quarta-feira para mais quatro anos como presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A eleição, realizada pela assembleia da entidade, em Brasília, nesta tarde, teve chapa única. Além dele, também foram eleitos como vice-presidentes Mizael Conrado e Ivaldo Brandão.

Parsons, que está à frente do esporte paralímpico brasileiro desde 2009, vai cumprir agora mais quatro anos como presidente, até 2017. Depois, por conta do estatuto do CPB, não poderá concorrer a mais uma reeleição.

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Durante a assembleia, Parsons apresentou os resultados do último quadriênio nos âmbitos esportivos, administrativos e financeiros. Ele também mostrou a previsão orçamentária do CPB para o ano de 2013, que gira na casa de R$ 100 milhões. Ele coloca como meta colocar o Brasil entre os cinco melhores dos Jogos Paralímpicos do Rio.

"O orçamento previsto para o próximo quadriênio é mais do que havíamos estimado inicialmente, o que nos ajuda na tentativa de chegar ao quinto lugar no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos do Rio/2016", afirmou Parsons. Em Londres, o Brasil foi o sétimo colocado, com 21 ouros e 43 medalhas no total.

O investimento no esporte paralímpico no Brasil tem crescido de forma significativa a cada ciclo olímpico. Em 2005 e 2008, o orçamento total do CPB foi de R$ 77 milhões. No último quatriênio, esse valor chegou a R$ 175 milhões. A entidade tem parcerias com o ministério do Esporte, o Governo do Estado de São Paulo, a Prefeitura do Rio de Janeiro e os patrocínios da Caixa Econômica Federal e Infraero.

Os mais críticos defendem que o ciclismo seja excluído dos Jogos Olímpicos até que resolva os seus problemas com o doping, escancarados por Lance Armstrong. Mas a União Ciclística Internacional (UCI) parece não ligar para a situação. Neste sábado, o comitê executivo da entidade decidiu pedir mais seis provas nos Jogos do Rio, em 2016.

Em encontro realizado em Louisville, nos Estados Unidos, o comitê da UCI decidiu solicitar ao COI que inclua, no programa da próxima Olimpíada, mais seis provas, três por gênero: uma na pista, outra no BMX e mais uma no mountain bike.

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Os planos da UCI incluem o retorno da contestada corrida por pontos, considerada uma das mais difíceis de se entender para o grande público e que, por isso, foi retirada do programa (junto com o Madison e com a perseguição individual) para dar lugar ao Omnium nos Jogos de Londres.

A UCI também vai pedir a inclusão de uma prova de BMX estilo livre, no qual os atletas fazem manobras no ar com suas bicicletas e uma competição eliminatória de mountain bike, com quatro competidores competindo em provas curtas, muito mais atrativas para o público do que o mountain bike olímpico atual, que, como uma maratona, leva cerca de 1h30min numa prova contínua.

Em Londres, o ciclismo teve direito a 16 medalhas de ouro, igualmente divididas entre homens e mulheres. Pelo novo formato proposto pela UCI, seriam 22. Os pedidos de alteração no programa olímpico serão julgados pela assembleia do COI, em setembro, em Buenos Aires.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira o edital de concorrência para a formulação do projeto de adequação do Complexo Esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio, para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016.

Para realização dos projetos, que incluem os planos de construção de novos espaços e melhorias em instalações já existentes, foi assinado um convênio entre o Governo Federal e o Governo do Estado no valor de pouco mais de R$ 39,3 milhões.

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De acordo com as exigências do edital, a empresa contratada deverá elaborar projetos para o Parque Radical, que receberá as competições de canoagem slalom, mountain bike e BMX, e também para a arena de esgrima, que deverá ter capacidade para 5 mil pessoas, sendo 3 mil lugares fixos e o restante temporários.

Além disso, a empresa vencedora da licitação deverá desenvolver projetos para reforma do estande de tiro esportivo, do campo de hóquei sobre a grama, e do centro nacional de hipismo, que já foram usados nos Jogos Pan-Americanos de 2007.

A licitação será realizada no dia 4 de fevereiro de 2013, às 10h, no Palácio Guanabara. O prazo para a entrega de todos os projetos é de 11 meses, a partir da data da contratação.

