Um dos maiores clássicos da indústria dos games, lançado no início dos anos 2000, considerado por muitos como uma referência do gênero RPG, recebeu uma versão remasterizada que renova seus gráficos, mas mantém o seu gameplay, ao qual se provou resistente ao tempo.
A repaginação de “Diablo II: Resurrected” ficou a cargo da desenvolvedora Vicarious Visions, que tem em seu currículo outras remasterizações como “Crash Bandicoot N. Sane Trilogy” (2017) e “Tony Hawk's Pro Skater 1 + 2” (2020), já a distribuição, ficou por conta da Activision Blizzard.
##RECOMENDA##Assim como em trabalhos anteriores da desenvolvedora, a principal mudança que “Resurrected” apresenta ao jogador são seus gráficos atualizados para os padrões atuais. Contudo, o game também oferece a possibilidade de jogar com o visual clássico, opção que visa agradar os jogadores mais saudosistas.
Além dos gráficos repaginados, a compatibilidade com o joystick é outro ponto que se destaca em “Diablo II: Resurrected”. A franquia sempre foi uma grande aliada do teclado e mouse, mas agora, os jogadores de consoles, ou aqueles que curtem usar controles no PC, se sentirão bem amparados, uma vez que todos os comandos são de fácil execução em qualquer joystick.
Em alguns aspectos, jogar com o controle é uma experiência ainda mais vantajosa, pois com ele é possível organizar o inventário de itens com um único botão e estruturar todas as habilidades do personagem em diferentes atalhos do joystick, opções que não se encontram presentes no uso do teclado.
No início da jornada, o primeiro passo será escolher uma entre as sete classes de personagem disponíveis: Paladino, Feiticeira, Necromante, Bárbaro, Druida, Amazonas e Assassina. Cada um possui um estilo diferente de gameplay, além de vantagens e desvantagens diferenciadas. A feiticeira, por exemplo, é eficiente com magias e ataques a longa distância, mas possui uma baixa resistência a danos.
Os personagens evoluem conforme ganham “exp” em batalhas, que permitem melhorar seus atributos físicos e habilidades. Além disso, o jogador também deverá estar atento aos equipamentos, como armaduras, armas e acessórios, que podem oferecer outros tipos de vantagens.
O gameplay de “Diablo II: Resurrected” gira em torno da exploração dos mapas. Durante os cinco capítulos do jogo, o personagem deverá desbravar áreas abertas e Masmorras (Dungeons), em busca de itens místicos ou de monstros a serem derrotados. Independente do trajeto, o jogador deve estar sempre preparado para lidar com inúmeras hordas de inimigos, que atacarão incansavelmente até perecerem ou destruírem o aventureiro.
Em cada ato, o jogador iniciará em uma vila segura, onde será possível comprar itens, armas, magias e contratar mercenários para auxiliar nas missões. Ao iniciar a exploração em outros territórios, o recomendável é buscar pelos pontos de teletransporte, que funcionam como checkpoints e permitem retornar à vila para reabastecer os recursos.
Ao ser derrotado por algum inimigo, o jogador perde uma quantidade de seu ouro e todo o seu equipamento deve ser resgatado no local de sua morte. “Diablo II: Resurrected” não mede esforços para proporcionar desafios e penalizar os heróis, mas, para amenizar essa dificuldade, existe a opção de jogar em cooperativo com outros jogadores, recurso que deixa o jogo ainda mais divertido.
Embora não tenha apresentado muitos problemas em seu lançamento, os servidores de “Diablo II: Resurrected” se mostraram um pouco instáveis em alguns momentos, o que muitas vezes pode causar desconexão de partidas e fazer com que todo um progresso seja perdido. Para aqueles que não pretendem jogar com outros amigos, o recomendável é utilizar o modo offline e evitar possíveis interrupções externas.
Os cenários do jogo são extremamente diversificados, com florestas, cavernas, calabouços, vilarejos, palácios, desertos, covas de insetos, cemitérios, áreas gélidas e outras localidades que fazem com que a jornada não seja cansativa. Para aumentar a imersão do jogador com o game, a trilha sonora se adapta à cada região e situação, com melodias que remetem aos tempos medievais.
Para acompanhar a história de “Diablo II: Resurrected”, o jogador terá que se dedicar a encontrar todos os textos distribuídos nos cenários, além de conversar com os mais diversos personagens que aparecem na aventura, muitos deles serão responsáveis por iniciar as missões do game.
A princípio, é dito que Diablo possuiu o corpo do antigo herói, responsável por matá-lo no primeiro game. Com isso, ele passa a comandar exércitos demônios que espalham os caos e a destruição por onde passa. Cabe ao novo herói a responsabilidade de salvar o mundo e impedir o novo plano do senhor do mal.
“Diablo II: Resurrected” revive um clássico dos anos 2000 e prova que esse estilo de gameplay ainda tem fôlego para os tempos modernos. Por conta disso, ele se torna uma boa opção para jogadores de longa-data, além de ser uma ótima oportunidade para novos fãs, que buscam por um RPG de temática medieval.
O título está disponível nos PC, por meio da loja Battle.net, por R$179,90 e, para Xbox One, Xbox Series X/S, Playstation 4, Playstation 5 e Nintendo Switch por R$199.