O diretor americano George A. Romero, que dirigiu o clássico “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968), morreu nesse domingo (16) aos 77 anos de idade vítima de um câncer do pulmão.
Segundo o jornal "Los Angeles Time", a morte foi confirmada pela família de Romero, que afirmou que ele morreu dormindo "após uma breve, mas agressiva batalha com o câncer de pulmão". Peter Grunwald, produtor parceiro de longa data do cineasta, disse ao jornal que Romero morreu enquanto escutava a trilha sonora de um de seus filmes favoritos, "Depois do Vendaval" (1952), cercado por sua mulher, Suzanne Desrocher Romero, e por sua a filha, Tina Romero.
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George Andrew Romero nasceu em Nova York e estreou como diretor em 1968 com “A Noite dos Mortos-Vivos”. Considerado um clássico revolucionário do cinema de terror, o filme consagrou o cineasta e definiu os zumbis como ícones da cultura pop. Com um orçamento de US$ 114 mil, mas com uma arrecadação de US$ 30 milhões, o longa “A Noite dos Mortos-Vivos” foi um dos primeiros filmes de terror a ter um protagonista negro, o ator Duane Jones.
Romero continuou explorando a mitologia dos zumbis no filme “O Despertar dos Mortos” (1985), no qual o diretor usou os mortos-vivos como metáforas para o consumismo, já que a trama do longa se passa em um shopping center.
O terror sempre foi a especialidade do diretor, que realizou longas como “Martin” (1977), “Instinto Fatal” (1988), “A Metade Negra” (1993); mas nunca abandonou o subgênero do zumbi e continuou com o universo dos mortos-vivos em “O Exército do Extermínio” (1973), “Dia dos Mortos” (1985) e “Ilha dos Mortos” (2009) que foi o seu último trabalho como diretor.
Fora do gênero de terror, Romero dirigiu o drama “There's Always Vanilla” (1971), considerado pelo próprio cineasta como pior filme de sua carreira e o documentário de média metragem sobre o jogador de futebol americano O.J. Simpson, intitulado “O.J. Simpson: Juice on the Loose” (1974).
O trabalho de Romero foi responsável pelo fenômeno cultural dos zumbis no século 21. A sua carreira já foi referenciada e usada como principal inspiração para diversas obras da atualidade, como os quadrinhos/série “The Walking Dead” (2010-) e a franquia de games “Resident Evil” (1996-). A sua carreira já foi referenciada e usada como principal inspiração em filmes, livros, quadrinhos e games.
George A. Romero deixa a mulher, Suzanne Desrocher Romero, e três filhos — entre eles, o também cineasta George Cameron Romero.