Em visita à Rússia, a presidente Dilma Rousseff participou, nesta sexta-feira, do Fórum Empresarial Brasil-Rússia, em Moscou, e reforçou a cooperação entre os dois países e a troca de experiências na organização de megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

"Com a realização dos megaeventos esportivos no Brasil e na Rússia, abrem-se oportunidades de cooperação muito significativas na área do esporte. O memorando de entendimento hoje (sexta) firmado, sobre governança e legados de megaeventos, enfatiza a cooperação bilateral mediante o compartilhamento de experiências", disse ela.

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Brasil e Rússia vão receber quatro dos próximos megaeventos esportivos. A Copa de 2014 acontecerá no Brasil, enquanto os Jogos Olímpicos de Inverno serão em Sochi, na Rússia. Depois a Olimpíada de 2016 acontece no Rio e a Copa do Mundo de 2016 em território russo.

Ao final de seu discurso, no qual falou da preocupação do Brasil com a escalada do conflito na Síria, Dilma Roussef invocou uma lenda que circula no meio esportivo que remete à ocasião em que o Brasil disputou a semifinal da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, contra a Rússia.

À época, disse a presidente, o então técnico da seleção brasileira, Vicente Feola, teria se dirigido ao jogador Garrincha dizendo que o jogo contra os russos seria muito duro. Orientou-o, então, a entrar pela direita, cortar para a esquerda, centrar a bola e fazer o gol.

Garrincha, continuou Dilma Rousseff, após ouvir a orientação do técnico, teria dito então: "Senhor treinador, o senhor já combinou com os russos?". A história contada pela presidente arrancou risos da plateia que a ouvia em Moscou. Dilma Rousseff então emendou: "Quero dizer aos senhores que vim combinar com os russos desta vez".

A Caloi vai investir pesado, R$ 25 milhões em quatro anos, em busca de um sonho: o de desenvolver atletas competitivos no ciclismo da Olimpíada de 2016 e nas edições dos Jogos subsequentes, criando no Brasil um ou mais ídolos capazes de dar impulso ao esporte, bastante popular na Europa.

O presidente da fabricante de bicicletas, Eduardo Musa, apresentou nesta quarta seu projeto para as modalidades estrada e, especialmente, mountain bike. Esta última terá equipe administrada diretamente pela empresa, técnico estrangeiro, e planos de participar do calendário internacional da União Ciclística Internacional (UCI).

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"Dizem que toda pessoa tem de gerar um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Eu acrescentaria um item: ajudar o País a conquistar uma medalha olímpica", diz o executivo. Ele não esconde que o objetivo da iniciativa é criar um ídolo para o esporte a exemplo do que foi Gustavo Kuerten para o tênis. "Espero que mude o ciclismo e o cenário do nosso esporte de base", disse Musa, lembrando que depois dos títulos do brasileiro em Roland Garros muitos jovens, até de origem humilde, passaram praticar o tênis como um esporte no qual é possível um brasileiro ser competitivo. É lógico que, como empresário, ele não esconde a pretensão de se beneficiar com um efeito colateral positivo da criação de ídolos: o aquecimento do mercado interno de fabricação de bicicletas.

As maiores apostas de Musa estão na equipe de mountain bike formada por dois atletas que deverão estar no auge da forma em 2016: Henrique Avancini e Sherman Trezza, ambos de 23 anos, além do jovem talento Nicolas Sessler, de 18 anos, atual sétimo do mundo no ranking juvenil da UCI. Ainda está em negociação a contratação de um treinador ligado à equipe olímpica britânica.

"Aqui no Brasil o ciclismo é desenvolvido, mas não como em outros países, especialmente os da Europa de forma que se eu ficar competindo só em nível nacional talvez não consiga desenvolver todo o meu potencial", explica Sessler sobre a importância do apoio que vai receber. Ele sabe que o benefício virá acompanhado de uma grande responsabilidade de corresponder às expectativas, mas prefere não falar em pressão e sim em aproveitar uma chance rara no ciclismo brasileiro.

No ciclismo de estrada o projeto é um pouco mais modesto, mas ainda assim de fôlego. A Caloi vai apoiar a equipe de Pindamonhangaba que ganhou reforços importantes da equipe de Sorocaba, destaque da temporada deste ano, mas que fechou as portas. A internacionalização também está nos planos, mas para um projeto de mais longo prazo. "Já temos autorização da UCI para competir no nível continental e o próximo passo é conseguir no ano que vem o selo continental, que é o estágio que vem antes do Pro Tour, que é quando a equipe é autorizada a participar das principais competições internacionais", explica o técnico da equipe, Benedito Tadeu de Azevedo Júnior, o Kid.

