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Um vigilante da refinaria da Petrobras em Duque de Caxias (Reduc), na região metropolitana do Rio, foi baleado e morreu na tarde deste domingo (12) enquanto atuava na unidade. Por volta das 14h30, informou a Petrobras, um homem fugia após tentar assaltar um ônibus e entrou na área externa da refinaria. O criminoso teria feito um vigia de refém, mas acabou surpreendido por outros dois vigilantes. Ao tentar escapar, o homem trocou tiros com os funcionários.

Um deles, o vigilante Leonardo Lopes da Silva, de 39 anos, foi atingido e morreu. Ele chegou a ser levado com vida para o Hospital Adão Pereira Nunes, também em Caxias, mas não resistiu. A estatal lamentou, em nota, a morte do funcionário, que informou ser terceirizado da empresa prestadora de serviço Veper.

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Ainda segundo a Petrobras, a Polícia Militar do Rio foi acionada e a empresa agora atua junto à terceirizada para dar assistência à família da vítima.

'Tragédia anunciada'

O sindicato dos petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro Caxias) também se solidarizou com os familiares de Lopes da Silva e definiu o episódio como "uma tragédia anunciada".

"Não é a primeira vez que ocorre um evento de insegurança na refinaria. Em fevereiro de 2022, um petroleiro foi agredido na entrada da Reduc. Em meados de 2022, um carro com dois bandidos, fugindo da polícia, invadiu a refinaria", informou o sindicato a fim de listar o acúmulo de casos de violência nas imediações da refinaria local.

"Exigimos que a Petrobras garanta a segurança dos trabalhadores. A precarização chega na área industrial, na alimentação, no efetivo, dentre outras áreas, e na segurança corporativa", finalizou o sindicato.

Um funcionário morreu no último sábado (19) em acidente de trabalho na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras. O caldeireiro José Arnaldo de Amorim era empregado da empresa C3 Engenharia, e na hora do acidente encontrava-se em local confinado, segundo informações do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro Caxias).

De acordo com a Petrobras, o colaborador morreu durante "atividade de manutenção no interior de um equipamento" da Reduc. "O colaborador recebeu atendimento médico imediatamente no local, e foi levado para atendimento externo, mas, infelizmente, não resistiu", informou a petroleira, em nota à imprensa. "A companhia acompanhará o caso junto a empresa contratada e formou uma comissão para investigação que permita esclarecer as circunstâncias da ocorrência. As autoridades competentes foram comunicadas."

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O sindicato dos petroleiros convocou os trabalhadores para um ato em memória à vítima na manhã desta segunda-feira (21), em frente à refinaria. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os manifestantes interditaram por volta das 8h o tráfego na rodovia BR-040, na altura do quilômetro 113, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os agentes calculam que o protesto reuniu cerca de 60 pessoas nesta manhã. Os manifestantes alegam que trabalham em condições precárias de segurança e reclamam que a refinaria se recusou a interromper os serviços a despeito da morte do funcionário durante o expediente.

Após o protesto, os manifestantes saíram da rodovia e estavam reunidos por volta com representantes sindicais dentro da Reduc, informou a polícia rodoviária.

Houve protesto também no domingo, quando a direção do Sindipetro Caxias pediu a suspensão de todas as Permissões de Trabalho, além de todos os serviços da Parada de Manutenção, até que fossem apurados os fatos que levaram à morte do funcionário.

Cerca de 300 motoristas particulares de aplicativos de transporte (Uber, Cabify, 99 Táxi) estão indo na manhã deste sábado (26) para a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, se juntar a caminhoneiros, informou a Associação de Motoristas Particulares Autônomos do Rio. Eles disseram que também sofrem com o aumento dos combustíveis e com outras mazelas da profissão.

Em greve, os caminhoneiros estão na Reduc desde a madrugada do domingo (20). Os motoristas de aplicativos demonstraram apoio na quinta-feira na refinaria, e estão voltando neste sábado. "A luta deles é a nossa, é a de todos os brasileiros. A gente passa pelos mesmos problemas, o aumento dos combustíveis, a falta de segurança.

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A diferença é que eles transportam cargas, e nós, pessoas", justificou Dênis Moura, presidente da associação de motoristas, criada em 2015.

Ele disse que parte dos veículos usa gás natural e não foi afetada pelo aumento do combustível; parte, gasolina ou álcool. O gás natural também aumentou. "No início do mês, estava R$ 2,09; agora custa R$ 2,79. A gente enche o tanque duas vezes por dia para rodar 300 km, o impacto é muito grande", afirmou Moura.

A população doou comida a caminhoneiros que estão na porta da Reduc, contou neste sábado Francisco Silva, representante do movimento dos caminhoneiros. Ele disse que há 400 pessoas na porta da Reduc no momento, entre profissionais e populares.

