De Presídio a Complexo Penitenciário. Essa é a resposta dada pelo Brasil às determinações impostas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em relação às denúncias feitas por organizações nacionais e internacionais das condições em que vivem os detentos no Presídio Anibal Bruno. Superlotação - com três vezes mais detentos do que pode abrigar -, além de déficit de funcionários, insalubridade, tortura e morte de presidiários estão entre as reclamações.
Atualmente o Presídio Professor Aníbal Bruno é o maior em capacidade e população carcerária do Estado de Pernambuco. Com disponibilidade para abrigar 1.448, ele possui hoje uma população de 4.857 detentos, ou seja, abriga cerca de três vezes mais detentos do que deveria.
##RECOMENDA##
Para promover a ressocialização com melhor qualidade, e reduzir a população carcerária da unidade o Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria Executiva de Ressocialização está readequando toda a estrutura da unidade prisional, criando um Complexo Penitenciário.
Confira as mudanças:
- Contará com três presídios independentes, o que vai gerar novas vagas nas três unidades.
- Os detentos serão distribuídos de acordo com a tipificação penal nas três unidades.
- Deixará de ter os 4.857 detentos e passará a abrigar 2.767, em 16 pavilhões;
- O restante dos presos será distribuído entre os dois recém-criados presídios.
- Cada unidade terá três enfermarias.
- Haverá nove médicos, nove enfermeiros e nove técnicos de enfermagem, tratamento odontológico e fisioterapeuta. Serão três profissionais de cada área, mais três dentistas e três fisioterapeutas, em cada presídio.
- Ampliação do número de guaritas de 13 para 24, com o aumento de 100 Agentes de Segurança Penitenciária.
- As estruturas de escola, quadra esportiva e assistência psicossocial também serão ampliadas, passando cada unidade a contar com uma estrutura distinta.
Com a mudança, afirma o Governbo do Estado, o Complexo será um dos mais completos do País em termos de estrutura. A mudança é pioneira no Brasil e deverá ser seguida por outros estados. De acordo com o Coronel Romero Ribeiro, secretário-executivo de Ressocialização, o término das obras, que já estão em estágio final de acabamento, será entre os meses de agosto e setembro.