Ciclismo de Pista - Se o ciclismo de estrada e o mountain bike estão com as equipes e metas definidas o mesmo não foi possível dizer com o ciclismo de pista. A Caloi aguarda uma posição sobre o destino do Velódromo do Rio que pode ser desativado deixando a equipe LiveWright, patrocinada pela empresa, sem lugar para treinar. O presidente da CBC, José Luiz Vasconcelos diz que há um exagero. "Está em negociação a transferência do Velódromo utilizado no Pan para Goiânia e a construção de um novo para a Olimpíada. Como a pista é de madeira, isso é possível", diz o dirigente. Segundo ele, se tudo der certo, já no fim do ano a arena poderá estar em condições de ser utilizada em sua nova casa e até lá será possível a equipe patrocinada pela Calor treinar provisoriamente em arenas não cobertas como as de São Paulo, Maringá e Curitiba.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) fez um alerta ao Comitê Organizador dos Jogos do Rio, ao avisar nesta terça-feira que "o tempo está passando" e que é preciso mostrar "todo vigor" na preparação para a Olimpíada de 2016. O recado foi dado durante uma reunião, em Lausanne, na Suíça, para acompanhar o andamento do projeto brasileiro.

"Nossa mensagem continua a mesma: ainda há tempo, mas o tempo está passando, e eles (os organizadores dos Jogos do Rio) precisam atacar essa situação com todo o vigor", afirmou o porta-voz do COI, Mark Adams, após a realização da reunião desta terça-feira, dando uma incomum declaração mais contundente sobre os preparativos para 2016.

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Faltando menos de quatro anos para a Olimpíada, o Comitê Organizador dos Jogos do Rio apresentou nesta terça-feira um relatório ao Comitê Executivo do COI sobre os preparativos para 2016. E os principais entraves agora parecem ser a falta de um orçamento fechado para o evento e a indefinição sobre as sedes de alguns dos esportes.

A reunião na Suíça aconteceu duas semanas depois do COI organizar no Rio o "debrifieng", um evento que serviu para transferir informações entre os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2012 e de 2016. E a edição de Londres foi considerada um grande sucesso, o que faz com que a entidade mostre agora preocupação para repetir a dose.

Segundo Mark Adams, um dos temas da reunião desta terça-feira foi sobre a indefinição das sedes de alguns esportes para 2016, como hóquei e golfe. "Não existe uma grande preocupação", garantiu o porta-voz. Ele também revelou que o COI quis informações da delegação do Rio sobre o crescimento abaixo das expectativas da economia brasileira.

Presente na reunião, o presidente do Comitê Organizador do Rio/2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, mostrou tranquilidade com os preparativos. "Estamos numa situação muito confortável. É importante trabalharmos como uma equipe, o COI, o Comitê Organizador e o governo. Penso que estamos no caminho certo", disse.

Termina nesta quarta-feira o encontro promovido no Brasil pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para a troca de experiências e conhecimento entre os organizadores dos Jogos de Londres e do Rio. Desde o fim da semana passada, os integrantes dos dois comitês discutiram o andamento das obras na cidade brasileira e possíveis modificações no projeto original da Olimpíada de 2016.

Nesta terça-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, comandou uma visita do grupo ao Parque Olímpico, que foi orçado em R$ 1,35 bilhão e está em construção no antigo autódromo de Jacarepaguá. Metade da pista de corrida já foi demolida, enquanto o projeto continua a sofrer alterações.

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A presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Silvia Bastos, apresentou nesta terça-feira o mais recente desenho do plano principal do Parque Olímpico, no qual uma grande "avenida" para o trânsito dos torcedores vai dividir a principal área de competições dos Jogos de 2016.

Além de se adequar aos constantes avanços tecnológicos, o novo projeto apresentado nesta terça-feira levou em conta a filosofia reforçada com a troca de conhecimento com o Comitê Organizador dos Jogos de Londres (Locog): o foco na construção de instalações temporárias.

No Parque Olímpico do Rio, o parque aquático e as arenas do handebol e do tênis serão desmontados após a realização da Olimpíada. O ginásio do handebol, inclusive, já tem uma destinação: após a remoção, o material será usado para erguer quatro escolas municipais.