"Levaram cachorro-quente, água, biscoito. As pizzarias da região doaram pizzas. Isso foi a madrugada toda. A população está solidária porque não aguenta mais esses desmandos do governo. A gente não contava com essa adesão. Mas a greve não é dos sindicatos, é de todo mundo. A gente vai continuar a nossa luta. Saquearam a Petrobras, a população não quer pagar a conta", disse Silva.

O Sindicato dos Pretroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro-Caxias) informou a morte, no domingo (31), de um funcionário da Reduc, refinaria da Petrobras localizada no município de Duque de Caxias (RJ). Segundo o diretor do sindicato Pedro Rodrigues Hamude, o corpo de Luiz Cabral ainda está sendo procurado. Ele não soube informar a idade da vítima, mas estima que o petroleiro tivesse pouco mais de 50 anos.

A suspeita é de que Cabral tenha caído em um dos tanques da refinaria, durante um procedimento de medição. "Em 2014, o Ministério do Trabalho interditou alguns desses tanques devido à corrosão acentuada na escada de acesso e no teto. Além disso, é antigo o problema da falta de iluminação adequada, pontilhão para o acesso, corrimão e guarda-corpo", informou o sindicato, em texto divulgado em sua página na internet.

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Segundo Hamude, o tanque onde ocorreu o acidente está sendo esvaziado, na busca pelo corpo do funcionário. "O teto está quebrado e há marcas suficientes para comprovar a queda", disse ele. O sindicalista afirmou que o tanque onde o petroleiro deve ter caído é um dos interditados pelo Ministério do Trabalho, ordem que, de acordo com o sindicato, foi ignorada pela empresa.

Um incêndio na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, no último sábado, paralisou o processamento de combustíveis na unidade, responsável por 10% da produção nacional. A interrupção pode representar uma perda de R$ 500 mil em receitas diárias da Petrobás referentes à produção de derivados. Para suprir o fornecimento, a companhia também precisará ampliar as importações, comprometendo ainda mais suas finanças.

Os sindicalistas acusam a Petrobrás de operar a refinaria acima da capacidade com o objetivo de alcançar recordes de produção, além de cortes nas equipes e nos gastos com manutenção preventiva (ver matéria abaixo). Este é o quinto acidente de grande porte em refinarias da empresa em menos de 40 dias.

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"Em agosto, a carga da unidade passou de 5 mil metros cúbicos por dia para 6 mil, um aumento de 20% quando o recomendado seria de 10%. Foi quando começou uma série de pequenos acidentes. Os equipamentos, bombas, compressores, e torres não suportam a carga", afirmou Simão Zanardi, presidente do Sindpetro de Caxias. "As máquinas estão explodindo de tanto operar. Os trabalhadores, estão adoecendo. Eles estão com medo", completa.

Incêndio.

Na noite do último sábado, por volta das 18h, foi diagnosticado o entupimento em uma das torres da unidade e acionada uma bomba para liberar o fluxo de óleo. Com a pressão, parte do óleo vazou e a bomba explodiu, explica Zanardi. Ninguém ficou ferido. As chamas chegaram a mais de 20 metros de altura, mas a brigada de incêndio controlou o fogo e isolou a área. Ao menos seis bombas foram danificadas.

Segundo o sindicalista, após o acidente, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, visitou a unidade acompanhada do diretor de abastecimento, José Carlos Consenza, para avaliar o impacto da paralisação. Procurada, a assessoria da empresa não foi localizada para confirmar a informação. Em nota, a companhia informou que uma comissão foi instalada para investigar as causas do acidente.

Durante a visita, técnicos da empresa estimaram em três dias a retomada da produção, o que é contestado pelo Sindpetro. "Os trabalhadores vão fazer um movimento para não retornar sem condições que garantam a segurança. A empresa quer recomeçar ativando bombas substitutas, para não parar a operação durante os reparos. É muito perigoso", afirma.

Finanças.

Se prolongada, a paralisação da unidade pode afetar a produção de combustíveis, como gasolina e diesel. Não há até o momento estimativas sobre a queda na produção da companhia. Com a ampliação das importações de combustíveis e derivados de alto valor agregado, a Petrobrás começa o ano aprofundando uma crise na gestão financeira que se arrasta desde 2012.

Sem poder praticar os preços internacionais do petróleo cotados a dólar por determinação do governo federal, como forma de conter a inflação, a Petrobrás acumula déficits em sua balança comercial. Especialistas calculam que, em 2013, a empresa teve o pior resultado dos últimos 13 anos.

Para compensar as perdas, a empresa tem elevado a utilização das suas refinarias ao máximo, visando ampliar a produção. Outra medida adotada foi o corte de gastos, com um programa de desinvestimento em projetos internacionais e otimização de recursos de manutenção e pessoal. Os sindicalistas afirmam que as reduções têm afetado a segurança e a manutenção das refinarias.

Adriano Pires, consultor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura CBIE), a Petrobrás tem uma "política de preços maluca" e faz uso "irresponsável" das refinarias. " Para fazer caixa estão rodando as refinarias em nível acima do que deveria, colocando em risco os trabalhadores e equipamentos", afirma.

