Tópicos | Redução de homicídios

De passagem pelo Recife nesta segunda-feira (23), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso (PT), defendeu a criação de um pacto nacional pela redução dos homicídios no país. De acordo com ele, a proposta está sendo articulada com os Estados e deve copiar alguns eixos do Pacto Pela Vida, criado em Pernambuco pelo governo Eduardo Campos. 

“Estamos discutindo com os estados e trabalhando a ideia, inclusive pegando elementos desenvolvidos no Pacto Pela Vida, para unificar uma ação de redução dos homicídios”, disse o auxiliar da presidente Dilma Rousseff (PT), depois de um ato contra a flexibilização do Estatuto do Desarmamento promovido pelo Governo de Pernambuco. “O objetivo é que possamos reduzir 5% ao ano para chegarmos a patamares que sejam bons e internacionalmente amparados nos índices desejados”, acrescentou. 

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Indagado sobre como este projeto será sistematizado pelo Governo Federal, o ministro detalhou que seria com “um conjunto de boas práticas”, reforçando “a investigação criminal e o policiamento preventivo”. “[Será sistematizado] A partir de todo um conjunto de iniciativas que devem ser desenvolvidos nacionalmente, com unificação dos governos e dos políticos. Tudo isso, claro, casado com políticas sociais”, afirmou.

No tocante da revogação do Estatuto, Eduardo Cardoso pontuou que uma possível aprovação só aumentaria a violência no país e seria uma derrota da sociedade. “Seria um retrocesso que para o mundo todo ficaria evidenciado. Todos os estudos apontam que temos de restringir as armas e você vai liberar? Qual a necessidade disso? Nós temos clareza que temos que reduzir a violência e as mortes”, observou. “Temos que mostrar para cada cidadão brasileiro que arma é instrumento de ataque e não de defesa”, completou.

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quinta-feira (19), que o atual cenário da segurança pública estadual “é preocupante”. Durante a posse do novo comandante da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), o coronel D’Albuquerque Maranhão, no início da manhã, o socialista pontuou que serão realizadas “quantas mudanças forem necessárias” para a retomada da redução dos homicídios e o alcance dos índices previstos pelo Pacto Pela Vida.

“[A segurança pública] é um tema como esse exige a presença e a dedicação diária de todos nós. Nós temos que nos dedicar a servir à população, buscando ter um Estado mais seguro, em que tenhamos a cultura da paz presente no dia-a-dia", salientou. “Os índices não estão sendo alcançados e para que retomemos o caminho da redução de homicídios, vamos realizar quantas mudanças forem necessárias”, acrescentou o governador.

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Após a cerimônia, o coronel D’Albuquerque adiantou que os primeiros dias serão dedicados à construção de um diagnóstico da corporação e que, após o levantamento, vai propor novas ações. "Vamos tomar ciência de toda a situação e, a partir daí, definir um plano de metas a ser alcançado ao longo dos próximos anos. Vamos diagnosticar e atuar", assegurou o novo chefe da PM.

 

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