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O trio conhecido como "Canibais de Garanhuns" foi condenado por assassinato, ocultação e vilipêndio de cadáver. O júri popular ao qual Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva foram submetidos encerrou por volta das 23h10 desse sábado (15), com a leitura da decisão pelo juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti.

Conhecidos por assassinar, esquartejar, consumir e vender carne humana dentro de salgados, os três foram julgados pelas mortes de  Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31 anos, no município de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.

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De acordo com a sentença, as penas foram de 71 anos e 10 meses para Bruna Cristina, 71 anos para Jorge Beltrão e 68 anos para Isabel Cristina. Os três foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com emprego de cruel e impossível a defesa da vítima), ocultação e vilipêndio de cadáver e furto qualificado. Jorge Beltrão e Bruna Cristina tiveram o crime de estelionato acrescentado a sentença e Bruna ainda foi condenada por falsa identidade.

As penas devem ser cumpridas inicialmente em regime fechado em presídio determinado a critério de juiz da Execução Penal do Estado. 

Entenda o caso

Segundo a denúncia do MPPE, no dia 25 de fevereiro de 2012, por volta das 15h, na residência dos acusados, situada na rua Emboabas, no bairro de Jardim Petrópolis, em Garanhuns, Gisele Helena da Silva teria sido assassinada pelos réus por meio do emprego de arma branca (faca peixeira). De acordo com os autos, a vítima foi atraída para a casa dos acusados por Isabel, sob o pretexto de ouvir conselhos e falar da “Palavra de Deus”.

No local, conversou com Bruna e quando estava de costas foi atingida por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge Negromonte, vindo a óbito, segundo narrado pelo Ministério. A vítima teria sido arrastada para o banheiro onde foi esquartejada por Jorge e Bruna. Partes dos corpos teriam sido armazenadas para o consumo dos três acusados. O restante do corpo foi enterrado no quintal da residência em um buraco previamente aberto por Jorge com esse intuito. Ainda de acordo com a denúncia, os réus subtraíram os pertences da vítima, dentre os quais carteira de trabalho, CPF e cartões de crédito, utilizados para realização de compras no comércio da cidade.

O assassinato da outra vítima, Alexandra da Silva Falcão, de acordo com a denúncia do MPPE, ocorreu no dia 12 de março de 2012, também na residência dos acusados. Alexandra teria sido chamada por Bruna para trabalhar como babá de uma criança que ela apresentava como filha, enquanto Isabel ficou à espreita para garantir a execução do plano.

Na residência dos réus, enquanto conversava com Bruna, a vítima foi atingida também por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge, por meio do qual faleceu. Segundo os autos, em seguida foi arrastada para o banheiro, onde foi esquartejada por Jorge e Bruna. Parte dos restos mortais teria sido consumida pelos três e o que sobrou do corpo foi enterrado também numa cova feita por Jorge no quintal da sua residência.

Outra condenação

Os três já haviam sido condenados em 2014 por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver. A vítima foi Jéssica Camila da Silva Pereira, morta em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

Na ocasião, Jorge Beltrão foi condenado a de 21 anos e 6 meses de reclusão, mais 1 ano e 6 meses de detenção; Isabel Cristina a 19 anos de reclusão e 1 ano de detenção; e Bruna Cristina a 19 anos de reclusão e 1 ano de detenção.

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