O incêndio na refinaria Reduc, localizada em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, na noite de sábado foi o quatro incidente desse tipo numa refinaria da Petrobras desde o final de novembro.

O sindicato da categoria questiona as práticas de segurança da companhia, na medida em que a Petrobras elevou sua capacidade de processamento para 98% - algo praticamente inédito na indústria, que normalmente opera a 85% de sua capacidade - para atender a demanda por gasolina, diesel e outros produtos.

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Embora a Petrobras não tenha dito se o fogo vai afetar a produção da refinaria, a empresa não pode perder capacidade de processamento por um período longo sem prejudicar suas finanças. A Petrobras já luta com déficit em sua capacidade de refino e tem de importar grandes quantidades de gasolina e diesel para atender a demanda doméstica.

As importações prejudicaram os lucros porque os combustíveis são vendidos com desconto em relação aos preços internacionais. O governo, que é o maior acionista da Petrobras, reluta em repassar os preços mais altos para os consumidores por temer um aumento da inflação, atualmente perto dos 6% ao ano.

O incêndio na Reduc começou na noite de sábado e ficou confinado à unidade de refino de coque, que produz nafta e petróleo de resíduo de coque. Não houve feridos ou danos ambientais causados pelo fogo, informou a Petrobras.

A Reduc processa cerca de 240 mil barris de petróleo por dia, mais de 10% da capacidade de refino brasileira. Recentemente, a Petrobrás retomou as atividades da refinaria Repar, no Paraná, depois de um incêndio que impediu o funcionamento do local por quase um mês. Outras duas instalações também registraram incêndios.

Um incêndio interrompeu a produção da unidade de Coque da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, da Petrobras na noite desse sábado (4), conforme informou a estatal por meio de nota à imprensa. O incidente, segundo a empresa, ficou restrito a um equipamento específico e não deixou feridos nem causou danos ambientais.

A Petrobras informa ainda que todos os sistemas e procedimentos de segurança funcionaram conforme o previsto e a unidade de Coque está preservada. Uma comissão foi designada, segundo a companhia, para investigar as causas do acidente.

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As autoridades competentes também estão sendo informadas sobre a evolução dos trabalhos, de acordo com a Petrobras.

Em novembro, outro incidente ocorreu em uma refinaria da estatal. Segundo a Petrobras, foi registrado um princípio de incêndio na Unidade de Destilação (U-2100) da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR). Na ocasião, também não houve feridos nem danos ambientais.

Funcionários da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobrás, foram atingidos por um vazamento de sulfeto de hidrogênio (H2S) em uma área interna da unidade de águas ácidas, na manhã desta sexta-feira, 5. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, oito pessoas passaram mal. Por meio de nota, a Petrobrás informou que "alguns funcionários receberam atendimento médico na refinaria e passam bem".

O vazamento de gás de flare ocorreu às 8h50. Segundo a Petrobrás, o problema foi "rapidamente eliminado" e, logo depois, a Reduc operava normalmente. O diretor do sindicato, Sérgio Abbade, afirmou que um dos funcionários desmaiou. "Outros também tiveram dificuldade de respiração, mas este funcionário foi o mais afetado. Todos foram mandados para casa."

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A área no entorno da unidade foi esvaziada. Abbade apontou uma falha de equipamento como possível causa do acidente. Segundo ele, o problema ocorreu entre as unidades 12-50 e 12-10. Ele disse que a unidade 12-50 está parada para manutenção. "O ponto de vazamento foi identificado, mas o fato causou um grande impacto para os trabalhadores contratados, tanto que o Ministério Público do Trabalho resolveu investigar o ocorrido", informou o sindicato.

A Refinaria Duque de Caxias (Reduc) da Petrobras começará a utilizar gás metano gerado no Aterro Sanitário de Gramacho no início de maio. Cerca de 200 mil metros cúbicos por dia abastecerão os fornos da refinaria. O volume corresponde a aproximadamente 70% do consumo diário de gás consumido pelos fornos da unidade. O uso do gás gerado pelo lixo do aterro foi negociado com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de R$ 1 bilhão firmado em 2011 com a Reduc.

De acordo com o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, o gás natural que será poupado será vendido à CEG. A Petrobras construiu uma linha de 1,5 quilômetro ligando o aterro à refinaria.

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Costa também disse que até o fim de abril estarão prontos 30% das obras da primeira refinaria do Comperj e 60% da Refinaria Abreu e Lima (Rnest). Segundo Costa, a Petrobras continua aguardando a apresentação de garantias da venezuelana PDVSA ao BNDES.

A presidente do Inea, Marilene Ramos, garantiu que ainda no primeiro semestre será liberada a licença de instalação (LI) dos dutos que farão o transporte de produtos de petróleo da Reduc para o Comperj.

Está sendo analisada também a licença para a construção de um emissário que desaguará no oceano levando resíduos do Comperj não reutilizados nos efluentes. Recentemente, o empreendimento recebeu as licenças para a construção do Porto de São Gonçalo e a estrada de equipamentos.

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