"O principal exemplo que Londres nos deu foi a simplicidade dos equipamentos olímpicos. Não se tentou fazer nada grandioso, não houve delírios arquitetônicos. Foi tudo simples e eficiente", destacou Eduardo Paes. "O parque aquático (temporário), por exemplo, era um horror (estético), mas pouparam dinheiro ao não construir uma estrutura permanente que não seria usada posteriormente."

Maria Silvia Bastos anunciou que está em 44% o nível atual de conclusão das estruturas esportivas que serão utilizadas nos Jogos do Rio, incluindo o Parque Olímpico. "O Engenhão já está pronto, a HSBC Arena está pronta, o Maria Lenk está pronto, o Maracanã vai estar (no ano que vem). Todas as instalações estarão prontas a tempo dos eventos-teste. A maioria vai ficar pronta até o fim do terceiro trimestre de 2015", destacou a presidente da EOM, admitindo, porém, que há riscos de atrasos. "Mas estamos trabalhando justamente para minimizá-los."

O prefeito do Rio também reforçou que a comunidade da Vila Autódromo será removida para um condomínio a 500 metros de seu local atual e defendeu a mudança do projeto original, que previa a manutenção da pequena favela. "Eu mesmo pedi que o primeiro projeto não incluísse a demolição da Vila Autódromo. Só depois que a Prefeitura adquiriu um terreno próximo para o reassentamento que resolvemos fazer a remoção", disse Eduardo Paes.

Ele abordou ainda seu descontentamento com a construção de um píer em forma de "Y" na zona portuária do Rio. Na opinião do prefeito, a vasta estrutura prejudicaria a visão da paisagem da cidade quando muitos navios estiverem atracados. "Mas não sou contra o píer em ‘Y’. Só acho que deveria ser em outro ponto", frisou.

Derrotadas pelo Rio na escolha da próxima sede dos Jogos Olímpicos, em eleição realizada em 2009, Madri e Tóquio agora disputam com Istambul para receber a Olimpíada de 2020. E os comitês responsáveis pelas candidaturas das três cidades participam no Rio do chamado debriefing, troca de informações promovida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) entre os organizadores do evento em Londres/2012 e no Rio/2016.

"O que estamos dizendo ao COI é: 'Por favor, confiem em nós'. Queremos fazer os Jogos modelo do século XXI", disse o presidente do Comitê de candidatura de Tóquio, Masato Mizuno. Dono da marca de artigos esportivos que leva o nome da família, ele afirmou que os Jogos de 2020 na capital japonesa estão orçados em US$ 9 bilhões, dos quais US$ 4,5 bilhões "já estão garantidos" por meio de um fundo olímpico do governo.

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O dirigente japonês prometeu ainda que 27 das 33 instalações esportivas ficarão em um raio de 8 quilômetros, modelo centralizador bem diferente do que está sendo usado no Rio, que vai espalhar as disputas de 2016 em quatro regiões da cidade (Barra, Copacabana, Deodoro e Maracanã). Mizuno acredita que o pouco tempo percorrido entre as arenas - de 5 a 20 minutos, no transporte público - pode ser o diferencial da candidatura de Tóquio.

Já o presidente do Comitê de candidatura de Istambul, Hasan Arat, vê muitas semelhanças entre as candidaturas da cidade turca e do Rio. "Istambul é a única ponte entre a Europa e a Ásia. Uma Olimpíada, uma cidade, dois continentes", afirmou o dirigente. "Imagine os atletas dormindo no lado europeu e, no dia seguinte, competindo no lado asiático?"

Arat disse ainda não ter orçado o custo da Olimpíada de 2020 em Istambul, mas garantiu que o governo turco poder arcar integralmente com a conta. "Nossa economia é muito forte", explicou.

O dirigente turco, ex-jogador da seleção de basquete da Turquia e fã do meia brasileiro Alex, que se transferiu recentemente do Fenerbahçe para o Coritiba, afirmou não temer o "efeito Atenas" sobre a economia turca. Os Jogos de 2004 são apontados como uma das principais causas para a recessão atual na Grécia. "Istambul tem economia maior que 12 países europeus", avisou.

Já a função principal da diretora de relações internacionais do Comitê de candidatura de Madri, Theresa Sabel, parece ser convencer o COI de que, mesmo em crise, a Espanha pode receber novamente os Jogos Olímpicos - a última vez foi em 1992, em Barcelona. "Não estamos pedindo os Jogos para o ano que vem, mas para 2020. A Espanha nunca enfrentou uma crise que tenha durado mais de oito anos", explicou.

Segundo ela, a capital espanhola já está com quase toda infraestrutura pronta para a Olimpíada e seriam necessários mais US$ 2 bilhões em investimentos para receber o evento. "Não precisamos remodelar a cidade, nem reconstruir. Se os Jogos fossem amanhã, já estaria tudo praticamente pronto", afirmou Sabel.

No terceiro e último dia da conferência anual da Federação Internacional de Vela (ISAF, na sigla em inglês), a entidade mudou de ideia e recolocou o windsurfe como classe olímpica nos Jogos do Rio, em 2016. A decisão foi tomada pela assembleia geral da Isaf, reunida em Dun Laoghaire, na Irlanda.

A decisão pela saída do windsurfe (classe RS:X) havia sido tomada em maio, durante a reunião semestral do conselho da Isaf. Durante a conferencial anual da Federação, desde quinta, foram feitos 23 pedidos de revisão das classes olímpicas, mas nenhum chegou a ser colocado em discussão pelo conselho, porque nenhum teve os 75% de votos favoráveis necessários.

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Mas neste sábado veio a reviravolta. O grupo de negócios da assembleia geral, formada pelos presidentes de 112 confederações nacionais de vela, mais presidente e vice da Isaf, decidiu reabrir a discussão e rever todas as decisões significativas tomadas pela Federação no último ano. Assim, recolocou o assunto em discussão.

Depois de longo debate, por maioria simples de votos a assembleia votou pelo retorno das classes RS:X Masculina e Feminina aos Jogos do Rio, com a saída do kitesurfe, que havia sido promovido a classe olímpica em maio.

Um dos argumentos contrários ao kitesurfe é que o esporte ainda é novo, sem regras unificadas, o que levaria tempo para ser feito e inviabilizaria estar nos Jogos Olímpicos já no Rio. Outro ponto levantado pelos críticos é que os mundiais femininos de 2009 e 2010 tiveram apenas sete e oito competidoras, respectivamente.

A proposta de volta da classe Star, também retirada dos Jogos do Rio, não chegou a ser votada. Com isso, as classes olímpicas em 2016 serão: RS:X Masculino e Feminino, Laser, Laser Radial, Finn (masculina), 49er (masculina), 49erFX (feminina), 470 Masculina e Feminina e a nova Nacra 17, que é mista e substitui a Star.

Em um episódio embaraçoso para os organizadores dos Jogos do Rio, vários membros do comitê da Olimpíada de 2016 foram pegos roubando arquivos dos organizadores britânicos durante a última edição dos Jogos. O Comitê Organizador da Olimpíada de Londres disse nesta sexta-feira que funcionários do Rio/2016, que trabalhavam na cidade inglesa com membros do departamento de tecnologia, tinham baixado documentos internos sem autorização.

Os brasileiros estavam trabalhando com os organizadores durante a realização da Olimpíada de Londres, realizada entre 27 de julho e 12 de agosto, como parte de um "programa de transferência de conhecimento" entre as cidades-sede dos Jogos Olímpicos.

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"Posso confirmar que houve um incidente envolvendo os membros da equipe do Rio que acessaram arquivos e os removeram sem permissão", disse Jackie Brock-Doyle, porta-voz do Comitê Organizador da Olimpíada de Londres. "Nós reportamos isto aos organizadores do Rio. Eles agiram rapidamente para resolver o problema e devolveram os arquivos".

Os funcionários da Rio envolvidos no roubo foram retirados do programa de Londres. A natureza e o conteúdo dos arquivos de Londres não foram imediatamente conhecidos. No entanto, as autoridades disseram que os documentos provavelmente teriam sido fornecidos à equipe de Rio se tivessem sido solicitados.

Membros do alto escalão do Comitê Organizador da Olimpíada de Londres foram notificadas e informaram o incidente ao Comitê Organizador da Olimpíada do Rio, que tem Carlos Arthur Nuzman como presidente e Leo Gryner como diretor-geral.

O Rio, a primeira cidade da América do Sul a ser escolhida para sediar a Olimpíada, mandou centenas de funcionários para Londres durante os Jogos para monitorar as operações.

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